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Artigo

  • País decente, nação injusta

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 04/10/2006

    O 1% de menos para a vitória do presidente no primeiro turno pode ir à história como a perda decisiva da opção da mudança e de seu acesso pelo Brasil de fora. O país não sai apenas rachado do 1º de outubro. Expõe-se à tragédia, sem volta, do surto do moralismo político, como instrumento do status quo, em toda a força do seu comando mediático da opinião pública.

  • A turma dos exóticos

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 04/10/2006

    Causou perplexidade, sobretudo na mídia, a eleição de alguns candidatos que foram genericamente considerados "exóticos". Uma lista complexa, mais ou menos aleatória, que inclui desde a eleição de Fernando Collor para senador por Alagoas até o estilista Clodovil, que ameaça ser um deputado chique. Tudo bem. Presume-se que um deputado chique não participe de mensalões nem da vampiragem dos sanguessugas. Quanto a Collor, nada de exótico encontro em sua eleição. Ele sofreu o impeachment porque violou diversas regras do jogo político-administrativo. Foi punido, cumpriu a pena e, agora (acredita-se), pode ser absorvido pela sociedade no fundo. Esta é a finalidade básica das punições a qualquer crime: a integração na sociedade. É evidente que em alguns casos houve o voto de protesto, que em eleições passadas ameaçaram eleger um Cacareco e o Macaco Tião. Neste particular, melhoramos muito. Outra perplexidade que a mídia vem destacando é a eleição de Paulo Maluf. A se dar crédito à mídia, Maluf é o morto político mais vivo e notório da nossa vida pública. Há seguramente 20 anos, de tempos em tempos, decreta-se a sua morte política, no entanto, sempre que há eleição, ele ressuscita com boa margem de votos. Não dá para se eleger governador ou prefeito. Mas, para obter um lugar no Congresso, tem um capital próprio de votos que não emigram para outros candidatos.

  • O polemista Merquior

    Lamentemos inicialmente que a morte tão cedo tenha levado o acadêmico José Guilherme Merquior, quando ele estava na plenitude do seu talento e muito poderíamos esperar da sua inteligência fulgurante. Trata-se do meu antecessor direto na cadeira nº 36 da ABL. Mas não o conheci pessoalmente.

  • A grande virada

    O Estado do Maranhão (São Luís), em 05/10/2006

    Numa palestra no Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, o professor Frederic Litto, diretor da Escola do Futuro, fez uma série de considerações de grande relevo para os que se debruçam sobre as nossas perspectivas no mundo globalizado. Há, hoje, dezenas de pedagogias variadas (não uma só), dada a organização diferente de cada cérebro, pela disposição nunca repetida de neurônios. Se é possível concordar com o dito “em cada cabeça, uma sentença”, como aceitar a apreensão de conhecimentos diferenciados, pelo mesmo e falsamente homogêneo grupo de pessoas?

  • Tijolo de segurança

    Folha de são Paulo (São Paulo), em 05/10/2006

    Quando publiquei o meu terceiro romance, em 1960, alguns críticos consideraram o título ("Tijolo de Segurança') enigmático e de mau gosto.

  • Canto de chegada, choro de adeus

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 06/10/2006

    Em 1998, na minha penúltima eleição para senador, conheci no Amapá uma repórter e apresentadora de televisão simpática, talentosa e inteligente. Era do Maranhão e fora contratada por uma equipe de TV para a campanha eleitoral do Amapá. Sorriso aberto, alegria sempre nos lábios. Era uma moça negra que transmitia aos telespectadores segurança e uma presença carinhosa. De grande coração, alegre, solidária.

  • O percento que falta

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 06/10/2006

    Não podemos ter leituras equivocadas no percento que faltou a Lula no primeiro turno. Ganhará, agora, e de vez, pelo voto - opção de Lula - sobre o voto protesto, ou da indignação do instante. O confronto aí está, puro, muito mais do que entre regiões, na escolha básica entre o país instalado e a nação de fora. A queda do presidente no extremo Sul ou a surpresa de seu declínio no Centro-Oeste já podem refletir os hematomas localizados do país rico, que castiga nas urnas o situacionismo da hora pelos seus desconfortos.

  • Filosofia e sociologia no ensino médio

    A Gazeta (Vitória - ES), em 06/10/2006

    E assim vamos vivendo. De olho no futuro, mas sem deixar de prestigiar aquilo que, no passado, deu resultados concretos em termos de aprendizagem. Nada mais novo do que o velho que deu certo. Sociologia e Filosofia pertenciam à grade curricular do ensino médio. Foram retiradas não se sabe por quê. Agora voltam com força, para dar mais consistência ao aprendizado.Quando fizemos voltar a Filosofia, em 1980, parecia que o mundo viria abaixo. “Querem comunizar nossas crianças”, “Vão ensinar marxismo na escola”, “Não temos professores preparados” ou “Se vão ensinar história, pra que Filosofia?”. Respondemos, na Secretaria de Estado de Educação e Cultura, que nada daquilo ocorreria – e tínhamos professores habilitados, faltando treinamento adequado. Assim, a disciplina voltou para 120 escolas, no ano seguinte foram 250, até se generalizar a sua reintrodução em todo o sistema.A dra. Esther Figueiredo Ferraz, na época Secretária de Estado de Educação de São Paulo, pediu-nos uma visita ao seu gabinete, o que foi feito prontamente, pois queria conhecer melhor a experiência. Logo aderiu à idéia, como acabou acontecendo em praticamente todos os Estados brasileiros. Não houve nenhuma comunização, nem o simples ensino da história, e os resultados foram excelentes. Os alunos aprenderam a lidar com maior propriedade nos domínios da verdade.A decisão do MEC de aprovar parecer do Conselho Nacional de Educação, promovendo a inclusão obrigatória das disciplinas de Filosofia e de Sociologia, no currículo do ensino médio, a partir do próximo ano, tem o mérito de ir ao encontro da modernidade. São conteúdos indispensáveis ao exercício de cidadania: “As propostas pedagógicas das escolas deverão assegurar tratamento de componente disciplinar obrigatório à Filosofia e à Sociologia”.Assim pode ser alcançado um processo educacional consistente e de qualidade, na formação humanística de jovens, que se deseja sejam cidadãos éticos, críticos, sujeitos e protagonistas. Respeita-se a LDB, quando preconiza “o aprimoramento como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.” Chega-se assim aos direitos e deveres dos cidadãos, ao bem comum e à ordem democrática.Como não existem mais currículos mínimos com disciplinas estanques, o Ministério da Educação, acertadamente, adotou o termo “componente curricular”, com o qual se espera que o educando, ao final do ensino médio, tenha o domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania, como já foi referido. No parecer do CNE fica claro que os conhecimentos relativos à Filosofia e à Sociologia devem estar presentes nos currículos do ensino médio, inclusive na forma de disciplinas específicas. Vamos nos preparar para essa volta necessária. O ensino sairá enriquecido.

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