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Artigo

  • Napoleão e dois séculos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 02/12/2004

    Para quem não conhece a história de Napoleão, um dos nomes fulgurantes de quantos já nasceram e morreram ou estão vivos, vou informar que neste dia 2 de dezembro, em 1804, portanto há dois séculos, realizava-se em Paris a cerimônia da coroação do Imperador de França. Creio que muitos de meus leitores conhecem o registro de David da cerimônia suntuosa, por meio da qual Napoleão criou um império, que duraria muito pouco, por falha sua mesmo.

  • Fantasia masculina

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 01/12/2004

    Sentados no bar do aeroporto, eles modelavam uma forma no ar. O gesto rústico e imperfeito parecia corresponder às sinuosas linhas do corpo feminino.

  • O PT, noves-fora, Lula

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 01/12/2004

    A massa de reuniões em Brasília nestes últimos dias nos tirou de vez do anticlímax para perguntarmos do sentido dessa extrema movimentação presidencial. É difícil constatar-se maior presença política no poder, seus teatros e seus bastidores, que a de Lula, movimentando todos os gonzos do mando. E, sobretudo, e ao contrário de seus antecessores, guardando para o foro íntimo, e para o desfecho da hora, a condução da nossa máquina pública, no segundo tempo do mandato. O presidente impôs a prestação de contas dos ministros sem cadeira cativa, fora da área econômico-financeira, e cobrou disciplina indiscutível do PT, para a rearrumação das maiorias, com vistas à reeleição. A força federal das legendas não se compromete com os resultados municipais, na sua soma algébrica de auto-anulação, de tantas combinazzioni que não saem do terreiro das prefeituras. Afinal, após o pleito, não há alcaide que não se dobre ao petitório federal subseqüente. A osmose política, perdida toda veleidade programática, torna prisioneiros do sistema legendas como a do PTB ou PL. E ao sinalizar agora um Ministério à Roseana Sarney, Lula sabe por que extremo segura o partido já, de fato, quebrado pelo conúbio deste primeiro biênio com o PMDB. Na verdade, na proposta do Planalto não há coalizões, mas amálgamas. Não se salta fora, como se entrou na amplitude do pacto oferecido pelo presidente, nos cargos, mimos e funções, em que se abancaram os velhos partidaços, Lula propõe-se a satisfazer verdadeiras expectativas sociais, e dá outra ambição a seus parceiros que o mero ''toma lá, dá cá'' do primeiro pacote de prendas que esperaram do poder. Há mais que o convescote dos cargos de sempre. As velhas siglas podem se tornar sócias de uma negociação substantiva de mudança.

  • A linhagem de um poeta

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 30/11/2004

    Com este livro chega Reynaldo Valinho Alvarez à primeira linha da poesia brasileira de hoje. Há muito que seus poemas vinham prenunciando essa posição que agora é sua. Mostra ele, em "Lavradio", sua fé e seu espanto diante da beleza das coisas e, por outro lado, perante a força dos acontecimentos que revelem a propensão da natureza humana para o lado trágico de cada avanço.

  • Corrigindo a história

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 30/11/2004

    Recebi do responsável pelo "Painel do Leitor" o e-mail do sr. Gilberto Souza Gomes Job: "A respeito da celeuma levantada na sociedade brasileira pela altíssima aposentadoria de mais de R$ 19 mil reais mensais concedida pelo governo do PT ao jornalista Carlos Heitor Cony (sou eu mesmo), que se apresentou como perseguido pelo governo militar instalado no Brasil em 31 de março de 1964, gostaria de lembrar que esse jornalista, nos dias que antecederam a queda do governo de João Goulart, escreveu dois editoriais violentos no "Correio da Manhã", com os títulos de BASTA e em seguida FORA, que provocaram a famosa passeata "Com Deus pela Liberdade", em que milhares de cariocas, principalmente senhoras, foram às ruas, num movimento que pavimentou o caminho para que o general Mourão Filho se despencasse de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, completando o trabalho iniciado por Cony (é o mesmo lá de cima). Eu perguntaria para os que se lembram dessas cenas: se Jango estivesse vivo, ele concordaria com essa premiação?".

  • A grande escola da Barra da Tijuca

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 29/11/2004

    Em 2006, na Barra de Tijuca, no Rio de Janeiro, vai ser inaugurada uma escola média que terá a chancela do Sesc, o que por si só é uma garantia de cuidados especiais na sua montagem desde a origem.

  • Instabilidade administrativa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/11/2004

    No governo Lula prevalece um dos costumes antigos da técnica de governar no Brasil, a instabilidade. Podemos, mesmo, comparar os titulares do governo nos postos mais altos como a profissão de técnico de futebol. Ninguém está seguro. Do dia para a noite, o presidente, ouvindo um de seus conselheiros, despacha o titular de um cargo para casa. Já o fez até com um delegado do governo que se encontrava em Lisboa, para tratar de questões e problemas de governo para governo. Foi mandado embora pelo telefone.

  • Luiz Inácio não veio ver Celso

    O Globo (Rio de Janeiro), em 28/11/2004

    No domingo passado, esperei pôr os olhos no presidente. Não de muito perto, como na primeira vez, porque soube que a segurança dele está mais rigorosa e, além de tudo, não acredito que nem ele nem eu fizéssemos essa questão toda de estar perto um do outro. Mas esperei que ele aparecesse, sim. Era o enterro de um grande homem, cuja vida, até mesmo na FEB, em que se alistou ainda estudante, foi dedicada ao país. Vivemos numa era onde o cinismo e a descrença parecem dominar a maneira pela qual se vê a realidade, mas nessa era Celso Furtado jamais ingressou. Tive a felicidade, embora escassamente desfrutada, de partilhar de sua companhia e lembro que, mesmo fisicamente debilitado, conservava vigoroso o espírito e seus olhos faiscavam, quando falava no que lhe movia o coração. O que lhe movia o coração era o amor, a quase obsessão, pelo Brasil e seu povo, em cujo futuro sempre acreditou com veemência e combatividade, munido da erudição e da clareza de raciocínio que o tornaram um pensador consagrado e reverenciado em todo o mundo. Na época em que minha geração despertava para os problemas nacionais, ele foi mestre e exemplo, e exemplo e mestre continuará pelo resto de minha existência.

  • FHC e a Academia

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/11/2004

    A vaga aberta na Academia Brasileira de Letras está criando problemas para alguns acadêmicos e para os candidatos que desejam suceder a Celso Furtado. Rosna-se por aí que FHC teria feito sondagens para entrar naquilo que os parnasianos chamavam de "nobre sodalício".

  • Um humanista

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/11/2004

    Conheci o professor Celso Furtado no início da década de 60, no tempo em que fui líder estudantil e presidia o Diretório Central de Estudantes da então Universidade do Recife.

  • Revoada de estrelas

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 26/11/2004

    O Brasil passa por um momento de curiosidade internacional. A biografia do presidente Lula, de operário presidente, desperta uma atenção grande e excita indagações. Em seguida, o tamanho do Brasil e sua presença mundial fazem com que sejamos uma potência emergente.O presidente Lula, numa postura inesperada, tem excepcional gosto pela política externa e tem sido um viajante ávido por aumentar as nossas trocas comerciais. Seu estilo é bem pessoal.

  • O "ainda" PT

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/02/2005

    Em entrevista publicada ontem, o presidente do PT, José Genoino, se esbofa para afirmar que o seu partido "ainda é de esquerda". Parece que a consciência política dos petistas está preocupada com as críticas generalizadas a respeito do que andam chamando de "traição" do partido aos ideais que o criaram e o marcaram até a conquista do poder.

  • A solidão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/02/2005

    Quando morreu Carolina, Machado de Assis compôs um dos mais belos sonetos em língua portuguesa. Sem extravasar a sua angústia, por ter perdido a doce companheira de trinta e quatro anos, Nabuco, o grande amigo de sempre, lhe escrevera para consolá-lo do rude golpe sofrido com a morte de Carolina.

  • A hegemonia, um luxo só

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 09/02/2005

    Bush, no discurso de posse, levou à abstração máxima a referência à liberdade, como convém à fala da hegemonia, legitimamente consagrada, afinal, pelo aluvião eleitoral. Não fez por menos, no direito à arrogância tranqüila que lhe dá a instituição democrática. O recorte do perfil na escadaria do Capitólio era já de pretendente aos talhes na pedra do Monte Rushmore, dos pais da república, como conviria ao presidente da nação chegada ao extremo de seu fastígio. É um virar natural de página, quando não há mais que pedir desculpas pelo erro confesso da busca do arsenal nuclear de Saddam, nem dar novas justificações ao fato consumado da guerra permanente para o extermínio do terrorismo.