
Carlos Lacerda
Abril de 1964. No Rio, houve pânico, exaltação e valentia por parte do governador Carlos Lacerda, que se entrincheirou no Palácio Guanabara com uma turma de amigos e desconhecidos que se ofereceram para o sacrifício.
Abril de 1964. No Rio, houve pânico, exaltação e valentia por parte do governador Carlos Lacerda, que se entrincheirou no Palácio Guanabara com uma turma de amigos e desconhecidos que se ofereceram para o sacrifício.
A disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público, que se tornou explícita com o sucesso da Operação Lava-Jato, continua forte nos bastidores, e uma frase da coluna de sábado provocou várias reações de delegados da PF, algumas destemperadas, outras se valendo do bom senso para refutar a afirmação de que "houve até tentativas de acordos com os políticos por parte de membros da PF, que, ao mesmo tempo em que acenavam com facilidades para o interrogatório dos políticos, faziam lobby para aprovar Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dá autonomia à PF"
Pode não ser verdade, mas o episódio é tão conhecido que, embora falso, a história o registrou. Na Revolução Francesa, o povo de Paris foi a Versalhes pedir pão ao rei Luís 16, que nem teve coragem de chegar a uma das janelas do seu palácio e dizer alguma coisa aos manifestantes irritados. Maria Antonieta, sua mulher e rainha, perguntou a um dos nobres que a acompanhavam o que o povo queria: "Pão". Admirada, a rainha respondeu: "Por que eles não comem bolos?"
Foi uma segunda noite seguida de horrores para o Partido dos Trabalhadores. Não bastando que até Lula tivesse sido vítima de um panelaço nacional na véspera, ontem à noite os deputados petistas sofreram calados e sem condições de reação na votação do ajuste fiscal.
A oposição perdeu uma grande oportunidade de desestabilizar o governo da presidente Dilma ao dar 16 votos essenciais para a aprovação do texto-base da Medida Provisória 665, que endurece as regras para concessão de seguro-desemprego e abono salarial, na noite de quarta-feira
A vinda ao Rio do representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, Nassir Al-Nasser, chama a atenção para uma Tomada de consciência quanto à presente regressão do estado de direito, dramatizada pelo advento do Isis - o Estado Islâmico - no Oriente Médio.
Quando o jurista Luis Edson Fachin foi indicado pela presidente Dilma para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria precoce do ministro Joaquim Barbosa, estranhei que ele tenha se anunciado partícipe de um grupo de "juristas que têm lado" na campanha presidencial de 2010, em apoio a eleição de Dilma.
Em meio a tanta notícia ruim, algumas repetitivas, como os malfeitos na política, achei pelo menos uma boa. Parece que não está mais vigorando o princípio cantado por Roberto Carlos de que o que é bom é ilegal, imoral ou engorda. Já existe até o movimento Comer Bem é Tudo de Bom.
Por que será que a presidente Dilma Rousseff decidiu não fazer o discurso de sempre no Primeiro de Maio?
Causou surpresa porque ela, até então, tem se valido de toda e qualquer data e pretexto para falar ao eleitorado. E sempre com aquele discurso nos apresentando um Brasil maravilhoso, de que só ela tem conhecimento.
O dia passou depressa. São sete e meia da noite, estou cansado e sem sono. Vim para o hotel depois de bater a cidade com e sem ela. Meus pés doem, amanhã comprarei sapatos mais confortáveis, que me protejam das poças, da gosma que a garoa do inverno derrama sobre as ruas. Se fosse honesto, mas honesto mesmo, deveria pegar o papel e a caneta, começar uma carta lá pra casa: "Pai e mãe: estou satisfeito, logo no primeiro dia em Paris consegui um emprego de sineiro...".
Ao contrário do que alegam os apoiadores do jurista Luis Edson Fachin à vaga de Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, a proibição de Procuradores exercerem a advocacia privada concomitantemente com a função de Procurador do Estado não é inconstitucional.
Lenda antiga, citada por autor latino do século 13 a.C., cujo nome segundo alguns historiadores era Panfilus, segundo outros era pseudônimo de um cara chamado Porfirus, nascido em Siracusa. A lenda garante que em Creta fora criado o primeiro sinal de trânsito do mundo.
A cada dia que passa o ex-presidente Lula vai perdendo sua aura de intocável. Surgem aqui e ali histórias envolvendo seu santo nome, quase nunca em vão. As mais recentes são exemplares de como os fatos acabam sendo revelados, mesmo que se queira escondê-los.
De duas, uma. Ou a presidente Dilma está arrependida de ter indicado o jurista Luiz Edson Fachin para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal, ou está dando gargalhadas diante das respostas dele na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Por que o Fachin que esteve ontem a responder aos senadores não é o mesmo que escreveu textos que colocavam em dúvida o direito à propriedade ou questionavam a família tradicionalmente formada.
Os traficantes voltaram a desafiar a política de pacificação do governo. Desta vez, em Santa Teresa, em cujas favelas ocorreram intensos tiroteios na sexta-feira e no domingo passados, deixando seis mortos, inclusive um jovem por bala perdida, sem qualquer envolvimento com o crime. Os confrontos começaram quando cerca de 50 bandidos do Fallet e do Fogueteiro invadiram o Morro da Coroa para retomar o controle da venda de drogas de uma facção rival. Detalhe: as três comunidades contam com UPPs.