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Artigos

  • A origem do mal

    O Globo, em 27/12/2022

    O silêncio do presidente Bolsonaro, diante das evidências de que germinou no acampamento de seus seguidores em frente ao Q. G. do Exército o atentado terrorista planejado para implantar o caos no entorno do Aeroporto de Brasília com a explosão de uma bomba, o coloca como cúmplice dos atos tresloucados que vêm tendo origem nessas aglomerações de golpistas que anseiam por uma intervenção militar que impeça a posse do presidente eleito, Lula.

  • Gestos importam

    O Globo, em 22/12/2022

    Sabe-se da importância dos gestos na política. Não apenas os corporais, que podem até mesmo fazer parecer mais alto e mais digno um orador, ou não. Mas que dizer dos gestos simbólicos, daqueles que engrandecem o emissor? Nos dias de hoje, em que já estamos fartos de não acreditar nos políticos, os gestos simbólicos têm mais importância que os corporais, que são absorvidos pelos candidatos em sessões de media training que os ensinam até mesmo aparecer sinceros. Como o amor verdadeiro, que Nelson Rodrigues dizia ser comprável pelo dinheiro.

  • A luta continua

    O Globo, em 20/12/2022

    Tem razão de ser a desconfiança do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar inconstitucional o orçamento secreto tem a interferência política do presidente eleito, Lula. Como político calejado, a não ser que a 'húbris' o tenha cegado, Lira deveria imaginar que um negociador como Lula, provado nas lides sindicais, não ficaria inerte vendo-se refém dele, que foi aumentando suas exigências enquanto parecia encurralá-lo nas cordas.

  • A democracia venceu

    O Globo, em 13/12/2022

    Era para ser uma simples diplomação dos candidatos eleitos a presidente da República e vice, como sempre acontece antes da posse formal. Mas, como não estamos em tempos normais, acabou sendo uma cerimônia de exaltação à democracia e, também, de advertência aos que insistem em tumultuar o processo normal de transição de um governo ao outro.

  • Orçamento secreto na berlinda

    O Globo, em 11/12/2022

    O orçamento secreto do Congresso está em discussão tanto no Supremo Tribunal Federal (STF), que definirá se é constitucional, quanto no Tribunal de Contas da União (TCU), que autorizou um pedido do governo para deixar fora do teto despesas obrigatórias da Previdência. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, procura ressaltar a todo momento que a PEC da Transição, que permite um gasto bilionário fora do teto, não é de seu governo, mas sim do de Bolsonaro, que fez um orçamento fictício onde não cabem o Bolsa Família de R$ 600 e mais R$ 150 por criança de até 6 anos, e nem gastos correntes, como despesas do INSS com aposentadorias e outros benefícios previdenciários, que chegaram a R$770, 4 bilhões.

  • Fim de linha

    O Globo, em 08/12/2022

    O choro do presidente Bolsonaro na segunda-feira, na cerimônia de fim de ano das Forças Armadas no Clube Naval de Brasília, significa o fim de uma tentativa golpista que deu errado. Assim como deu errado a manobra do presidente peruano deposto, Pedro Castillo, preso depois de tentar fechar o Congresso e decretar 'estado de emergência' no país. A perspectiva de que o mesmo aconteça no Brasil é uma assombração para Bolsonaro, que continua deprimido depois da derrota eleitoral e da frustração de seus instintos autoritários.

  • Limites à gastança

    O Globo, em 06/12/2022

    A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, tachada pela oposição de 'PEC da Gastança', começa a ser analisada amanhã pelo Senado, que definirá sua forma definitiva. As PECs precisam ser aprovadas nas duas Casas (Câmara e Senado) por maioria qualificada, três quintos dos componentes de cada uma, em duas votações. Tudo com o objetivo correto de dificultar mudanças constitucionais frequentes. Apesar disso, já foram feitas 125 mudanças desde que a Constituição foi promulgada em 1988.

  • Pedras no caminho

    O Globo, em 04/12/2022

    A crise originada pela politização dos militares pelo presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de permanecer no poder de qualquer maneira, fosse pelo voto - o que não aconteceu por muito pouco -, ou através de um golpe político-militar, parece estar sendo superada desde que o presidente eleito, Lula, deixou vazar que o ex-deputado José Múcio Monteiro será o novo ministro da Defesa.

  • Desmontando armadilhas

    O Globo, em 01/12/2022

    O governo Lula, que nem mesmo começou, já está tendo de apagar um incêndio na área militar. Tudo indica que está tendo sucesso. Os comandantes das três Forças - Exército, Marinha e Aeronáutica -iniciaram um movimento conjunto para sair de seus postos antes mesmo que Lula assumisse a Presidência da República. Um fato gravíssimo, pois não há outro motivo para essa substituição prematura que não seja a explicitação da rejeição dos comandantes ao sucessor eleito.

  • Hora de parar

    O Globo, em 29/11/2022

    A revolta que a aparição do deputado Eduardo Bolsonaro no jogo do Brasil contra a Suíça na Copa do Mundo do Catar provocou em bolsonaristas nas redes sociais mostra bem o clima delirante em que se envolvem os que buscam um 'terceiro turno' da eleição presidencial, acampando em tomo de quartéis, reivindicando uma intervenção militar para evitar a posse do presidente eleito Lula em l2 de janeiro. Sentiram-se abandonados pelo filho Zero Três de Bolsonaro, entendendo que ele estar vibrando com o futebol do Brasil no Catar é sinal de que nada acontecerá no país nos próximos dias. Mas é preciso que esses lunáticos parem de agir como guerrilheiros, perseguindo seus supostos inimigos pelo mundo afora.

  • Hora da definição

    O Globo, em 27/11/2022

    O desagrado dos agentes do mercado financeiro com a fala do provável futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reflete bem a relação conflituosa que sempre existiu entre o presidente eleito Lula e o mundo financeiro, uma tradução política da tendência anacrônica esquerdista do PT que, depois da China, deveria ter sido adaptada.

  • Um bom cobrador

    O Globo, em 24/11/2022

    O presidente Bolsonaro demonstrou em diversas oportunidades ser resiliente, recuperando-se de situações políticas embaraçosas, como quando foi obrigado a entregar o Orçamento nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira, para sobreviver a um possível impeachment. Parecia um 'pato manco', mas sua prioridade nunca foi gerir o país, e sim atuar em setores ideológicos específicos, como costumes, religião, armamentos. Dedicou se a esses temas por meio das redes sociais e de suas lives e formou uma base de apoio que se mostrou forte na eleição presidencial.

  • Ainda os militares

    O Globo, em 22/11/2022

    Georges Clemenceau, jornalista, médico e político, primeiroministro dafrança na Primeira Guerra Mundial, definiu:

    - A guerra! É uma coisa séria demais para ser deixada por conta dos militares.

  • Volta ao velho normal

    O Globo, em 20/11/2022

    O Brasil precisa voltar à normalidade, e os militares são parte importante desse retorno. Não é aceitável que as aglomerações em frente aos quartéis sejam consideradas normais, ainda mais quando pedem medidas inconstitucionais, como a intervenção militar, para não permitir que o presidente eleito tome posse. São as novas 'vivandeiras alvoroçadas' que incentivavam os militares a ações golpistas.

  • De volta ao futuro

    O Globo, em 17/11/2022

    A presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na COP27, no Egito, antes mesmo de ele assumir o cargo para o qual foi eleito em outubro, contrasta com a primeira decisão do atual presidente brasileiro, que cancelou a reunião do clima que seria realizada no Brasil em 2019.