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Biografia

Teixeira de Melo (José Alexandre Teixeira de Melo), médico, jornalista, historiador e poeta, nasceu em Campos, RJ, em 28 de agosto de 1833, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 10 de abril de 1907. Foi o fundador da cadeira n. 6 da Academia Brasileira de Letras, escolhendo como patrono o poeta Casimiro de Abreu, de quem fora amigo. Foi substituído pelo Almirante Jaceguai, que não lhe fez o elogio, porque, como declarou, lhe desconhecia a obra.

Era filho de José Alexandre Teixeira de Melo e de Eugênia Maria da Conceição Torres. Fez o curso de Humanidades no Seminário São José e formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde defendeu tese em 25 de novembro de 1859. Fixou residência em Campos, onde exerceu a clínica e colaborou em jornais, até 1875, quando se transferiu para o Rio do Janeiro. Como jornalista, assinava artigos com seu nome e com o pseudônimo Anódino. Durante a fase acadêmica foi membro de diversas organizações literárias e escreveu Sombras e sonhos, publicado em 1858. Em 1876 foi nomeado chefe da Seção de Manuscritos da Biblioteca Nacional, passando, mais tarde, para a Seção de Impressos e, finalmente, assumindo a direção da Biblioteca, em 1895. Exerceu o cargo até 1900, quando se aposentou. Viajou pela Europa durante 1892 e 1893.

Pesquisador incansável, dedicou-se a assuntos de história pátria, pesquisando, nos arquivos de manuscritos, os documentos que deviam pleitear os direitos do Brasil a territórios contestados, servindo de base à argumentação de Joaquim Nabuco e Rio Branco. Publicou diversos trabalhos de valor, como as Efemérides nacionais e Limites do Brasil com a Confederação Argentina. Colaborou nos Anais da Biblioteca Nacional, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na Gazeta Literária e em outras publicações.

Como poeta, Teixeira de Melo pertenceu à geração romântica de Casimiro de Abreu, Luís Delfino e Luís Guimarães. No prefácio às suas Poesias (1914), Sílvio Romero o qualifica como “um lirista de primeira ordem no Brasil”, que se distingue por “certa singularidade, certa elevação graciosa e delicada das frases”, além da completa correção da língua e da forma métrica, características que o tornam um precursor do Parnasianismo.