Reforma, reflexão, mistura
Precisamos ir além da reação imediata e automática de dar um simples clique ou curtida, escolher mãos aplaudindo ou uma carinha vomitando. É preciso sair dos limites do pequeno grupo.
Precisamos ir além da reação imediata e automática de dar um simples clique ou curtida, escolher mãos aplaudindo ou uma carinha vomitando. É preciso sair dos limites do pequeno grupo.
Passados os primeiros dias de dor e luto, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmem Lucia, terá pela frente uma primeira decisão que pode ser fundamental para sinalizar à opinião pública que a Operação Lava Jato não sofrerá quebra de continuidade com a morte do ministro Teori Zavascki. E não é a decisão sobre quem herdará os processos do ministro falecido.
Mais uma vez o realismo mágico interfere nos destinos nacionais, de maneira brutal. A morte trágica do ministro Teori Zavascki, às vésperas de homologar as delações premiadas de Marcelo Odebrecht e associados, parece saída do mesmo autor da doença e morte de Tancredo Neves às vésperas de assumir a presidência da República, em 1985. Uma urdidura dos diabos, na definição de um ministro do STF.
A cada livro do teólogo e escritor Faustino Teixeira adquirimos novas potências ecumênicas e toda uma saudável inquietação em torno das núpcias com o Amado. Como quem restaura as pontas de uma prisca e de uma tarda theologia ou, em outras palavras, a tradição e as malhas do percurso místico, de saltos e abismos, conjugados no plural, quando diminui a tensão dos fios, nas demandas que se alternam entre o mapa e o relevo, o sistema e a aventura. Porque cada biografia mística é matéria intransferível e ao mesmo tempo fonte de partilha, porque o bem, como diziam os antigos, é sempre difusivo.
A reação dos governadores ao Plano Nacional de Segurança do governo Temer, pressionando para que uma verba federal seja bloqueada no Orçamento para a segurança pública, assim como é feito com a educação e saúde, mostra bem o impasse a que chegamos.
E essa invasão cresceu nos últimos anos, ao ser examinado mais o autor, em face da sociologia ou da ideologia do que a construção da obra, como se a criação fosse um resultado da sociedade, quando a sociedade pode influir, mas não é a criação que merece atenção como um acontecimento em si mesmo, com a intuição, que se ilumina na sensibilidade da inteligência.
Devemos, como a ninguém, a Mário Soares a modernização democrática de Portugal. Rechaçou & fossilização salazarista, numa liderança indiscutível de um mestre do consenso. Preso, e mesmo torturado, durante o autoritarismo, na ilha de São Tomé, veio, liberado, a Paris para organizar, sem descanso, uma militância.
As taxas de homicídio, praticados dentro e fora dos presídios, nos conferem medalha de ouro (falso) na olimpíada da criminalidade.
O mais grave é que metade da maior democracia do mundo concorda e apoia essa subversão de valores. Vamos ver no que vai dar.
As Forças Armadas vão fazer uma operação limpeza nos presídios, utilizando toda a tecnologia mais moderna, e ao lado disso o governo federal vai financiar os Estados para a aquisição de bloqueadores, raios-x e scanners. Essas varreduras serão realizadas aleatoriamente, nos 12 meses seguintes à requisição do governador.
Especula-se que presidente Michel Temer, pressionado pela realidade que a cada dia mostra a gravidade da crise nas penitenciárias brasileiras, pretende procurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir a descriminalização do porte de drogas para uso próprio.
‘Aprendi que, mesmo com a deficiência, é possível crescer e se desenvolver no mercado de trabalho igual a qualquer pessoa’, diz operador de telemarketing.
A atual crise de segurança tornou-se uma questão determinante nos cenários delineados para o futuro do governo federal - regularmente divulgados pela consultoria Macroplan, empresa especializada em estratégia e estudos prospectivos que acaba de concluir estudo que busca antecipar se Michel Temer terminará o seu mandato e, isso ocorrendo - o que é mais provável - como será o desempenho do governo nos próximos dois anos, baseados em tendências consolidadas e em incertezas com potencial desestabilizador do governo e de sua base de sustentação.
A crise da segurança pública no país está servindo também para colocar em destaque, contrastando com as tragédias ocorridas em Manaus e em Roraima, experiências bem sucedidas em alguns Estados.
Publicada em 18/01/2017