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“As flores do mal”, em tradução do Acadêmico Ivan Junqueira, ganha edição de bolso

 

O livro "As flores do mal", do poeta francês Charles Baudelaire, traduzido pelo Acadêmico e poeta Ivan Junqueira em 1985, sai agora em seu formato de bolso e estará em todas as livrarias do país, ao preço de R$ 14,90, nos próximos dias.

A edição tem 668 páginas e  um estudo introdutório, assinado pelo tradutor, intitulado “Arte de Baudelaire”. Há ainda um calendário baudelairiano, além de bibliografia de e sobre o poeta francês. As informações se completam com notas de pé de página e notas de leitura.

Sobre o poeta francês, Ivan Junqueira escreveu na apresentação do livro que “Qualquer abordagem à poesia de Baudelaire, por mais despretensiosa e insipiente que seja – e este estudo, quando muito, nada mais é do que isso –, não se pode furtar a umas tantas exigências ou mesmo imposições de índole biográfica e literária”.
 
Ivan Junqueira afirma, ainda, que “duas delas, em particular, me parecem de suma importância: uma, a de que não se desvincule muito nitidamente o revolucionário legado de "As flores do mal" da convulsa e dolorosa existência que levou seu autor, pois, como salienta Pierre Emmanuel apoiado numa observação de Eliot, Baudelaire é ‘o maior arquétipo do poeta na época moderna e em todos os tempos’, consubstanciando ainda, antes mesmo do que Rimbaud, Rilke ou Yeats, aquele trânsito do lirismo pessoal ao lirismo da persona; outra, a de que Baudelaire, embora já resgatado em definitivo pela posteridade, deve ser visto – e com muita minúcia – à luz não apenas de sua época, a da agonia romântica, mas também das muitas e cruciais influências que lhe inervam a floração poética e o ideário estético”.

Saiba mais
 
Ivan Junqueira nasceu no dia 3 de novembro de 1934, no Rio de Janeiro. Cursou seus primeiros estudos na cidade natal e ingressou nas faculdades de Medicina e de Filosofia da então Universidade do Brasil, onde foi professor de História da Filosofia e de Filosofia da Natureza. Em 1963, começou a trabalhar também como jornalista nas funções de redator e de subeditor dos principais jornais do Rio na época, entre eles Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, além de ter sido editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional.
 
Em 23 de junho de 2005, participou em Paris da sessão conjunta da Academia Brasileira de Letras e da Académie Française, ocasião em que lhe foi concedida a Medalha de Richelieu, a mais alta condecoração daquela instituição. Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, alemão, francês, inglês, italiano, dinamarquês, russo, turco, búlgaro, esloveno, provençal, sérvio-croata e chinês. Em 30 de março de 2000, foi eleito para a Cadeira nº 37, da Academia Brasileira de Letras, na sucessão do poeta de João Cabral de Melo Neto.

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10/7/2012

10/07/2012 - Atualizada em 09/07/2012