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Artigo

  • A originalidade de "O Coronel e o Lobisomem"

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 14/06/2004

    Este ano o jornalista, contista e romancista José Cândido de Carvalho estaria completando 90 anos. Seus amigos, dentre os quais me incluo, sentem falta do convívio alegre que mantinha com todos. Vale recordar a sua grande realização - o livro O Coronel e o Lobisomem - que teve a sua primeira edição em 1964.

  • Abusos do poder

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/05/2005

    Não espero muita coisa da CPI que acaba de ser aprovada para apurar o escândalo dos Correios. Primeiro, porque os escândalos deixaram de ser pontuais, criaram uma metástase no organismo nacional, não adianta extirpar um tumor aqui porque há outros ali, em diferentes órgãos, alguns detectados, outros crescendo na sombra.

  • O presidente trabalha, sim

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 13/06/2004

    Embora confesse ignorância vergonhosa sobre o jogo do bicho, uma das raras instituições sérias e respeitadas do Brasil, acho que é somente nele que vale o que está escrito. Constituição, leis, decretos, portarias e assim por diante, como sabemos, só quando interessam a quem está mandando e quem está mandando nunca somos nós. A conversa de quem manda somos nós, por sinal, faz parte até da dita Constituição, mas é enfeite, porque soa bonito e serve para mostrar às visitas ou aos diversos inspetores exóticos a quem prestamos obsequiosa conta. Faz-se um esforçozinho aqui e ali para nos provar que vale o que está escrito e até noticiários de tevê nos informam sobre nossos direitos, todos devidamente escritos. Por exemplo, já que seremos assaltados mais cedo ou mais tarde, nos dizem as autoridades de insegurança pública que não portemos documentos, mas cópias deles, as quais serão aceitas como legítimas por todos. É só tentar embarcar no Galeão com uma cópia da carteira de identidade para ver que isso pode estar escrito, mas é brincadeirinha outra vez, pois lá só se aceita o original. Mas, claro, nenhum de vocês precisa ser lem-brado desse tipo de coisa. Já estamos acostumados, somos disciplinados serviçais dos governantes e de quem mais se julgue em posição de nos impingir o que fazer ou não fazer, conforme a sua, dele ou dela, veneta.

  • A igreja adulta de Bento 16

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/05/2005

    A despedida na praça de São Pedro de João Paulo 2º numa unanimidade mundial só faz redobrar a atenção para o passo seguinte da igreja. A sideração desbordou toda volta à simples seqüência, de conservantismo ou mudança. Um aluvião de consenso criou uma expectativa única que redobra a escuta do mundo exposto à "civilização do medo" e das cruzadas para justificá-lo. É um próprio sinal dos tempos o acesso ao trono de Pedro de um teólogo e intelectual rigoroso, que tem o dever da autocrítica e se investe, agora, da mais radical humildade para a sua nova toma da palavra. Encontrar os ouvidos para o anúncio implica, ao mesmo tempo, fugir às retóricas do continuísmo como das repartidas fáceis.

  • O peru do Carnaval ou do Natal?

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 27/05/2005

    O ex-presidente Fernando Henrique é um homem educado, amável, cordato, esperto, malicioso, simpático e sedutor. Nunca se revela a um adversário, e não sei se algumas vezes a algum amigo. Não o vejo com ares de confissões e de ter confidentes nem dado a confessor. O que o teria levado a entrar em metáfora dos bichos sem chegar à fábula, gênero que tem sempre uma conclusão moral? Disse ele, num rasgo que não é do seu cotidiano, que o governo era um "peru bêbado no Carnaval". A reação foi desproporcional à boutade. Afinal, um peru bêbado no Carnaval está no espírito da coisa, para brincar e divertir-se. Depois veio a correção: "Não é no Carnaval, é no Natal".

  • O castigo do aliancismo a todo custo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 27/05/2005

    A determinação do respaldo de Lula aos aliados contra a CPI no caso de Roberto Jefferson pode se ter transformado no meridiano invisível, de passagem para o longo prazo de sua presente estratégia de poder. Ou seja, a da absoluta prevalência da realpolitik sobre a volta à iniciativa programática, no a que veio ao Planalto o PT. É a pertinácia desta última crença, inclusive, que tem permitido a marcante disciplina, ainda, do partido. Seus próceres mais importantes querem a mudança de dentro, contra toda ruptura pelo purismo doutrinário. O PSOL, de Heloísa Helena, não fez verão, nem ampliou a fratura, acreditando num brusco amadurecimento do fator ideológico no alinhamento político do País. A própria idéia-mestra, original, da opção socialista parece esfumar-se, como remota estrela polar. Mais ainda, a própria articulação, a prazo médio, do querer político não marcha para um programa de onde se possam cobrar prioridades e, sobretudo, tempos definidos de expectativa. A candidatura Plínio Sampaio, por exemplo, para a próxima presidência do PT é exemplar na aposta pela superação da estrita realpolitik em novo mandato.

  • A caixa de Pandora

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 13/06/2004

    Na mesma manhã, três sinais vindos de continentes diversos: um correio eletrônico do jornalista Lauro Jardim, pedindo para confirmar alguns dados sobre uma nota a meu respeito, e mencionando a situação na Rocinha, no Rio de Janeiro; um telefonema da minha mulher, que acaba de desembarcar na França - viajara com um casal de amigos franceses para mostrar nosso país e os dois terminaram assustados, decepcionados - e finalmente, um jornalista que vem me entrevistar para uma televisão russa:

  • O palhaço Arrelia

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/05/2005

    No início dos anos 30 eu morava com meus pais na avenida 8, entre as ruas 1 e 2, em Rio Claro, cidade de ruas numeradas, como as americanas.

  • Mister se torna neoliberal

    Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 11/06/2004

    As palavras , como tudo na vida, sofrem a ação inexorável do tempo. Nascem, amadurecem, têm seu instante de esplendor e depois morrem. Ao contrário dos seres vivos, ficam insepultas. Veja-se a palavra "sevandija". No século 19, não se escrevia um artigo, uma catilinária, sem que ela fosse empregada. Hoje, ninguém mais se lembra do que é. Caiu no túmulo das palavras mortas. Até ficou um título de saber conhecer palavras arcaicas. Luís Carlos Bello Parga, que foi senador e um dos mais cultos colegas que tivemos naquela Casa, era respeitado porque "sabia línguas mortas" e gastava seu lazer em traduzir inglês arcaico.

  • Alfabeto Digital

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/05/2005

    Os modismos aqui chegam, mas em geral custam a pegar. Desde a época do Descobrimento, as cartas com as novidades demoravam mais de um mês, trazidas pelas valentes caravelas portuguesas. E alguma coisa para virar modismo, naqueles tempos, não era fácil. Como espalhar pela colônia?

  • Elite apressada, povo paciente

    Os amuos que ora respondem pela queda da aceitação do Governo continuam a responder pelo tempo social das elites, que não largam a ribalta do evento brasileiro. O espetáculo a que convida Lula não tem como destinatários as platéias e os telões nobres da população, afeitos de sempre às luzes mediáticas. Quem elegeu o petista não está, ainda, no procênio da nossa vida política, para dizer da sua acolhida e apoio ou, sobretudo, tolerância, com o que ainda não aconteceu, ou inscrito numa agenda que pode escapar até à visibilidade dos primeiros resultados. A nova platéia trazida à recepção da conduta política nacional não temporizará indefinidamente com seu acontecimento gradual, exigindo novas mediações simbólicas - só à mercê de Lula - para contrapor-se à explosão súbita de um desagrado. E estas, possivelmente, numa rede de propagações que possam, de uma só vez, reverter o apoio de base por um repudio súbito e catastrófico pela percepção, de vez e sumária, de uma não virada de página. Na verdade o Governo se organizou em maiorias inéditas no Congresso, e as administra pagando o imediatamente pactuado. Mas estas transações não vão ao tecido da vida social, cuja única intermediação é a do PT, no seu controle, pelos sindicatos, pelas Ongs ou pela miríade de associações em que se levantou o país da marginalidade. Continua a mobilização básica e histórica que chegou ao efetivo exercício do direito de votar. É significativo que Lula, ao primeiro aniversário do Governo tenha sensivelmente mudado a retórica do espetáculo e do milagre e figurado ao país a cenarística dura para caucionar a promessa saída do palanque. No quadro deste passivo inicial para a demarragem do Governo, e que Lula exibiu ao país, somam-se respectivamente o emperro agravado da máquina burocrática, onde se agregam os freios clássicos e a inexperiência muitas vezes da nova equipe; a demora da operacionalização regulamentar dos setores públicos; os obstáculos emergentes, na concatenação entre as entidades governamentais e a sociedade civil, a que a cultura petista se volta maciçamente no incentivo às ongs e entidades comunitárias. Podem-se assim repetir os casos de travame, por exemplo, do programa de Microcrédito, pela falta ainda de uma regulamentação pelo Banco Central, ensejando a que ao fim de 2003 essa iniciativa, ligada à determinação do presidente, e de maior impacto na dita política de descentralização só tenha permitido o desembolso de seis milhões, dos quatrocentos milhões disponíveis, para esses mutuários de baixa renda. Da mesma forma, as reduções ainda sobrevindas às dotações iniciais, como o do Ministério das Cidades, sofreram a quebra sobre a quebra dos recursos mínimos assegurados, reduzindo de 509 milhões para 414 milhões, e, na prática, logrando a aplicação de 339 milhões no Programa Nacional de Urbanização das Favelas. Por outro lado, o programa de incentivo aos agricultores do Nordeste para produção durante a seca, previa a meta oficial de 500 mil famílias mas, na prática, viu-se reduzido a 300 mil Identicamente começa a indenização pela perda da safra, abrangendo 35.118 plantadores. A urgência do projeto básico amargou, ainda, a falta de estruturas locais para dar a necessária irradiação ao crédito, somando-se à rigidez do aparelho bancário a fim de atender a dupla operação, indenizatória e de compra da safra. Ganhou ritmo ascendente a construção de cisternas na área rural. Mas ainda a depender da facilitação dos repasses pelo Ministério da Segurança Alimentar que, afinal, só chegou a 38% do prometido com a instalação de 8.390 unidades sobre as 22.040 inicialmente previstas. As vezes já se azeita por inteiro o novo aparelho de atendimento à frente de impaciências pela melhoria social que urge, de maneira tão nítida, o Ministério das Cidades ao lado do de Desenvolvimento Social. Atentar-se-á, por exemplo, a que o problema da regularização fundiária nas favelas permitiu na dita operação “papel passado” terminam o ano de 2003 com gastos executados de 1,291 milhão, importando 92,2% dos montantes estipulados. Já com um coeficiente de 70% do que anunciou, o Ministério da Agricultura entregou ao Programa de Agricultura Familiar 1,5 bilhão para 500 mil contratos, 121 milhões para investimento, além de 1,379 bilhão para 488 mil contratos de custeio. Toda a análise do começo do mandato de Lula pode se fartar da boa justificação, para a demora de resultados, enquanto o realismo político foi a resposta mais honesta, senão adequada, à avalanche da vitória, e à dimensão do Brasil que votou pelo PT, em geral, independentemente dos profundidades diversas da opção por um país diferente. Mas qual é hoje a margem de transição profunda com a espera? Existe um vulcão de inconformismo, ainda silencioso? Reforça-se a sideração pessoal pelo presidente? E até quando? De toda a forma esta interlocução profunda é só sua. Seus números de popularidade resistem a qualquer apropriação pelo Brasil de salão. E o mínimo que sai do papel agora no programa de base reforça em exponencial estas crenças. O pano de fundo esperou demais para saber que lhe chega, nunca tardo, porque de vez.

  • A morte de um herói

    Diário do Comércio (São Paulo - SP), em 09/06/2004

    Foram poucos os autores da derrubada do Império do Mal, como ficou conhecido, graças a Reagan, o Império Soviético. O primeiro foi o papa João Paulo II, com a ajuda de Lech Walesa, depois foram Reagan e madame Thatcher e, finalmente, a adesão das massas exploradas pelos senhores do mundo vermelho simbolizado pelo Kremlin. Estava fundo o comunismo, em pouco tempo. Ficaram, apenas, os nostálgicos, como os temos aqui, mas são poucos e inúteis.

  • O mundo de Kafka

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 08/06/2004

    Estamos, em várias partes do mundo, lembrando Franz Kafka neste junho, que marca os 80 anos de sua morte. Era 1924. Atacado pela tuberculose, deixara Praga e fora internado numa clínica particular nos arredores de Viena. Por ocasião de um congresso literário na Áustria, fui visitar o local em que passara suas últimas semanas de vida.

  • Fórum de cultura

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 07/06/2004

    Uma bela iniciativa da Unesco, com o apoio do Sesc e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, reuniu no Hotel Glória nada menos de 64 secretários municipais de Cultura. O objetivo era produzir um documento, para ser apresentado no Fórum Cultural Mundial, o que foi feito com muito entusiasmo por parte das pessoas presentes, todas especialistas na matéria.

  • A roubalheira num boteco do Leblon

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 06/06/2004

    Claro, nós estamos acostumados desde a infância. Acho que das primeiras coisas que me lembro na vida é meu avô dizendo na mesa do almoço que aqui no Brasil só tinha ladrão.