"Aquém e além da razão" é tema do ciclo "Mutações - A invenção das crenças"
Publicada em 23/09/2010
Publicada em 23/09/2010
Publicada em 23/09/2010
Publicada em 23/09/2010
A Academia Brasileira de Letras convida para a apresentação da Associação de Canto Coral, com o espetáculo "Danças e canções do mundo - piano, violão e coro", a ser realizada hoje, 30 de setembro, às 18h, no Teatro R. Magalhães Jr..
Publicada em 23/09/2010
Publicada em 23/09/2010
Publicada em 22/09/2010
Publicada em 22/09/2010
Publicada em 22/09/2010
Publicada em 21/09/2010
O Palácio do Catete, no Rio de Janeiro,é um dos mais belos exemplos da arquitetura neoclássica no país. O prédio, luxuosamente decorado, tem entrada pela Rua do Catete,os jardins estendem-se até a Praia do Flamengo e é um prazer caminhar por suas areias, entre a luxuriante vegetação, os espelhos d'água,as estátuas de bronze em estilo europeu.Também se pode visitar o palácio propriamente dito, mas aí a sensação é outra: o terceiro andar foi o cenário terminal de um dos mais sombrios episódios de nossa história : o suicídio de Getúlio Vargas, ocorrido a 24 de agosto de 1954, o triste final para a tragetória política de repercurssão nacional e internacional, trajetória esta que se havia iniciado 24 anos antes, quando comandando as tropas na revolução de 1930, Getúlio chegava triunfante, à então capital federal. Afastado do poder em 1945, na onda global de democratização que se seguiu ao fim da II Guerra,Vargas retornou à Presidência consagrado por maciça votação. Encontrou uma tenaz oposição, que conseguiu encurralá -lo, desencadeando um final tão inesperado quanto chocante, um final que só teria alguma correspondência no suicídio de Salvador Allende.
O fim da guerra fria, ao dissolver polaridades, deu espaço às latentes forças centrífugas da vida social. Daí uma sublevação de particularismos - para falar como Octavio Paz - que hoje se expressa no reivindicar de políticas de reconhecimento e identidade. Uma manifestação disso é o tema do multiculturalismo no plano dos direitos humanos.
Há muitos e muitos anos, ir à Suécia era o sonho de jovens brasileiros que sobre ela só sabiam que revistas pornográficas lá eram produzidas e vendidas livremente e que as suecas tiravam a roupa assim que avistavam negros e morenos de modo geral, caso da grande maioria de nós. Até já estive na Suécia, ainda mais ou menos nessa época, e receio ter de recordar que meu bronzeado baiano não fez nenhum sucesso. Mas a imagem antiga, diluída em fantasias juvenis, permanecia na memória. De uns tempos para cá, contudo, isso vem sendo substituído por um certo calafrio, quando me bato com uma notícia vinda de lá.
Não sou político, mas devo estar aprendendo com o exemplo, porque prometi um par de vezes aposentar definitivamente meu caderninho de implicâncias com a linguagem, até porque não quero ocupar este espaço com mais uma coluna sobre o bom uso de nossa língua, para o que, diga-se a tempo, não sou muito qualificado. Tem bastante gente fazendo isso nos jornais, com competência. Mas não cumpri — aliás, não estou cumprindo agora — as promessas. Peço a indulgência geral e prometo, agora solenemente, que tão cedo não torno a outra. Bem verdade que os políticos também fazem promessas solenes, mas espero não imitá-los no hábito de esquecê-las.
Aproveitando a tarde chuvosa, decidi dar uma volta. Geralmente, costumo ir à praia, passear pela orla, mas caía uma garoa miúda e irritante, resolvi me embrenhar em outros bairros, distantes bairros de minha infância, que há muitos anos não visito, em parte por preguiça, em parte (ou no todo) por fastio. Peguei o carro e, sem saber o que fazer, fiz o que não devia.