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Artigos

 
  • Deus ouve sempre

    O Guerreiro da Luz se vê andando pelas ruas sem destino. Ele pensa: “Nada do que planejei está acontecendo. Dei o melhor de mim, segui meus sonhos, fui fiel a Deus. Mas as coisas parecem não caminhar, meus esforços não estão sendo recompensados. Deus parece que está surdo e não escuta minha voz”, diz o Guerreiro. Nesse momento, a melhor coisa a fazer é sentar-se num bar e pedir um café. Depois, irá entender que o tempo de Deus não é igual ao nosso. Em algum lugar do Universo, milhares de anjos estão se movendo e caminham para ajudar aqueles que seguem seus corações.

  • O segredo da espera

    “Há tempo de plantar e de colher”, diz Salomão em Eclesiastes. Existem momentos em que o guerreiro parte para o combate. Mas existem momentos em que é preciso relaxar, rezar. As coisas virão no seu devido tempo. Não adianta ficar andando de um lado para o outro. Não adianta parecer ocupado ou iludir-se com a sensação de que está fazendo alguma coisa. No intervalo entre um combate e outro, o guerreiro espera. Se não agir assim, seus olhos não poderão enxergar os sinais de Deus. E todos os mapas capazes de guiar seus passos podem passar despercebidos.

  • 2008

    RIO DE JANEIRO - Não sei se o ano que está começando será bom e próspero, como geralmente desejamos aos outros e como os outros nos desejam. Mas o calendário marca alguns eventos importantes que nos obrigarão a refletir um pouco sobre a nossa história.

  • Cadê Mário?

    RIO DE JANEIRO - Dois estudantes de direito, colegas na mesma faculdade, combinaram uma ida à gafieira mais famosa daquele final dos anos 20. Ficava na praça 11 e tinha nome enigmático: "Kananga do Japão". Era um perfume apreciado pelas mulheres que os jornais catalogavam como de "vida fácil".

  • Os saberes de Morin

    Figura destacada da Resistência francesa, nos anos de 1942 e 1943, Edgard Morin notabilizou-se no mundo da educação, pelos seus trabalhos como filósofo (“O Método”) e sociólogo (“Os sete saberes”), em que se encontra a síntese do seu pensamento complexo. Aos 86 anos de idade, inteiramente lúcido, Morin aceitou o convite do Sesc/DN para dar uma espécie de aula magna, iniciando os trabalhos na Escola de Ensino Médio situada na Avenida Ayrton Senna (Rio).

  • A tristeza da alegria

    AS FESTIVIDADES do fim do ano foram manchadas pela onda de violência que assola o país. Nas pesquisas de opinião pública, a segurança passou a ser a primeira preocupação do povo.

  • O terrorismo do ano novo

    O assassinato de Benazir Bhutto marcou neste fim de ano uma nova face do terrorismo, típico da “civilização do medo” em que entramos no novo século. Na tragédia emergem interrogações inéditas quanto a esta conduta extrema, sua previsibilidade, sua autoria e o que se pode esperar deste universo hoje tão remoto a qualquer cultura da paz.

  • Pra frente, Brasil

    RIO DE JANEIRO - Impossível não comentar o primeiro escândalo do ano. Não tenho condições para analisar o pacote baixado na última quarta-feira, aumentando impostos para cobrir a arrecadação da CPMF, que não foi prorrogada. Nada entendo de economia e de tributação, dou de barato que as medidas tomadas são necessárias e em proporção adequada.

  • O feriado de amanhã

    Já escrevi, aqui e em não sei mais lá em quantas publicações, a respeito do Sete de Janeiro, mas receio que bem poucos lembrem qualquer coisa da verdadeira data magna da independência brasileira. Meu avô, o coronel Ubaldo Osório, historiador, patriota e orador cívico, nunca se resignou com tal injustiça e quem o ouvia desdenhar do Sete de Setembro logo se contaminava com sua indignação. Amanhã, é claro, devia ser feriado nacional, pois é a data em que os itaparicanos expulsaram definitivamente o opressor lusitano e a ilha se tornou, no longínquo 1823, quiçá o primeiro solo realmente brasileiro. Bem sei que outras cidades, notadamente no recôncavo baiano, reivindicam a mesma glória, mas advirto aos que assim pensam, em qualquer parte do orbe terrestre, que o fantasma de meu avô, com o sobrolho cerrado e as bochechas panejando de cólera, virá assombrá-los, tão certo quanto o domingo vem depois do sábado.

  • As duas gotas de óleo

    No alto da pequena cidade de Tarifa existe um velho forte construído pelos mouros. Lembro-me de ter sentado ali com minha mulher, Christina, em 1982, olhando pela primeira vez um continente do outro lado do estreito: a África. Naquele momento, não podia sonhar que este momento de preguiça no final de uma tarde iria inspirar uma cena no meu livro mais famoso, “O Alquimista”.Tampouco podia sonhar que a história a seguir, escutada no carro, serviria como um excelente exemplo para todos nós que estamos em busca do equilíbrio entre o rigor e a compaixão.

  • O futuro da política (final)

    Os sistemas eleitoral, partidário e de governo são esferas de ação independentes. A experiência empírica comprova, não só em nosso caso, mas nos de outros países que adotam o sistema proporcional, as conseqüências que o professor Maurice Duverger procurou demonstrar no seu livro pioneiro Os partidos políticos: esse sistema favorece a proliferação do espectro partidário, enquanto o sistema majoritário privilegia a sua contenção.

  • Vale a pena escutar

    Há pelo menos duas pessoas interessantes na vida de Alexander Graham Bell, o inventor do telefone. Uma é o imperador Dom Pedro II, que tomou conhecimento do invento de Bell na Exposição Internacional de Filadélfia, em 1876, e ficou simplesmente maravilhado ouvindo Shakespeare pelo aparelho: "Meu Deus, isto fala!". A segunda pessoa foi a noiva do inventor, Mabel Hubbard, que era grande companheira e incentivadora. Mabel tinha um déficit auditivo, o que levou o dedicado Graham Bell a confeccionar um aparelho para ajudá-la a ouvir melhor. Tinha o tamanho de um tijolo e funcionava à base de duas grandes baterias. Ou seja, carregar aquilo era um transtorno quase tão grande como o déficit auditivo. E o pior é que não resolvia o problema.