Polêmico
Publicada em 17/07/2007
Leia na íntegra a notícia veiculada na coluna de Marcia Peltier, no Jornal do Commercio, sobre o livro "História da Literatura Brasileira", de Carlos Nejar.
Publicada em 17/07/2007
Leia na íntegra a notícia veiculada na coluna de Marcia Peltier, no Jornal do Commercio, sobre o livro "História da Literatura Brasileira", de Carlos Nejar.
Publicada em 17/07/2007
Publicada em 17/07/2007
Cerca de 200 pessoas ovacionaram o documentário "Português, a Língua do Brasil".
Publicada em 17/07/2007
Visita Guiada e Espaço Machado de Assis da ABL são destaques no caderno Rio Show, do jornal O Globo. Segundo o colunista João Sette Camara, "um programão".
Publicada em 17/07/2007
Publicada em 17/07/2007
Durante uma viagem, recebi um fax de minha secretária: “Falta um tijolo de vidro para a reforma da cozinha”, dizia ela. “Envio o projeto original e o projeto que o pedreiro usará para compensar a falta”. De um lado, havia o desejo de minha mulher: fileiras de tijolos de vidro. Do outro lado, o projeto que resolvia a falta de um tijolo: um quebra-cabeças, em que os quadrados de vidro se misturavam. “Comprem o tijolo que falta”, escreveu minha mulher. E o desenho original foi mantido. Quantas vezes, pela falta de um tijolo, deturpamos o projeto original de nossas vidas?
Um homem ouviu falar que um alquimista perdera uma famosa pedra filosofal, que tinha o dom de transformar em ouro todo metal que tocava. Como não sabia exatamente o aspecto da pedra filosofal, o homem começou a pegar todos os seixos que encontrava pelo caminho, colocando-os em contato com a fivela de seu cinto. Assim, caminhava por todo lugar, testando um seixo atrás do outro. Certa noite, antes de dormir, deu-se conta de que a fivela de seu cinto havia se transformado em ouro! Mas, qual das pedras que encontrou naquele dia tinha sido? O que começou como uma aventura transformou-se numa obrigação aborrecida. Percorrera o caminho certo, e deixara de prestar atenção ao milagre que o esperava, obcecado por fazer fortuna.
O sábio Confúcio estava meditando à sombra de uma árvore quando foi interrompido por alguns de seus discípulos, que queriam lhe fazer perguntas. “O que é um bom professor?”, questionaram eles. Confúcio respondeu: “O bom professor é o que examina tudo aquilo o que ensina para seus alunos. As idéias antigas não podem escravizar o pensamento do homem, porque elas se adaptam e ganham novas formas. Então, tomemos a riqueza filosófica do passado, sem jamais perder de vista os novos desafios que o mundo presente nos propõe”.
Dois ex-presos políticos argentinos se encontraram, já de volta ao país, depois de muitos anos sem qualquer contato entre eles. Os dois sentaram-se num bar na Avenida de Maio e começaram a se lembrar dos anos negros que viveram na repressão, quando as pessoas sumiam sem deixar qualquer vestígio. A conversa fluía bem quando, em certa altura , um perguntou ao outro: “Por quanto tempo você ficou preso?”. “Dois anos”, respondeu o homem acomodado do outro lado da mesa. E continuou contando. “Eu sofri torturas que nunca imaginara que acontecia antes. Vi minha mulher sendo violentada na minha frente. Mas os responsáveis já foram presos e condenados. Isso é o que importa para mim”. “Ótimo. E sua alma já perdoou também?”, insistiu na conversa o primeiro. “Claro que não”, replicou o outro, de forma bastante veemente. “então você continua prisioneiro deles”, respondeu o amigo.
Em meu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, usei uma frase que, de vez em quando, repito, levado pela verdade que ela transmite. Esta: "País sem memória está morto e não sabe". Diga-se que o mesmo acontece com regiões definidas, com cidades e até com burgos menores. Louvo, por isto, os livros que registram, discutem e mostram os movimentos culturais de uma região e levantam a memória de trechos de nosso País onde nos reunimos para viver, agir, amar, pensar, enfim, ser. Temos permanente necessidade de guardar o que fazemos: sonetos, narrativas, contos, pinturas, músicas, móveis, prédios, como sinais individualizados de um determinado lugar.
RIO DE JANEIRO - Deve ser uma vocação esquisita. O Rio é bagunçado, parece que nada é levado a sério pelo carioca, mas sempre encontra um jeito de arrumar as coisas e arrumar-se. Dois meses antes da abertura do Pan, era voz geral que nada ficaria pronto para o encontro dos atletas das três Américas.
Pedro II ao partir, sob condições injustas de desprestígio, deixava uma governação de cinqüenta anos de respeito à cultura e de uma certa magnanimidade, mas de pouca atenção ao Nordeste do país. Seu tempo não aponta apenas a maldade da estatística ao revelar que ficara no Brasil uma nobreza de sete marqueses e uma marquesa viúva. Dez condes e dez condessas viúvas. Vinte viscondes e dezoito viscondessas viúvas. Vinte e sete barões e onze baronesas viúvas. Era viúva demais...
Leio que os milionários brasileiros detêm riqueza equivalente a meio PIB. Isso torna presente a velha frase, que circulava no Rio de Janeiro no começo do século passado: a Europa curva-se diante do Brasil...
Um jornalista me contou a seguinte história curiosa: “Certo dia, fui entrevistar Jean Cocteau. Sua casa era um amontoado de bibelôs, quadros, desenhos de artistas famosos, livros. Uma porção de tudo isso junto por lá. Cocteau guardava todos aqueles objetos, e tinha um profundo amor por cada uma daquelas coisas. No meio da entrevista, fiz a seguinte pergunta: ‘Me diga com sinceridade, Cocteau. Se por acaso esta casa começasse a pegar fogo agora e você só pudesse levar uma coisa com você, o que escolheria?’. Cocteau respondeu no ato: ‘Levaria o fogo’.”