
Biografia de um sucesso
[2]Sentiu cheiros dos quais se esquecera e que eram mais fortes do que o mofo acumulado
Sentiu cheiros dos quais se esquecera e que eram mais fortes do que o mofo acumulado
Estamos em pleno mundo das expectativas e de contagiante nervosismo. Não só dos homens mas das máquinas também. Os computadores programados para detectar a menor ameaça ou anormalidade ficam mais frenéticos do que cantor de rock. Vejam um exemplo claro e inatacável disso no recente episódio da bolsa de Xangai. Derrubou logo as bolsas do mundo inteiro sem que ninguém soubesse por quê.
As recentes revelações dos testes de avaliação da educação básica são suficientemente claras para se concluir que estamos "descendo a ladeira", em matéria de qualidade, nos últimos dez anos. Firmou-se o predomínio da escola particular, como era esperado, e mais do que nunca se inferiu que não haverá o sonhado aperfeiçoamento sem que se atinja o ideal do tempo integral, a que se deve agregar a melhor formação dos professores e a garantia de remuneração decente.
RIO DE JANEIRO - Em princípio, não tenho nada contra ou a favor da visita de Bush ao Brasil. São etapas rotineiras das relações públicas dos chefes de governo que, em geral, nada representam. A agenda dos assuntos é fabricada pelos escalões técnicos, e dificilmente o encontro de dois presidentes muda o rumo dos acontecimentos de um país ou de outro.
Na última sexta-feira, morreu aqui no Rio um dos homens mais inteligentes e cultos que conheci no tumultuado universo das letras. Gerardo Melo Mourão teve biografia acidentada e obra mais que consagrada, chegou a ser indicado por intelectuais franceses e italianos para o prêmio Nobel.
RIO DE JANEIRO - Na homenagem a Oscar Niemeyer, que está completando 100 anos, em sessão solene na Academia Brasileira de Letras, foi lido um texto do próprio Oscar em que ele conta o espanto de Darcy Ribeiro, antropólogo e acadêmico, que organizou um debate sobre o índio brasileiro. Darcy convidou um deles, que era seu amigo, e ficou admirado do silêncio mantido pelo índio durante as duas horas do encontro. Interpelou o amigo: "Você aí, não fala nada?". O índio respondeu: "Estou com preguiça".
O que tem a ver a política tributária com a educação? A nosso ver, tudo. Educação e Desenvolvimento são expressões geminadas. A segunda é uma variável dependente da primeira. Para que haja o progresso deve-se tornar realidade o elenco de reformas pretendidas, mas ainda distantes, como a tributária, a previdenciária, a agrária, a sindical-trabalhista, a educacional (projeto encroado no Congresso Nacional), a constitucional, a política, a administrativa, a judiciária, etc.
O Papa vem ao Brasil no primeiro grande gesto de integração do continente à sua visão do pastor, nesses tempos da secularização e da "cultura do medo". Ratzinger tem toda visão crítica do que seja este universo, de após a queda das torres; do terrorismo desencadeado e anônimo e de uma possível e nova guerra de religiões. Bento XVI enfrenta um mundo de contrastes com o da Igreja do espetáculo, do consenso de João Paulo II. Sua morte transformou-se num verdadeiro sacramental, talvez, de um primeiro e talvez derradeiro encontro em que a humanidade mostrou a sua face de esperança e reconciliação.
Não sei por que tanta celeuma sobre a espontaneidade do nosso presidente em revelar que "todos gostam de sexo" e que as relações com os Estados Unidos esperam o Ponto G. Os que censuram estas franquezas lembrem-se da história do Brasil começando no texto de Pero Vaz de Caminha, a famosa Carta, onde ele descreve as índias nuas e vai logo dizendo que elas "nem fazem caso de encobrir suas vergonhas (…) tão altas e cerradinhas". Nem esconde que todo mundo não queria outra coisa senão ver as maravilhas, que "nós muito bem olhávamos", como confessa.
As recentes revelações dos testes de avaliação da educação básica são suficientemente claras para se concluir que estamos "descendo a ladeira", em matéria de qualidade, nos últimos dez anos. Firmou-se o predomínio da escola particular, como era esperado, e mais do que nunca inferiu-se que não haverá o sonhado aperfeiçoamento sem que se atinja o ideal do tempo integral, a que se deve agregar a melhor formação dos professores e a garantia de uma remuneração decente.
“O elemento básico é aquilo que glorificou a mulata brasileira: a curva. E a curva faz a festa. Não temos aqui aquelas retas rígidas, inflexíveis. O desenho de Niemeyer brinca com nosso olhar, atiça nossa imaginação. É uma arquitetura lúdica, capaz de neutralizar qualquer tentação totalitária”
RIO DE JANEIRO - Mudam-se os ministros, mas o Brasil continua o mesmo. Um dos meus espantos é o da mídia dar importância ao fato de um cidadão substituir outro na escala do poder.
A palavra “variação” indica as modulações possíveis de um tema. Foi nesta linha que Miguel Reale intitulou como “variações” muitos dos seus artigos, para, sem perder a unidade de sua reflexão, ir ampliando o repertório de suas considerações. É com este intuito que vou propor variações sobre os direitos humanos.
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