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Artigos

 
  • Dos delitos e das penas

    A verdade às vezes dói, mas tem de ser reconhecida. E a verdade é que minha missão em Itaparica resultou em fracasso quase absoluto. A última gota foi o cachorro de uma casa vizinha, que deve ser de uma raça especializada em latir cuja convivência, com certeza, Satanás já incluiu entre os padecimentos avernais. Meu amigo Xepa sustenta que ele é parente de Tainha, o cachorro torcedor do Bahia que mencionei aqui na semana passada. Por eu ser Vitória, a família estaria me sabotando. Hesitei em acreditar na explicação e perguntei a Xepa se por acaso o cachorro tinha lhe falado alguma coisa.

  • Gripe não é festa

    Nas epidemias não são só vírus e bactérias que se transmitem. Há também um contágio psíquico, que nada fica a dever ao contágio biológico e que se expressa sob a forma de informações e de boatos, em função dos quais as pessoas adotam práticas às vezes inesperadas. É o que mostram notícias vindas de Londres, de Utah (EUA), do Canadá, e de outros lugares: pais estão organizando o que se chama de flu parties, festas da gripe. Trata-se do seguinte: se uma criança está com a gripe suína, faz-se, na casa dessa criança, uma festa, para a qual são convidadas outras crianças. Mas e o risco do contágio?, vocês perguntarão. Não importa. Ao contrário, o objetivo da festa é exatamente fazer com que as crianças tenham gripe.

  • Palavra mágica

    O Ministério do Trabalho desativou temporariamente o sistema de consulta ao seguro-desemprego na internet, após um usuário ter tido de digitar a palavra "vagabundo" no sistema de verificação do site do órgão. O internauta, que está sem trabalho, entrou no site para consultar sobre seu pedido de seguro-desemprego e, para prosseguir, teve de digitar a palavra no campo em branco. O site do ministério usa um sistema para verificar se quem está fazendo a consulta é uma pessoa ou um software. Segundo Jorge Henrique Fernandes, do departamento de Ciência da Computação da UnB, é possível que um hacker tenha invadido o sistema e alterado a lista de palavras. O Ministério pediu desculpas pelo inconveniente.Dinheiro, 16 de julho de 2009

  • Problemas e soluções

    Sempre desconfiei que tudo o que o mundo possa ter, de bom ou suportável, é pensado e feito enquanto todos estão dormindo, respeitando-se, é claro, o fuso horário de cada região. Acordada, a humanidade não apenas faz a higiene diária, mas entra logo em desacordo, não apenas por meio dos indivíduos, mas das instituições.

  • A França volta ao Petit Trianon

    A influência da França na cultura brasileira, notada desde os tempos coloniais, exerceu-se de forma mais aguda após a queda de Napoleão em 1815. No correr do decênio seguinte, partidários do imperador derrotado, perseguidos na restauração dos Bourbon, vieram para o Rio de Janeiro, atraídos por um regime monárquico, mas liberal e constitucional, na promessa do jovem imperador Pedro I.

  • A prioridade é o professor

    Não foi só Roger Batiste que provou ser o Brasil um país de contrastes. Os exemplos são diários e, às vezes, surpreendentes. Com a diferença de menos de uma semana, tomamos conhecimento de que 20% dos professores de educação básica em exercício não poderiam estar dando aulas, pois são leigos, ou seja, não têm a formação adequada para lecionar.

  • Alhures, a desoras

    Outro dia, usei em crônica meio atrapalhada a palavra “alhures”. Juro perante Deus que nos há de julgar que foi a primeira vez em muitos anos de crônica e só não foi a última porque a estou usando outra vez neste texto em que dou uma explicação que não me foi pedida.

  • Até quando?

    Com a queda de Getulio Vargas, em 1945, por deliberação dos militares que depuseram o ditador o poder foi entregue ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro José Linhares.

  • Dois gigantes

    Mestre Villa-Lobos estava em seu apartamento na Esplanada do Castelo e eu fui levar-lhe Leonide Massine, coreógrafo de “Quinta Sinfonia”, “Gaté Parisienne”, “O chapéu de Três Bicos” e outros clássicos da era de ouro do balé mundial. Ele fora contratado por Murilo Miranda para temporada no Teatro Municipal do Rio, em 1955, e desejava uma partitura brasileira para montar um espetáculo que seria mais tarde incorporado ao repertório internacional. Entendidos do ramo haviam-lhe sugerido algumas produções de Francisco Mignone e Cláudio Santoro, mas Villa-Lobos era o preferido.

  • E o buquê vai para -

    Flores de casamento causam acidente aéreo na Itália. A tradição de jogar buquês de flores durante casamentos causou a queda de um avião na Itália, segundo o jornal "Corriere della Sera". O acidente aconteceu no parque Montioni, na cidade de Suvereto, na Toscana. De acordo com a publicação, o casal de noivos contratou um pequeno avião para jogar o ramalhete de flores para as mulheres convidadas. As flores, no entanto, teriam sido sugadas pelo motor do avião no momento em que foram jogadas, causando um incêndio e uma explosão na aeronave. O avião acabou caindo nas proximidades do lugar. O piloto, Luciano Nannelli, 61, escapou sem ferimentos. No entanto, o passageiro Isidoro Pensieri, 44, que era o responsável por jogar o buquê para os convidados, sofreu traumatismos no crânio e na face e fraturas em ambas as pernas. Folha Online

  • Gripe: falar ou calar?

    O escritor Arthur Koestler, numa época famoso por seus romances de temática política, falava de um personagem que, dizia ele, tinha um curioso estrabismo intelectual: podia ver ao mesmo tempo a cara e a coroa da moeda, o lado positivo e o lado negativo de uma questão qualquer.

  • Gripe: transformando o limão em limonada

    Que a gripe iria se difundir é coisa que desde o princípio da pandemia estava óbvia. Trata-se de um vírus que simplesmente se beneficia do modo de vida moderno, sobretudo no que se refere a viagens e à convivência em grandes grupos, como acontece nas metrópoles. E a pergunta que se impõe é: o que dá para fazer?

  • O fim dos direitos individuais

    A teorização da arte da política começa com Aristóteles. Ele foi o primeiro a querer saber tudo sobre o seu tempo e como os homens faziam para gerir essa máquina do tempo. Baixinho e careca, não lhe faltava senso de humor. Contam que lhe indagaram por que gostava de belas mulheres, e ele respondeu que só um cego lhe indagaria isso.