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Artigo

  • A marca da energia

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 23/09/2006

    Os exemplos são numerosos, sobretudo se considerarmos o que ocorre nos Estados Unidos. As universidades corporativas constituem-se em diversos campos bem diversificados. Elas existem em grandes empresas, como a Coca-Cola, a IBM e a Mc Donald"s. Fruto da existência da Era do Conhecimento, em que a qualidade das instituições universitárias e a diversificação dos serviços educacionais constituem premissa dos novos tempos.Em nações como a Coréia do Sul, a Índia e a Malásia alteraram-se as leis do país para facilitar a atração de investimentos internacionais, enquanto muitos dos seus alunos beneficiam-se de estudos no exterior, em animado e proveitoso intercâmbio cultural e científico. Em nossa visita à Suffield Academy, na região americana de New England, era comum o encontro com chineses, coreanos e indianos em seus corredores, para temporadas de estudos que depois os devolveriam às origens, atualizando os seus conhecimentos e os levando às suas origens.Nos tempos de globalização, a educação transformou-se num meganegócio, como atesta o Projeto Erasmus, da União Européia, que apóia a mobilidade de estudantes, professores e pesquisadores, em benefício da nova Era. No Brasil, podemos saudar com entusiasmo a existência das suas primeiras universidades corporativas, como a que acaba de ser criada pela Eletrobrás, por iniciativa do seu presidente Aloísio Vasconcelos.Preocupada com a perda de profissionais para o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a grande empresa brasileira de energia mobilizou suas forças e fez nascer a UNISE (Universidade Corporativa do Sistema Eletrobrás), com sede no Rio de Janeiro e ramificações em todo o País, nas regiões em que a instituição tem atuação. Vai pautar sua ação na gestão de pessoas em competências para que sejam alcançadas as diretrizes do seu planejamento estratégico, isso com características de realização de um sonho, de apreensão de um estilo corajoso e de olhos postos no futuro, conforme expressão do seu Chanceler.As empresas do sistema têm naturalmente um capital intelectual que precisa ser enriquecido. Como o processo de aprendizagem deve ser ativo e contínuo, para sempre, busca-se assim a excelência, num dos setores fundamentais do nosso desenvolvimento, utilizando modalidade que empolgou instituições do porte da Caixa Econômica, do Serpro, da Eletronorte, do Banco do Brasil e da Petrobras. Cada uma delas desenvolve a sua experiência, de forma crescente, como se não pudesse mais dispensar o seu uso corporativo. Assim se poderá assegurar, também, o compartilhamento dos saberes, abrindo o vastíssimo e atraente campo internacional, do qual não podemos, por motivos estratégicos, nos afastar.Para se ter idéia da seriedade do projeto, ele nasce com a possibilidade de emprego de todas as tecnologias disponíveis, videoconferência, internet, ilhas de edição digital, satélite, etc. Os cursos estão sendo programados, inclusive um MBA em Energia. O MEC já foi mobilizado para o estudo da certificação. A marca da energia, que simboliza a existência da Eletrobrás, poderá ser também a marca da educação corporativa. Todos ganharão com isso.

  • Às vésperas da "civilização do medo"

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 22/09/2006

    Atingido com a baixa inédita dos 28% só de aprovação popular Bush parte finalmente para a estratégia de retorno aos píncaros da sua popularidade após o 11 de setembro. E aproveitou a relembrança dos primeiros cinco anos da data catastrófica para não deixar dúvidas quanto ao futuro que fecha a sua nação, aprisionando-a no universo de receio e de coabitação sem volta com o terrorismo.As últimas declarações da Casa Branca são incisivas quanto ao desafio à Corte Suprema americana que tornou inequívoca a coexistência de disposições críticas do Patriot Act - aprovado sob as cinzas fumegantes do World Trade Center - para um efetivo regime das liberdades e das garantias do direito do homem de que, afinal, foram predecessores fundamentais os founding fathers da primeira Carta americana moderna, de Franklin e Jefferson em Washington.O governo Bush não deixou dúvidas quanto ao apoio à CIA e às novas regulações de segurança quanto a manutenção de um regime duro de torturas diante dos suspeitos de terrorismo. Admitem a imersão da cabeça dos presos em baldes d"água, ou ameaças de inanição. E o presidente continuará a questionar a decisão-chave de 5 a 3 da Corte, e o Acórdão Soutes, quanto à obediência pelos Estados Unidos, às Convenções de Genebra, e a inclusão dos homicidas do Al-Qaeda às garantias dos prisioneiros de guerra.Desaparecerão, sim, no que se tornava insustentável diante do acórdão as muitas prisões secretas da CIA onde se presume se repetiriam as violências de Abu-Ghraib ou da tortura sistemática para obtenção das informações dos inimigos da humanidade na sua tentativa de abate do mundo do dito "grande Satã".O presidente não deixa dúvida sobre o quanto já, e sem volta, quer ser lembrado na larga perspectiva da história como o líder sem receio nem contemplação, da face implacável dos Estados Unidos diante dos seus inimigos. Mormente quando a alternativa, tal como repetiu Bin Laden nas últimas semanas, seja a da conversão da América ao Islão.Entorpeceu-se a grita contra a revelação das violências das torturas de Abu-Ghaib, mesmo quando agora o presidente confessa a existência de prisões secretas e palcos da extração de informações a qualquer custo dos terroristas. Democratas e republicanos reconhecem o perigo da nação ineditamente ameaçada, mas ainda hesitam sobre a prevalência efetiva da Rule of Law sobre o definitivo mergulho dos Estados Unidos nas leis de exceção e na protração indefinida de um inédito estado de guerra larvar para as próximas décadas.É de logo que o núcleo duro do Bushismo se revigorou no extremo deste neo-evangelismo conservador, que chegou a ver, através de Pat Dickson, por exemplo, a queda das torres como uma punição à América pela tolerância com o homossexualismo, o casamento gay, a complacência com o aberto e amplitude do consumo de drogas no seu território. E é nesta mesma hora que alguns senadores e senadoras "neocons", chegam até - para espanto póstumo e irredutível dos founding fathers - a reconhecer como após o Patriot Act os princípios evangélicos deveriam estar consagrados numa legislação americana que chegasse ao último maniqueísmo, e ao combate ao mal visto como ínsito ao terrorismo.Os mesmos grupos secundaram enfaticamente a reação de Israel frente ao Hezbollah, tanto os Estados Unidos se vêem sucessores da tarefa histórica da nação eleita por Deus. Washington reforçaria, num mundo dos jihads, a aliança com Deus, e a preservação dos valores de sua lei, no mundo corrompido na modernidade e sua devastadora secularização. Há seis meses ainda e antes da nova leva terrorista, o Congresso americano marchava para a abolição final do Patriot Act. Hoje se reconhece que não há conexão entre o Al-Qaeda e Saddam, se dá conta da multiplicidade dos focos de ataque aos Estados Unidos e que exige do país passar da defensiva às guerras preemptivas para destruir antecipadamente os adversários.Experimentada nos mísseis arrasa quarteirão em Beirute no sul do Líbano, a preempção se alinha, em todo o seu portento, no que seja uma resposta final aos arreganhos de Ahmadinejad. O que de toda forma parece desaparecer é qualquer tentativa de que os Estados Unidos aliem-se às Nações Unidas, à prevenção do genocídio ou do etnocídio e na aceitação da Corte de Haia como para o julgamento dos crimes contra a humanidade.De toda forma, a comemoração deste qüinqüênio do horror da queda das torres mostra como o seu abalo foi além do ground zero. Uma nova filosofia defensiva pode ir ao pedido de emenda constitucional e quiçá até ao seu plebiscito. A Corte Suprema julgou a violência de Guantanamo e o atentado aos direitos de seus detentos frente à Carta de Jefferson e de Roosevelt. O sucessor de Bush terá a responsabilidade de confirmar ou não a expectativa do mundo livre, de que o país canônico das liberdades não fecha, de vez, os cadeados de uma "civilização do medo".

  • Que tempos de viver-se

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 22/09/2006

    É difícil cooptar um assunto em meio a tantos que circulam nas manchetes políticas e policiais. Você não vive o dilema de um escritor em busca de personagens, mas a necessidade de convencer um tema a que ele entre em seu artigo. Quase sempre, quando existem muitos, ele resiste.