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Artigos

  • A cultura do ódio

    Chumbo Gordo, em 12/04/2023

    A Academia Brasileira de Letras, nos seus 125 anos de existência, não cuidou somente de língua e literatura. Teve que se ocupar também de graves problemas nacionais, como agora se deparou com a propagação do ódio em vários dos nossos Estados?

  • O corrimão

    Jornal O Estado de S. Paulo, em 09/04/2023

    Depois de um intervalo de três anos, voltei às palestras pelo interior do Brasil. Alegria ao reencontrar o público, principalmente os professores. Tive um companheiro especial pelo interior mineiro, Campos Altos, São Gotardo e Ibiá. Mauro Ventura, escritor e jornalista, filho de Zuenir Ventura, meu colega na Academia Brasileira de Letras. Ele seguiu como mediador, mas funcionou principalmente como meu 'cuidador'. Aos 86 anos, me veio um leve desequilíbrio físico ao andar. Adotei uma bengala, que, às vezes, me parece elegante. Outras, me deixa constrangido, expondo minha fragilidade. Vaidades. Também, vez ou outra, me vem a vontade de dar bengaladas. Contenho-me, as pessoas estão em ponto de bala, pisando nos cascos, não se sabe o que pode acontecer.

  • Programas de Estado

    O Globo, em 09/04/2023

    Não há mais projeto do Estado no Brasil, só projetos de governo. Os únicos projetos de Estado que vingaram nos últimos anos foram o Plano Real e o Bolsa Família. Mesmo assim, o Real foi combatido por diversas correntes políticas, e só se impôs pela eficiência demonstrada. O Bolsa Família tem suas raízes nos programas sociais do governo Fernando Henrique, todos agrupados no primeiro governo Lula. Sua permanência no governo Bolsonaro, embora com outro nome e distorcido na falta de focalização da distribuição de recursos, só demonstra sua necessidade.

  • Primeiro de Abril

    Chumbo Gosdo, em 07/04/2023

    É impossível deixar de falar em nosso Brasil. Que, num 1º de abril, deu-se o Golpe de 1964. Depois, para não ficar mal com a história, trocaram tudo. A data ? que voltou um dia para ser, oficialmente, 31 de março. E o nome do evento ? que, em vez de Golpe, virou Revolução. Numa espécie de alusão à Revolução Francesa?

  • Uma sociedade doentia

    O Globo, em 06/04/2023

    O clima de ódio e violência que estamos vivenciando nos últimos tempos, oriundos do período em que o bolsonarismo começou a implantar suas raízes, é filho do despertar dos instintos primitivos de indivíduos antissociais que viviam contidos pelos ditames e valores majoritários numa sociedade democrática e sentiram-se liberados para falar, e fazer, qualquer coisa. Como agia seu líder político, saído dos círculos morais mais baixos da sociedade para influenciar seguidores que identificaram por meio de metodologias tecnológicas que se mostraram tristemente eficazes.

  • Para a humanidade

    Os Divergentes, em 04/04/2023

    Como intelectual sempre tive uma preocupação humanista nas minhas decisões, preocupando-me não apenas em melhorar a sorte do povo brasileiro como também a de toda a Humanidade.

  • Ambições à solta

    O Globo, em 04/04/2023

    Os primeiros cem dias do terceiro mandato de Lula não dão margem a um prognóstico positivo, como recentes pesquisas de opinião Datafolha indicam. A não ser para aqueles que se contentam com gestos simbólicos à esquerda, como a suspensão da implantação do novo ensino médio ou o cancelamento da Medalha Princesa Isabel para o combate ao racismo.

  • Caçando jabutis

    O Globo, em 02/04/2023

    O governo Lula precipita-se na articulação de bastidores para minar o poder do presidente da Câmara, Arthur Lira, no mesmo momento em que precisa de seu apoio para aprovar o chamado arcabouço fiscal, que sinaliza seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas.

  • O poder transformador da arte

    Correio Braziliense Online, em 01/04/2023

    No início deste ano, estive, com a minha mulher, Ruth, no pampa gaúcho a convite do diretor da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Gilberto Schwartsmann, curador da impecável mostra Caminhos de Proust, quando ministrei a palestra Memórias de Proust.

  • 'Leve'?

    Chumbo Gordo, em 31/03/2023

    Lula, segundo Kalil, se apresentava com 'pneumonia leve'. Ninguém perguntou a razão de não ter sido, esse diagnóstico, dado pelo médico que o atendeu em Brasília, cabendo isso a um amigo íntimo que sempre o acompanhou. Sem que se entenda como declarou ser 'leve', a tal pneumonia, sem ter sequer auscultado o pulmão do paciente. Pelo visto, Kalil é mais amigo de Lula do que da verdade?

  • Multiversos

    O Globo, em 30/03/2023

    O guru da extrema direita mundial Steve Bannon disse em entrevista à Folha de S. Paulo que a questão das joias das Arábias não tem a menor importância e que Bolsonaro continua com a mesma força, assim como Trump nos Estados Unidos. Estou entre os que não gostaram do vencedor do Oscar 'Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo', mas devo admitir que só acreditando em universos paralelos é possível entender que tanta gente continue dando a Bolsonaro apoio consolidado.

  • A nova Biblioteca Nacional

    Chumbo Gordo, em 29/03/2023

    Havendo verbas, a Biblioteca Nacional pode dar um salto fundamental na aquisição de obras, sobretudo de novos autores, nos vários campos do conhecimento?

  • Blindar Lula de si mesmo

    O Globo, em 28/03/2023

    Lula quer 'foder' o Moro. E quer nomear para o Supremo Tribunal Federal (STF) seu advogado privado, que conseguiu tornar suspeito o juiz que o condenou. Vive assombrado pelo passado, que tem mais peso para ele no momento que o futuro.

  • Um Brasil para Antonia

    Jornal O Estado de S. Paulo, em 26/03/2023

    Antonia, neta que vai nascer em maio, assistiu ao show de Chico Buarque e Mônica Salmaso, aqui em São Paulo. Rita, nossa filha, contou que a menina se agitou bastante dentro da barriga, talvez animada pelas canções, pelos aplausos, pela agitação da plateia.

  • Dois perdidos

    O Globo, em 26/03/2023

    Desde a campanha presidencial ficou explícito que Lula e Bolsonaro queriam se enfrentar, cada qual considerando que o outro era o melhor adversário para derrotar. Ambos tinham razão, pois a polarização levou a um esvaziamento do centro político, e o país se dividiu. A vitória de Lula pela menor margem de diferença da história recente do país deixou para trás uma oposição que, mesmo abandonada por Bolsonaro em seu exílio voluntário, tem força política no Congresso e nas redes sociais.