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Artigo

  • Sob o domínio da imaginação

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 23/02/2005

    Napoleão dizia que a imaginação governa o mundo. Tal afirmação foi recolhida por Paulo Rónai do Memorial de Santa Helena, de Emmanuel Les Cases, e não há por que duvidar dela. Mas não deixa de ser espantoso o fato de o guerreiro e estadista sob cuja espada grande parte da Europa foi governada no século 19, admitir, no exílio, a primazia da fantasia e da fábula sobre a realidade.

  • Bush bis, sem trégua

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 31/12/2004

    É difícil se encontrar passagem de ano onde os jogos de uma realpolitik fechem de maneira tão clara o futuro lá fora. A ida de Rumsfeld a Bagdá, o aperto de mão, duro, os mesmos semblantes baços, os mesmos ritos, marcam a percussão do mesmo, transposto já ao simulacro. Repete-se o rito pelo secretário da Defesa, após o presidente, o ano passado, como se se baixasse à instância das rotinas, sem ilusões de mudança. Nenhum afrouxamento do petrecho militar no Oriente Médio. Nem alteração do projeto da redemocratização com maiorias sintéticas, por mais que somem os atentados, e se amplie o pessimismo das Nações Unidas quanto à legalização formal do regime, como relevante para a paz efetiva no Iraque. Claro, aí está, quase como mecanismo automático, o do gesto de congraçamento após o 20 de janeiro, que levará Bush a Bruxelas, e às alvíssaras de conversa com a outra ponta do Primeiro Mundo. A queda pertinaz do dólar está muito longe de apresentar, ainda, qualquer risco estrutural da boa entente econômico-financeira dos dois lados do Atlântico.

  • O novo DIP

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 29/12/2004

    Circula no Congresso para discussão e aprovação um projeto do governo que cria o CFJ, Conselho Federal do Jornalismo, e está em debate para ser também encaminhada ao Legislativo uma proposta do MinC de criação da Ancinav - Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual. Como indicam os nomes, o primeiro busca regular a atividade jornalística; a segunda, o cinema e as atividades audiovisuais. Muitos dos dispositivos das duas medidas, sobretudo do projeto, soam familiares a quem está, por dever profissional, atento à história nacional.

  • A veêmencia de Ronald Corbisier

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 23/02/2005

    Roland Corbisier, falecido a 10 de fevereiro último, foi o primeiro diretor do ISEB: instituto que, há quase meio século, procurou formular a ideologia do nosso nacionalismo, amarrada à vigência do desenvolvimento. Buscava o impacto mobilizador de uma efetiva tomada de consciência pelo país do seísmo em que importara, à época, a perspectiva dos ''50 em 5'' de Juscelino. Refletia o salto para a mudança, implicando a revisão de tantos mitos, desde a inevitabilidade do progresso até o da nossa condenação ao fracasso no quadro das velhas pestiferações de raça, da preguiça, ou do povo, como denunciava Monteiro Lobato, feito dos Jecas-tatus, à margem da história. O ISEB, empenhado na autoconsciência dos movimentos sociais, viria necessariamente a se chocar com as visões corporativas, ou dos atores privilegiados para o desenvolvimento, tal como das Forças Armadas, a comandar este processo, consoante os imperativos geopolíticos e estratégicos da Segurança Nacional.

  • Lula, meio tempo, lá fora

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 29/12/2004

    A instalação da Cadeira Celso Furtado em Paris, em cooperação entre o Fórum de Reitores do Rio de Janeiro e o Collège de France, permitiu um amplo debate sobre a presente visão no exterior do governo petista, em meio de mandato. Difícil perspectiva mais rica, do que a do cenário da Sorbonne, envolvendo esta massa de estudantes e pesquisadores de todo o mundo, debruçado sobre o que representa - nas antigas periferias - o crescimento do recado de Lula. Não se trata apenas do reconhecimento inédito deste governo que, entrando no seu segundo tempo, mantém essa popularidade inédita de 68% de apoio, e ainda em expansão. Nem da certeza real com que está plantado o chão de estabilidade, para que se adense a proposta, vencido o radicalismo utópico, tanto a alternativa ao mundo neoliberal envolve uma prática, de toda hora para que vingue, sem retórica, e a duras penas, uma esquerda em processo.

  • Os indícios da Sra. Marta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/12/2004

    Nada teria com o sr. Eduardo Matarazzo Suplicy e sua ex-esposa Marta Suplicy não fossem ambos figuras públicas, ambos políticos, sobretudo ela, que tem mais disposição para essa atividade não raro subalterna que é a política. Mas, os indícios surgem, primeiro como demonstração que a esposa não amava o marido, pois o deixou, deixando o lar, com os três filhos e, depois, casou-se pela segunda vez, com um franco argentino cuja origem é pouco conhecida.

  • Círculo viciado

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 23/02/2005

    Um dos aspectos mais ridículos da mídia é que, em linhas gerais, ela deixou de se pautar pela realidade, trocando-a pelas manifestações periféricas da TV, do cinema e, pasmem!, da própria mídia. Quando um repórter sugere determinado assunto em reunião de pauta, recebe pronta aprovação se, em vez de partir da realidade escancarada à frente de todos, ele invoca um filme em cartaz, um determinado momento da novela que está dando ibope, um disco que será lançado e cujo marketing empurra pela nossa goela uma transcendência inexistente.

  • Há milhares de anos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/02/2005

    Colega de página, Benedicto Ferri de Barros citou em sua coluna, na última segunda-feira, o sábio chinês Lao-tsé, que há trezentos anos antes de Cristo já condenava o abuso do poder supremo dos governos a sobrecarregarem a economia do povo com impostos extorsivos. Como os que pesam sobre os brasileiros em nossos dias. Segundo a citação de Lao-tsé, "o povo sofre porque seus governantes comem demais por meio dos imposto". É o caso brasileiro.

  • O sonho de Nassau

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 28/12/2004

    De repente, não mais que de repente, o Brasil holandês nos entrou pela porta adentro, pelos olhos adentro, pela emoção adentro. A verdade é que, para o brasileiro em geral, essa presença sempre existiu, representada pela figura de Nassau como elemento instigante de nosso imaginário. Ali tem estado ele, há 350 anos, uma parte integrante da história do País, oferecendo idéias e provocando muitas e variadas perguntas.

  • Genocídio racial estatístico

    O Globo (Rio de Janeiro), em 27/12/2004

    Está em andamento no Brasil uma tentativa de genocídio racial perpetrado com a arma da estatística. A campanha é liderada por ativistas do movimento negro, sociólogos, economistas, demógrafos, organizações não-governamentais, órgãos federais de pesquisa. A tática é muito simples. O IBGE decidiu desde 1940 que o Brasil se divide racialmente em pretos, brancos, pardos, amarelos e indígenas. Os genocidas somam pretos e pardos e decretam que todos são negros, afro-descendentes. Pronto. De uma penada, ou de uma somada, excluem do mapa demográfico brasileiro toda a população descendente de indígenas, todos os caboclos e curibocas. Escravizada e vitimada por práticas genocidas nas mãos de portugueses e bandeirantes, a população indígena é objeto de um segundo genocídio, agora estatístico. A não ser pelos trezentos e tantos mil índios, a América desaparece de nossa composição étnica. Restam Europa e África.

  • O testamento de Celso

    O Globo (Rio de Janeiro), em 27/12/2004

    Lula tocou para Celso Furtado horas antes da sua morte, explicando a demissão de Carlos Lessa, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O presidente assumia, por inteiro, o risco do lance, e queria tranqüilizar nosso economista maior quanto à perseverança de rumo.

  • Sábado muda tudo

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/12/2004

    Chegou, ai de mim, ai de vocês, a hora da crônica de fim de ano. Antes, não sei bem como, escapei à de Natal, devo ter aplicado algum golpe. Mas a de fim de ano parece que não tem jeito. Bem que tentei, embora confesse que sem fazer o tremendo esforço de reportagem que talvez alguns, equivocadamente, esperassem de mim. Nós, anciões, nos recusamos a fazer qualquer esforço de reportagem, a não ser os necessários para aparecer no Fantástico aos 93, malhado, de sunga sem camisa, mostrando os troféus ganhos nos Jogos Matusalém da Flórida (notadamente a Copa Santa Mônica, dada ao possuidor do maior número de dentes naturais - no caso quatro, novo recorde sul-americano) e deixando os chifres no quarto do hotel para posar ao lado da bela esposa de 24, que, por sinal está grávida - o que não fazem uma boa qualidade de vida e, principalmente, um personal trainer competente.

  • O espaço do autor

    Tribuna da Imprensa (Rio de Janeiro), em 22/02/2005

    Dos romances publicados no Brasil no século passado, poucos atingiram a pungência de "Lições de abismo", de Gustavo Corção, livro filiado à linha de Cornélio Pena, Lúcio Cardoso e Adonias Filho, cultores de uma ficção que se apega aos acontecimentos internos de uma vida, à essência mesma do que acontece a seres humanos, atendo-se ao significado maior da realidade de um momento, ao redor da qual possam estar gravitando pequenos pedaços de uma realidade maior.

  • O pinheiro de St. Martin

    O Globo (Rio de Janeiro), em 26/12/2004

    NA VÉSPERA DE NATAL, O PADRE DA igreja no pequeno vilarejo de St. Martin, nos Pirineus franceses, preparava-se para celebrar a missa, quando começou a sentir um perfume delicioso. Era inverno, há muito as flores tinham desaparecido - mas ali estava aquele aroma agradável, como se a primavera tivesse surgido fora de tempo. Intrigado, ele saiu da igreja para buscar a origem de tal maravilha, e foi dar com um rapaz sentado na frente da porta da escola. Ao seu lado, estava uma espécie de árvore de Natal dourada.

  • O papa e a novela das 8

    Folha de São Paulo (São Paulo), em 22/02/2005

    Duas semanas atrás, com retumbante espaço na mídia, dom Paulo Evaristo Arns falou sobre a necessidade de João Paulo 2º renunciar ao papado. Apesar do estardalhaço que acompanhou suas declarações, parece que o papa não tomou conhecimento de seu apelo.