
Só queria entender
Eu mesmo não consigo explicar como e por que dois ministros do STF beneficiaram num mesmo dia dois políticos já denunciados na Lava-Jato.
Eu mesmo não consigo explicar como e por que dois ministros do STF beneficiaram num mesmo dia dois políticos já denunciados na Lava-Jato.
A delação de Lucio Funaro, doleiro do PMDB e operador de Eduardo Cunha, que levou Geddel Vieira Lima à cadeia, vai envolver toda a cúpula do PMDB, inclusive o presidente Michel Temer. Esse grupo do PMDB não escapa do tiroteio, e no final morrem todos - como no filme do Tarantino “Cāes de aluguel" em que todos os pistoleiros atiram contra todos - porque vão entrar tanto na delação do Funaro quanto na do Eduardo Cunha.
Na companhia de Pantagruel, famoso personagem de François Rabelais, navego entre as ilhas imaginárias que há séculos deliciam gerações. Abordo primeiro a Ilha dos Ventos, depois a Ilha da Procuração e em seguida a dos Macróbios ou Longevos. E, no entanto, como leitor rebelde, sigo pouco mais ao sul, em busca de novos arquipélagos, não mencionados por Rabelais, mas que poderiam muito bem existir. Penso na Ilha da Mesóclise, regida por Judas II, príncipe do Larapistão. Penso na Ilha dos Escravos, cuja população decidiu abolir a tirania das leis trabalhistas que impedem o crescimento econômico.
Por ter escrito o livro “Rondônia – Antropologia etnográfica”, em torno de 1917, Edgard Roquette-Pinto, que estudou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tornou-se um dos maiores antropólogos brasileiros, um clássico. Seus estudos demonstraram que nossa miscigenação não produziu tipos raciais degenerados ou inferiores. Ao contrário, suas pesquisas provaram que a população mestiça brasileira era saudável, contrariando certos estigmas aqui deixados por viajantes estrangeiros e até mesmo alguns estudiosos locais. De acordo com Roquette-Pinto, o nosso grande problema não era a raça, mas sim as questões sociais e políticas, com destaque para a falta de educação e saúde pública. O grande cientista fez parte da Missão Rondon, em1912, tendo passado várias semanas em contato com os índios nambiquaras, que até então praticamente nada conheciam da nossa civilização.
No dia 7 de fevereiro de 1985, pouco depois de voltar de uma viagem internacional, Tancredo Neves reuniu-se no Rio, com Ulisses Guimarães, para formar o ministério da Nova república. Depois do primeiro encontro, os dois grandes políticos voltaram a se reunir, em Brasília, para uma conversa mais definitiva. É certo que o novo presidente falou com todos os governadores do Brasil, inclusive os seus adversários, como Leonel Brizola, para negociar nomes. Soube-se disso pelas informações passadas por parentes do futuro presidente, como o seu filho Tancredo Augusto, que me contou essa particularidade, no jantar na Manchete, em Brasília, dois dias antes do que seria a posse festiva.
Nesta sexta-feira, aqui, no Maranhão, será realizada a cerimônia de acolhimento da Campanha da Fraternidade de 2017. Há vários anos tenho apoiado, como deputado federal e coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, iniciativas anuais da Igreja Católica, que hoje ampliaram-se e conquistaram um caráter ecumênico.
Há certos momentos de superação que nos enchem de orgulho. Foi o que aconteceu há pouco, na sede da Cedae/Rio, quando se formou a primeira turma de aprendizes com deficiência intelectual. Onze jovens completaram o curso depois de 17 meses de intenso trabalho, no qual contaram com a colaboração da Cedae, do Rio Solidário, do CIEE/Rio, da Faetec e da Fundação Roberto Marinho. Quando o jovem Argicilan pegou o microfone e saudou seus colegas e a numerosa plateia, não houve quem deixasse de se comover intensamente.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934. Porém, a primeira LDB foi criada em 1961 (Lei 4.024/61), seguida por uma versão em 1971 (5692/71), que vigorou até a promulgação da mais recente, em 1996 (9394/96).
Como sempre acontece, foi um sucesso o seminário Brasil Brasis promovido pela Academia Brasileira de Letras. Desta feita, o tema foi o “Novo Ensino Médio”. Tive a honra de mediar o debate de que participaram os especialistas Carlos Artexes Simões, diretor do Sesc Nacional, e Carlos Alberto Serpa de Oliveira, presidente da Fundação Cesgranrio, responsável pelas provas nacionais do Enem.
As dificuldades econômicas do Rio de Janeiro parece que não têm limites. Há um atraso crônico no pagamento de salários, o que causa enormes embaraços ao funcionalismo ativo e inativo, e agora um fato novo se soma a esse vexame: a tentativa de leiloar o planetário, que presta inestimáveis serviços sobretudo à população jovem do nosso Estado e particularmente ao município.
Uma máxima que sempre foi levada muito a sério pelos profissionais do PMDB é a que diz que em política existem apenas dois fatos que importam: o fato novo e o fato consumado.
Sem entrar no mérito pessoal, político e administrativo, sinto-me obrigado a realçar três personagens que estão na boca das matildes nestes tempos de delações, propinas e acusações, nem todas provadas. São relativamente jovens e têm em comum uma ascendência brilhante.
Também na Zona Sul se morre por bala perdida, por facada e, agora, por granada e até por ataque cardíaco, como aconteceu quarta-feira no Pavão-Pavaõzinho.
Há poucas semanas participei de um encontro preparatório de uma conferência que organizarei em Lisboa para a Fundação Champalimaud sobre a crise da democracia representativa.