
China na Fenit
Os expositores nacionais da Fenit estão lidando com a concorrência asiática. Não existe mais nação soberana na indústria têxtil.
Os expositores nacionais da Fenit estão lidando com a concorrência asiática. Não existe mais nação soberana na indústria têxtil.
"Toda tese", escreveu Kierkegaard, "está exposta ao riso dos deuses". Pensando helenicamente, só eles sabem. Ou, de acordo com pretensões posteriores, nem eles sabem. A idéia, porém, é de que nem as teses mais fundamentais podem fugir à análise e à revisão dos que vêm depois. Na arte da palavra, as teses de que os deuses riem, raramente, criam bons poemas, nem inventam boa prosa. Algo mais do que isto será necessário.
Na semana passada, comentei sobre meus livros sublinhados. Na verdade, não tenho muitos livros: há alguns anos atrás, fiz certas escolhas na vida, guiado pela idéia de procurar ter um máximo de qualidade, com o mínimo de coisas. Não quer dizer que tenha optado por uma vida monástica; – muito pelo contrário, quando não somos obrigados a possuir uma infinidade de objetos, temos uma liberdade imensa. Alguns de meus amigos (e amigas) reclamam que, por causa do excesso de roupas, perdem horas de suas vidas tentando escolher o que vestir. Como resumi meu guarda-roupa a um “preto básico”, não preciso enfrentar este problema.
Estou acostumado à presença dele. Como trabalho junto ao terraço, costumo dar uma saidinha para vê-lo, sempre na mesma postura, às vezes aureolado de nuvens. É bom e quase sempre dou uma rezadinha rápida, antes de começar o dia. Mas não espero resposta direta, teofania é para os escolhidos e não vou me arrogar a pertencer a esse time. A vida, contudo, tem muitos mistérios, a começar por ela própria, e foi assim que tomei um susto, ao ouvir uma voz de timbre claro e sonoro, perto e ao mesmo tempo distante.
O caso Renan está enjoativo. Chegamos naquela fase que antecede o vômito, aguardando o momento decisivo do alívio estomacal.
Quem chama nossa atenção para os escritos do Desembargador Siro Darlan é o Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. “Você não pode deixar de ver o artigo em que ele aborda a fabricação de bandidos.” De início assustados, depois foi possível entender a que se propunha o bravo defensor das crianças brasileiras, desde os tempos em que dirigiu o Juizado de Menores do Rio de Janeiro.
Se todos fizessem o mesmo cinema de Tati, eu não precisaria fazer certos filmes, diz Godard
O revólver era perfeito, enganaria qualquer um. Confiante, ele foi em frente. Imobilizou seus guardas
CADA VEZ mais o Brasil está a exigir de nossa diplomacia. Ela sempre desempenhou suas tarefas com extraordinária competência. A ela devemos uma parcela da unidade nacional, ao construir fronteiras pacíficas com dez países, como o fez Rio Branco.
RIO DE JANEIRO - "Não resta a menor dúvida de que o Brasil..." -as primeiras palavras saíram fáceis, mas o texto embatucou. Dono do jornal e principal editorialista, arrancou a lauda da máquina de escrever, amassou-a e jogou-a na cesta. Suspirou, botou nova folha na velha Remington que herdara do pai junto com o jornal, a rotativa e um sítio em Campo Grande onde criava galinhas.
RIO DE JANEIRO - Gostei, mas gostei mesmo, da foto em que Lula aparece em "look" caipira, puxando o cordão na festa junina da Granja do Torto, segurando o estandarte com as imagens de são Pedro e santo Antônio. Ao contrário de outras autoridades, ele fica perfeito com as calças remendadas, o chapéu de palha, a cara esbaforida. É o homem comum brasileiro, o mesmo que se identifica com ele e o aprova no governo, apesar de sua progressiva omissão nas questões mais urgentes da vida nacional.
“Como o senhor entrou na vida espiritual?”, perguntou um dos discípulos do sufi Shamse Tabrizi. “Minha mãe dizia que eu não era bastante louco para ser internado num hospício nem bastante concentrado para entrar num mosteiro. Resolvi dedicar-me ao sufismo”. “E como explicou isso a sua mãe?” “Com uma fábula: puseram um patinho para que uma gata tomasse conta. Ele seguia sua mãe adotiva por toda parte. Um dia, foram ao lago. O patinho entrou na água e disse: “Vou continuar no meu ambiente, mesmo que minha mãe não saiba o que significa um lago”.
Uma rosa queria a companhia das abelhas, mas nenhuma delas vinha até ela fazer uma visita. Mas a flor ainda era capaz de sonhar com aquilo. E resistiria até o outro dia, quando abria de novo suas pétalas para esperar alguma abelhinha. “Você não está cansada?”, perguntou alguém à flor. “Talvez, mas preciso continuar lutando”, respondeu ela. “Por quê?”, prosseguiu o alguém, com curiosidade. “Para não murchar”, explicou a rosa. Nos momentos difíceis, seja mais aberto. Às vezes, a esperança de vitória consiste em permanecer na luta, mesmo perdendo.
“Minha dança, minha bebida e meu canto são o colchão onde minha alma repousará quando voltar ao mundo dos espíritos”, diz um sábio indonésio. Quem ler os evangelhos irá reparar que quase todos os ensinamentos de Jesus aconteceram em duas circunstâncias: enquanto ele estava viajando ou quando ele estava em torno de uma mesa. Nada de templos. Nada de lugares escondidos. Nada de práticas sofisticadas e difíceis. Coisa simples. Andando. E comendo. Algo que fazemos todos os dias – e, por isso mesmo, não damos nenhum valor. Pensamos que as coisas sagradas são tarefas para os gigantes da fé. Achamos que aquilo que a gente faz é pobre demais para ser aceito com pureza e alegria por Deus. Deus é amor. Mas, além disso, Deus é humor.