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Artigos

 
  • Um Nobel opina

    O prêmio Nobel de Economia 2006, Edmund Phelps, critica numa entrevista veiculada por toda a imprensa as agências de risco, acentuando que esse fato fará surgir uma nova instituição. Temos dito e repetido neste espaço que a classificação de risco das empresas é muito subjetiva, dependendo do criador do risco, de seu estado de espírito e de sua psicologia pessoal, numa sociedade dinâmica, intensamente trabalhada por vários fatores incontroláveis, levando-nos a opinar sobre riscos de cotação financeira que não se assentam sobre bases legítimas e experimentadas.

  • Caju amigo

    RIO DE JANEIRO - Esta será a segunda ou a terceira vez que elogiarei o presidente da República. Ao longo do primeiro mandato e neste início do segundo, um dos meus temas prediletos foi criticá-lo -algumas vezes com alguma, e talvez injusta, veemência. Mas não resisti à sua foto exibindo um bonito caju, que se adivinha gordo e sumarento. Depois de lançar o Fome Zero e o Bolsa Família, promover uma cruzada de redenção para o caju é salutar, embora não seja necessário.

  • Os 40 em julgamento

    Um dos grandes órgãos da imprensa paulista deu a seguinte manchete: STF vai julgar quadrilha que operou no 1º mandato de Lula ". E acrescenta em corpo menor: "Supremo aceita denúncia sobre organização criminosa"

  • A reeleição do presidente

    O presidente Luiz Inácio da Lula da Silva informou urbi et orbi que não será candidato à nova reeleição. Conhecemos de sobra declarações idênticas a essa. No lançamento da próxima eleição, o presidente da República deveria se lembrar de uma frase de efeito de nosso primeiro Imperador, Dom Pedro I, que, instado a ficar e não partir para Lisboa, proclamou: Como é para o bem de todos e a felicidade geral da Nação, diga ao povo que fico!

  • Justiça, riqueza e amor

    O MARQUÊS de Pombal escreveu uma carta ao governador do Maranhão, Melo e Póvoas, seu sobrinho, dando-lhe conselhos de tio sobre como devia governar. São muitos, mas num deles se referia a de que maneira devia fazer justiça e recomendava: tivesse sempre presente que três deuses colocaram os antigos com os olhos vendados, Astréa, deusa da Justiça, Cupido, deus do amor, e Pluto, deus da riqueza. Tirava a conclusão de que, se estavam com os olhos vedados, era porque não eram cegos. "É prejudicial em quem governa riqueza cega, amor cego -e justiça cega."

  • Ele viveu para os outros

    Talvez tenha sido um dos homens mais cultos do Brasil. Com sólidos conhecimentos filosóficos e pedagógicos, o professor Newton Sucupira, que se orgulhava da sua pernambucanidade, prestou relevantes serviços ao país, sobretudo com os seus admiráveis pareceres no histórico e então prestigiado Conselho Federal de Educação. Rivalizava com o professor Valnir Chagas e, com isso, ganhava a educação brasileira, nos anos 60 e 70.

  • Lições de uma vida

    Um feiticeiro conduz seu aprendiz pela floresta. O aprendiz, que escorrega e cai a todo instante, cospe no chão traiçoeiro e continua a acompanhar seu mestre. Os dois chegam a um lugar sagrado e, sem parar, o feiticeiro dá meia-volta e retorna. “Você não me ensinou nada hoje”, diz o aprendiz. “Ensinei, mas você não aprendeu”, responde o feiticeiro. “Estou tentando lhe ensinar como lidar com os erros da vida. Você deve lidar com eles da mesma forma que com os seus tombos. Em vez de amaldiçoar o lugar onde caiu, deve procurar aquilo que o fez escorregar, para não tornar a fazê-lo.

  • Sem pressão

    O STF não julga sob pressão, seguindo na sua plenitude a tradicional linha da Justiça. Órgão impoluto, que honra o pensamento jurídico brasileiro, julgando sempre pelo mérito e não por influências estranhas à sua maneira de ser. As notícias que correm sobre o julgamento dos 40 do mensalão pelo STF, são, portanto, indevidas e injurídicas.

  • Achacando novamente

    Já escrevi aqui diversas vezes, movido pela observação do nosso comportamento no geral apático, resignado, submisso, subserviente perante a ortoridade e, ouso dizer, desfibrado e passivo, que somos um povo ovino. Certamente a generalização deve ser vista com as necessárias reservas, pois já houve, aqui e ali em nossa História, episódios em que pelo menos parte de nós não procedeu como uma carneirada. Mas hoje, não. Hoje, governados por medidas provisórias e canetadas diversas, não só nos tangem para lá e para cá como um rebanho de que nem é mais necessário cobrar docilidade, como debocham da gente o tempo todo - mentindo, achando que somos todos imbecis e curtindo com a nossa cara. O comentário geral é de que o povo não respeita mais os governantes, especialmente deputados e senadores. Acho isso engraçado, pois, na minha opinião, é exatamente o contrário. Eles é que não nos respeitam e não estão querendo nem saber o que pensamos.

  • Os doces

    O sábio Yitzchak Isaac de Kamarna usava uma loja de doces como metáfora para dar exemplos sobre o que encontrar no caminho da busca espiritual. “Quando a pessoa entra numa loja com várias balas e bombons, o doceiro oferece a ela uma amostra de cada produto. Depois de provar de tudo e se decidir pelo que quer, o cliente ouve do vendedor: ‘Agora você pagará para comer o que lhe deu prazer’”. Kamarna explica a relação entre o exemplo e sua filosofia: “Todos nós, no início da jornada espiritual, temos o que é chamado de ‘sorte de principiante’. A amostra grátis da Luz Divina está plantada nos corações e acorda ao menor sinal. Na medida em que escolhemos nosso caminho, cabe a nós pagarmos um preço, se desejarmos nos aprofundar nele”.

  • A sabedoria do esperar

    “Há tempo de plantar e tempo de colher”, diz Salomão no Eclesiastes. Existem momentos em que o guerreiro parte para o combate. Mas existem momentos em que é preciso ter paciência e rezar. As coisas virão no seu devido tempo. Não se preocupe. Não adianta parecer ocupado ou iludir-se com a sensação de que está fazendo alguma coisa. No intervalo entre um combate e outro, o Guerreiro fuma seu cachimbo e espera. Se não agir assim, seus olhos não poderão enxergar os sinais de Deus. E todos os mapas capazes de guiar seus passos podem passar despercebidos.

  • O poder do pensamento

    O sábio grego Heráclito disse: “O caráter de uma pessoa é igual ao seu destino”. Mark Fisher criou um interessante método para desenvolver a personalidade – e, desta maneira, ampliar nossas possibilidades do destino. Como nossos pensamentos tendem a se materializar no cotidiano, ele sugere que criemos, mentalmente, nossa “vida ideal” – e que depois comecemos a projetá-la a nossa volta de maneira insistente. Para isto, utilizamos palavras e imagens muito claras, que serão repetidas exaustivamente durante todos os dias das nossas vidas. À medida em que o pensamento vai se fortalecendo, as coisas que imaginamos começam a acontecer. Sei que nem Fisher, nem eu estamos dizendo algo inédito para você. Mas é sempre importante a gente lembrar do poder do nosso pensamento e das transformações que ele pode causar, se trabalhado constantemente de maneira correta.