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Artigo

  • Nesta segunda, sem falta

    O Globo (Rio de Janeiro - RJ), em 20/06/2004

    Eis, finalmente, o dia em que esta coluna, admito que, no caso, meio sem moral, ou sem moral nenhuma, resolve abraçar uma causa. Deve ser, como tudo mais, trauma de infância, mas sempre tive vontade de que alguém se referisse a mim como abraçado a uma causa. Talvez nos tempos de político estudantil eu tenha abraçado uma causa ou outra, mas meio como namoro de carnaval, efemeramente e sem conseqüência alguma. Daí para cá, só causas muito vagas, como o bem-estar da Humanidade, a justiça social, a felicidade do nosso imenso Brasil e similares, que não valem, até porque acho que todo mundo as abraça de uma forma ou de outra e costumam ser mais da boca para fora.

  • Os desafios da reforma

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 30/05/2005

    Antes mesmo que o MEC desse à luz a nova versão da reforma universitária, com 67 alterações no projeto original, o UniFMU de São Paulo, por intermédio do Imae, realizou um debate sobre os desafios prementes da educação brasileira. Dele participaram membros do Conselho Nacional de Educação, como os professores Roberto Bezerra (presidente) e Edson Nunes (presidente da Câmara de Ensino Superior), além do prof. Ronaldo Mota, diretor de educação à distância do MEC, e membros do Imae, que é presidido pelo prof. José Aristodemo Pinotti.

  • Aquele homem

    Saltei do carro e comecei a caminhar pela calçada. Um desconhecido vinha em sentido contrário, quando deu comigo fez cara de espanto, quase de estupor. Fosse outra a situação, eu lhe ofereceria um copo d'água, para lhe amenizar o susto. Dizem que um gole faz bem.Poderia também tomar satisfações, afinal, ainda que seja um fantasma, considero-me um fantasma inofensivo. Percebendo que eu também ficara espantado com a reação dele, explicou-se: "Você existe mesmo!"

  • O monstro atraente

    Diário do Comércio (São Paulo), em 30/05/2005

    Não recorri à Enciclopédia para relembrar quando apareceu o dinheiro. Provavelmente foi inspiração diabólica o seu surgimento e sua entrada em circulação. Na China, no Egito, em Roma.

  • Mata e esfola

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 29/05/2005

    Recebo e-mail de um leitor, com a cópia da mensagem que enviou a um colunista da Folha, um dos mais ilustres, lidos e respeitados do país (evidente que não sou eu). O leitor reclama dele as restrições que faz ao governo Lula, atribuindo-lhe uma ligação inexistente com o governo do ex-presidente FHC, ligação que explicaria suas críticas ao atual governo.

  • Variações sobre a saúde

    O Estado de São Paulo (São Paulo), em 19/06/2004

    Dentre os valores de fundamental importância consagrados pela história da civilização sobressai o relativo à saúde, da qual o homem teve consciência imediata, tão frágil é ele no tocante aos males do corpo e da mente e ante as forças adversas da natureza. Travou-se desde logo uma rude e contínua batalha entre os valores vitais e os fatores negativos que determinam a morte, aqueles empenhados em preservar e salvaguardar a existência humana e estes, tendentes a extingui-la, pondo termo a um projeto existencial.

  • Administrar ainda a esperança

    O aumento, afinal, do nosso PIB nesses dois trimestres suados, tem o impacto do apontar, afinal, para a saída do nosso imobilismo nesta última década. E o espetáculo adiado de Lula, é exatamente este do número difícil e sofrido, mas que pode finalmente retirar-nos do túnel da inércia, e dar-nos o arrimo entre contra-vapores continuados de expansão. O passo à frente patina no pantanal da globalização e do vai e vem, afinal, de uma economia onde não existe ainda projeto, mas só conjuntura. O impacto de 53% da dívida externa sobre o PNB nos obriga a este ganho do dia-a-dia, miragem amanhã, não fosse a estiva de cada hora do tandem Palocci-Meirelles.

  • Lampião e o Iphan

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ) e Folha de São Paulo (São Paulo - SP), em 18/06/2004

    Não me comove a tese de que o São João é cafona e coisa de retirante nordestino. Certamente vem de um acúmulo de tradições, que vão das fogueiras, dos angus, das canjicas, milho e batatas-doces assadas, do ritmo das zabumbas, das matracas, do elo fortuito do compadresco de fogo até as simulações de vestes caipiras. As ladainhas e quadrilhas são um quadro à parte.

  • Canudos se não rendeu. Teve que ser destruída

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 16/06/2004

    Em comentário que fiz comemorando o centenário de Os sertões, em 1998, concluí com uma citação de Euclides da Cunha: ''Canudos não se rendeu . Teve que ser destruída''. E arrematei com a pergunta: como evitar na atualidade que nossa miopia ideológica nos conduza à repetição de crimes como os que testemunhou esse autor de rara coragem intelectual? Sem lugar a dúvida, ele continua a ser muito lido. Mais que isso: recentes sondagens de opinião indicam que ele é ainda o autor mais influente em todo o século no que concerne ao entendimento do processo de formação de nossa sociedade. A razão disso certamente não é seu gongorismo nem seu cientificismo positivista, superados pelos avanços das ciências sociais.

  • Que tal uma tolerância zero para nós?

    O Globo (Rio de Janeiro), em 29/05/2005

    Sei que não adianta, mas reitero minha rejeição ao rótulo de “formador de opinião” que a toda hora me pespegam. Não só o acho pretensioso, como não creio que seja verdade. O que acredito que faço com alguma freqüência é dar forma ao que muita gente já vinha pensando, ou veicular o que ela já trazia formadinho na cabeça e não tinha como manifestar. Não sou megalômano, para achar que, depois que dou um palpite - que, aliás, pode ser uma perfeita besteira, pois claro que digo besteiras como todo mundo, embora talvez não tão abundantemente quanto uns e outros, pelo menos em público -, vai aparecer um monte de gente querendo segui-lo. Só se for um palpite que já esteja dormindo ou armazenado na cabeça do pessoal e eu apenas o desperte, ou dê de cara com ele no fundo de uma gaveta que já desistimos de arrumar.

  • Retrato de um tempo

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro - RJ), em 15/06/2004

    O romance de Fernando Sabino, "O encontro marcado", posto nas livrarias nos anos 50 do século passado, escrito em estilo ao mesmo tempo nervoso e firme, contou a história de uma geração. Nele, o autor pôs a nu o caminho percorrido pelos jovens que, de 1935 a 1950, haviam começado a ser gente, a constituir família, a escrever, discutir, fazer perguntas e a desperdiçar palavras, tempo e amor. Por ter sido um livro sofrido, um romance feito de angústia, foi que Fernando Sabino atingiu, nele, o clima de emoção que pertence normalmente à poesia.

  • Atrás de seus sonhos

    O Globo (Rio de Janeiro), em 29/05/2005

    NASCI NA CASA DE SAÚDE SÃO JOSÉ, no Rio de Janeiro. Como foi um parto bastante complicado, minha mãe me consagrou ao santo, pedindo que me ajudasse a viver. José passou a ser uma referência para a minha vida, e desde 1987, ano seguinte à minha peregrinação a Santiago de Compostela, dou uma festa em sua homenagem, no dia 19 de março. Convido amigos, pessoas trabalhadoras e honestas, e antes do jantar, rezamos por todos aqueles que procuram manter a dignidade no que fazem. Oramos também pelos que se encontram desempregados, sem nenhuma perspectiva para o futuro.

  • A originalidade de "O Coronel e o Lobisomem"

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro - RJ), em 14/06/2004

    Este ano o jornalista, contista e romancista José Cândido de Carvalho estaria completando 90 anos. Seus amigos, dentre os quais me incluo, sentem falta do convívio alegre que mantinha com todos. Vale recordar a sua grande realização - o livro O Coronel e o Lobisomem - que teve a sua primeira edição em 1964.

  • Abusos do poder

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 28/05/2005

    Não espero muita coisa da CPI que acaba de ser aprovada para apurar o escândalo dos Correios. Primeiro, porque os escândalos deixaram de ser pontuais, criaram uma metástase no organismo nacional, não adianta extirpar um tumor aqui porque há outros ali, em diferentes órgãos, alguns detectados, outros crescendo na sombra.