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Artigo

  • Casa-da-mãe-joana

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 10/12/2004

    O sistema partidário brasileiro só não está no fim porque nunca existiu. O Brasil jamais conviveu com a presença de partidos fortes, nacionais, com espaços ideológicos próprios e quadros criados através da militância. A hierarquia na política não é vertical, é horizontal. Vão tomando a frente aqueles que, pela capacidade de liderança, se vão impondo e, através do respeito e da capacidade, podem tomar decisões e ser obedecidos e seguidos.

  • Jamelão

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 12/02/2005

    Aos 91 anos, José Bispo do Santos, que é Jamelão para todos os efeitos, declara-se na prorrogação, diz que está no lucro. Apesar disso, reclama que a Mangueira quer aposentá-lo como puxador de samba, ele que continua sendo o maior de todos, consenso e referência das escolas de samba.

  • A claridade última de José Paulo

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 10/12/2004

    Na perfeição do silêncio entrado na madrugada, deparamos a face de José Paulo Moreira da Fonseca, já, de outra paz, as mãos transparentes e vigorosas postas em sossego, o poeta-artesão e o pintor do encaixe; do tom como da elisão do verso. Morria no Botafogo de toda a sua mocidade; da primeira turma da PUC, dos formados em Direito, saídos do Palacete Joppert, em São Clemente, dos jardins cuidadosos, pisados pela universidade que começava.O bar do Cardoso, da primeira esquina, reunia esta quase meninada, do começo do debate do existencialismo; da lufada católica do neotomismo, de Maritain e do nosso Dr. Alceu; dos caminhos da fé de Bernanos ou Gabriel Marcel. José Paulo, de todos nós, tinha a casa mais próxima, à dos pais, Dr. Joaquim e D. Dulce.

  • O Brasil e a China

    O Estado de S. Paulo (São Paulo), em 12/02/2005

    Até a queda do Muro de Berlim e a súbita débâcle do "socialismo real", não se considerava compatível com os imperativos da razão e da teoria político-constitucional um governo representado pela coligação de partidos antagônicos, um neoliberal de mãos dadas com um comunista. Respeitava-se um mínimo de coerência ideológica no exercício do poder estatal, admitindo-se apenas parciais concessões no mundo das idéias, sem serem afetados os pontos essenciais dos respectivos programas.

  • O Brasil, quinta Guiana

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 11/02/2005

    Os mapas históricos do século XVIII espraiavam as denominações do extremo Norte do Continente, na declinação das cinco Guianas. Emoldurando as três européias, apareciam as, hoje, venezuelana e brasileira, esta do litoral do Oiapoque à Foz do Amazonas. Demoramos até hoje no responder a um desígnio antecipado pela geografia, no que fosse a nossa presença na área, de importância até agora relativa em nossa política externa. Só há a explorar aí uma profunda identidade cultural com as etnias africanas, a partir do Haiti - e em contraste com a latinidade espanhola - das Antilhas e, sobretudo, deste único Departamento francês assentado em terra firme do Novo Mundo. Mal conhecemos ainda esta Guiana, nem o foco de Caiena cujo símbolo de prestígio e modernização, inclusive, contrasta, por inteiro, com a velha imagem de uma região de banidos da pior espécie, no cativeiro da Ilha do Diabo que trancafiou, por 4 anos, o coronel Dreyfuss depois triunfalmente reabilitado de seu indigitado crime de traição à pátria.

  • O médico e os monstros

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 09/12/2004

    O médico Drauzio Varella, que se tornou um dos maiores escritores do nosso tempo, após publicar livros e artigos sobre a saúde e sobre os doentes, ele próprio caiu doente, se não me engano com uma das formas de hepatite.

  • Um bom começo de Quaresma

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 11/02/2005

    O ano de 2005 entrou a pleno vapor. Saímos do Réveillon, atropelamos os Santos Reis e logo ouvimos os tambores dos terreiros de são Sebastião, que vinham misturados com os tamborins de um Carnaval bem curtinho, frenético e acelerado. Num relâmpago, já batemos nas Cinzas, com o véu da Quaresma, sem sair da folia que se prolonga até sábado na Barra, em Salvador, e, no Maranhão, com o lava-pratos, que é um domingo da Quaresma gordo em são José de Ribamar, santo padroeiro do Estado, onde os foliões vão pedir perdão pelos pecados pecando mais. Conheci um velho tio que recomendava aos filhos sobre as folias de Momo: "Tenha muito juízo e comporte-se mal".

  • A fome zero

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/12/2004

    Temos teoria firmada, a fome só será vencida pelo desenvolvimento, sobretudo no esquecido Nordeste, dos açudes privilegiados, das secas que enriquecem malandros e outras formas de desviar o dinheiro destinado a obras de importância inadiável, mas adiadas há um século. A fome zero, do grito de arranque, sem dúvida de curto vôo, do presidente Lula da Silva, quando tomou posse, o mundo inteiro repetiu seu grito, todos os jornais o elogiaram e, finalmente, não temos mais ouvido falar da fome.

  • Mancheia de crises: a família

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/02/2005

    Temos comentado tantas vezes o tema das crises, que até se impõe que o deixemos em paz, ao menos algum tempo. Agora vemos a família e a desobediência que jovens imaturas, adolescentes mesmo, entram pela senda do crime e estão indo para a cadeia, condenadas pelos júris que tem o dever de desempenhar, em nome da sociedade, seu papel de julgador imparcial, mas severo nessa imparcialidade, a fim de combater ou ajudar a fazê-lo, o crime que se espalha.

  • Réquiem para Celso Furtado

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 08/12/2004

    Estes últimos seis anos têm sido muito cruéis para a nossa Academia Brasileira de Letras. Nesse período perdemos alguns acadêmicos emblemáticos: Antônio Houaiss, Herberto Sales, Dias Gomes, Carlos Chagas, Geraldo França de Lima, Rachel de Queiroz, Raymundo Faoro, Evandro Lins e Silva, o Cardeal Dom Lucas Neves, Barbosa Lima Sobrinho, Roberto Campos, Roberto Marinho e agora Celso Furtado, que morreu no dia 20 de novembro, aos 84 anos.

  • O viaduto e sua circunstância

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 08/12/2004

    Pessimista por ofício e gosto, sempre imagino e espero coisas piores, que geralmente acabam me acontecendo. Já vi tantas desabarem sobre os outros, e sobre mim mesmo, que nada me espanta nem mortifica. Tomo cuidado, pisando de leve na vida e no mundo.

  • Equívocos de Castelo Branco

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/12/2004

    Não sei quem inspirou o presidente Castelo Branco, nos idos de outubro de 1964, para ser baixado um decreto pondo fim aos partidos políticos que dominavam a cena da representação. Castelo, de uma penada, encerrou as atividades do PSD, da UDN, do PTB e de outros partidos, mas, sobretudo, dos que já estavam institucionalizados, que eram, exatamente, os principais, o PSD, de predominância mineira, a UDN com grandes figuras da política da época, e do PTB, embora já estivesse esse partido dividido.

  • Do brasileiro quando jovem

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 07/12/2004

    Esta nossa língua portuguesa, que do português nos veio, apanhando palavras aqui e ali, tirando-as dos africanos, que trabalhavam por nós, da população indígena que nos cercava e nos inculcava hábitos e sentimentos, inclusive de comer, de andar pelas matas, de se absorver no verde circundante, esta língua criou e continua criando obras escritas que falam por nós e nos representam. Depois dos versos de Jorge de Lima e da prosa de Guimarães Rosa, atravessamos o Rubicão e gritamos nossa liberdade de ir e vir no meio das palavras, das sílabas e dos sons e ganhamos um modo nosso de dar nomes às coisas.

  • O melhor verso

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 07/12/2004

    Faz tempo, fizeram um concurso para se saber qual o verso, isolado, que deveria ser considerado o mais bonito da literatura brasileira. Ganhou, acho que disparado, aquele verso de Castro Alves: "Auriverde pendão da esperança".

  • Piedade para o planeta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/12/2004

    O professor Edgar Morin é conhecido no Brasil, não só por suas obras, que são numerosas, como por ter estado na Universidade Cândido Mendes, dando conferências sobre a crise planetária da qual já tanto nos habituamos que não a percebemos como antes, se não nós, os nossos antepassados. Escritor prolífico e bem orientado nas suas reflexões sobre o planeta, acaba de conceder à revista Le Point , uma entrevista arrepiante, tais as suas conclusões.