
Hegemonia e implosão democrática
As cerimônias do qüinqüênio do horror da queda das torres em Nova York mostraram-nos mais do que a desolação das repartidas, diante do quarteirão arrasado, do ground zero. A demora da reconstrução exprime também as hesitações no como retomar o mundo de antes da catástrofe, buscando uma efetiva "cultura da paz". A crescente exasperação da luta contra o terror só evidencia o quanto estamos no começo de uma nova guerra de 100 anos, a consolidar uma "civilização do medo". Mormente quando o perigo passa a se encontrar numa pasta de dente na mala de mão, e o que começou com a Al Qaeda, hoje, se alastra numa ameaça incontrolável, anônima, e talvez apenas no começo de uma confrontação sem volta, do martírio assumido pela causa islâmica, além do seu mundo original.