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Artigo

  • 'Me diga isto' ou 'diga-me isto'?

    Como diversos fatos da língua, a colocação de pronomes se apresenta diversificada conforme se use em circunstâncias de informalidade, isto é, entre pessoas de nossa intimidade, ou entre pessoas de cerimônia, com quem se deve falar ou escrever de acordo com as normas padrões do chamado uso formal ou exemplar, em obediência às normas da gramática escolar, dita gramática normativa. Coloquialmente, pode-se começar um período por pronome átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes), ou seja, podemos dizer 'Me diga isto', e até se pode fazê-lo por escrito, quando se trata de ambiente de informalidade entre escritor e leitor. As crônicas, que em geral são conversas amenas entre esses dois personagens, nos dão muitos exemplos desta colocação de pronomes. Já em circunstâncias formais, a regra é nos conformarmos com as normas gramaticais, que, é verdade, não são muitas nem complicadas. Para os que desejarem conhecê-las, vamos aqui enumerá-las:

  • São Brás

    Em 1996, publiquei neste mesmo espaço a crônica que hoje transcrevo em homenagem a uma data que nunca esqueço. Confusão de última hora, agravada pelo calor que consegue embrutecer os mais brutos, não comemorei na última quinta-feira, 3 de fevereiro, o dia de São Brás, epíscopo e mártir, tido e havido como protetor dos males da garganta. Não conheço do santo a biografia, daí não saber por que há séculos seu nome é invocado na hora das sufocações, dos catarros, das espinhas de peixe e ossos de galinha que ficam encravados naquilo que os prosadores quinhentistas chamavam de “guelras”.

  • A dádiva do Nilo

    Em 25 de abril de 1979, eu estava no Cairo para cobrir o tratado de Paz entre Egito e Israel, que foi assinado em Umm Hashiba. O ministro da Defesa de Israel, Ezer Weizmam, e o equivalente egípcio, Kamal Hassan, apertaram-se as mãos, Israel cedeu o Sinai e o Egito prometeu mudar sua política de guerra contra Israel.

  • Um rosto na multidão

    Entre os atributos que Lula conquistou em seus oito anos de governo, ele se destacou não apenas pela taxa de aprovação popular, mas também por ter sido o presidente que mais tempo ocupou na mídia. Além do trivial que acompanha qualquer autoridade, ele dava a impressão de buscar câmeras e holofotes onde houvessem câmeras e holofotes. A crise atual que varreu a Tunísia e agora o Egito seria um excelente palco para ele se mostrar à plateia universal. Não chega a ser um defeito dele, é coisa de seu temperamento.

  • Big Brother Brasil

    Não se concebe como Pedro Bial, que escreveu a biografia do Acadêmico e jornalista Roberto Marinho e tinha um programa valioso sobre livros e fez filme sobre contos  de Guimarães Rosa, se meteu a dirigir, por força do dinheiro, este zoológico humano, que é o Big Brother Brasil, levando para a intimidade dos lares, as mazelas, as taras, as safadezas, idiotias, carências e mesquinharias, penúrias morais e amorais, com clichês e figuras que ativam apenas o pior lado da banalização do sexo e da depravação social. E tal empresa de vergonha televisiva atinge a 11ª edição, abusando de nossa privacidade e inteligência.

  • Herdeiros famélicos

    Poeta e escritor, jamais me atrevo a falar em nome da tribo a que pertenço. E, de quatro em quatro anos, assisto ao movimento de cineastas gulosos, confrades frenéticos, apetitosas beldades eletrônicas, patéticas donas de casa, vetustos professores inaposentáveis, instaladores de instalações e até jogadores de futebol e bola ao cesto que se reúnem buliçosamente para apresentar aos candidatos presidenciais um rol de reivindicações artísticas e monetárias. Todos se proclamam intelectuais — o que não deixa de juncar-me de inveja, já que não sei onde começa e onde termina o intelecto, e o império da certeza não faz parte de minha geografia.

  • Coisas nossas

    Está na berlinda a aposentadoria de alguns ex-governadores. Não sou entendido no assunto, acho que a Constituição Federal é omissa na matéria, o privilégio figura em algumas Constituições estaduais. Caberá ao STF decidir o problema. Leio que a OAB vai entrar com uma ação a propósito. Esperemos.

  • Gargalo e outras expressões

    A leitora Simone nos pergunta sobre o significado da palavra 'gargalo' empregada em contextos do tipo 'gargalos da cadeia de inovação em fármacos' e 'a questão do câmbio é um gargalo importante que precisa ser analisado'. Está patente que, neste emprego, 'gargalo' vale o mesmo que 'impedimento' ou 'dificuldade no andamento de algum  processo',ou ainda'barreira', 'entrave'. Realmente, na área do Comércio e da Economia,'gargalo'pode assumir tais acepções. Pergunta-nos ainda se tal palavra também pode ser empregada no significado de 'oportunidade', isto é, com valor positivo. Cremos que não. Não vemos a palavra usada nesse emprego positivo; 'gargalo' é sempre um obstáculo à continuidade de um curso ou percurso que se quer normal.É o resultado de uma metáfora facilmente entendida: algo que tem um percurso fácil no interior de uma garrafa, mas que, com o afunilamento ou estreitamento do gargalo, já não escoará com a mesma facilidade para chegar ao fim do processo.

  • A linguagem dos sinais

    - O que é a linguagem dos sinais?- Todo homem tem uma maneira pessoal de comunicar-se com Deus e com sua própria alma.- Então, o homem não precisa da religião?- As religiões são muito importantes, porque nos permitem adorar de forma coletiva, e compartilhar dos mesmos mistérios. Mas a busca espiritual é responsabilidade de cada um: se você afastar-se do seu caminho, nada vai adiantar ficar culpando o padre, o imã, o rabino, o pastor - a responsabilidade é sua. Por isso existe um alfabeto que sua alma entende, e que vai mostrando as melhores decisões em seu caminho.

  • O cansaço autoritário no mundo Árabe

    A queda do Presidente Ben Ali, da Tunísia, repercute para além de um mero golpe de Estado no Oriente Médio e toda esta área mediterrânea, que manteve como monarquias, de fato, as presidências nascidas com a independência frente ao colonialismo europeu. São todos regimes em que os Presidentes duram por décadas, sem horizontes efetivos para a sua mudança, na Argélia, na Tunísia, no Egito, independentemente do que digam as Constituições ou o seu simulacro eleitoral. Patente, entre todos, é o caso de Mubarak, cujo filho já se vê como um herdeiro natural e incontestável. Ninguém se deu conta do impacto, crescendo semana a semana, da imolação de Mohamed Januz, em Túnis, num protesto sem volta pela restauração da democracia no país, e o afastamento do Presidente Ben Ali. Tal sacrifício continua nestes dias no Cairo, pelo suicídio de Salah Mahmud, prefigurando uma reação em cadeia, num novo movimento cívico inesperado, da cultura islâmica, na cobrança da chegada das liberdades nesta área crítica à estabilidade internacional.

  • A vez da África

    Com o término da 2ª Guerra Mundial, o mundo passou por uma fase de grandes transformações, das maiores da História, com a descolonização da África. Começou com a Líbia e o Egito e foi até à década de 70, com as colônias portuguesas. Mas os grupos de libertação viraram ditaduras. De democracia, nem falar. Agora as coisas começam a mudar.

  • Fadiga de material

    O homem se autoproclamou rei da criação. Nada contra: o homem é rei das pulgas e siris, que nunca chegaram à perfeição de fabricar videocassetes de quatro cabeças nem tesourinhas de unha. Semana passada, jornais do mundo inteiro deram um alerta sobre o aquecimento global da Terra, explicando a recente sucessão de desastres naturais, terremotos, erupções vulcânicas, furacões, tornados e enchentes: a terra treme, título por sinal de um antigo filme italiano.

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