Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Noticias > Ferreira Gullar fala na ABL sobre “Pensar as Artes”

Ferreira Gullar fala na ABL sobre “Pensar as Artes”

 

O escritor, poeta e crítico de artes Ferreira Gullar foi o palestrante da última terça-feira, dia 13, no ciclo “Pensar hoje I” da Academia Brasileira de Letras, sob coordenação do Acadêmico Marco Lucchesi.

Gullar abordou o tema “Pensar as Artes".

O evento aconteceu às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., sede da Academia, na Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro.

O primeiro ciclo de conferências deste ano iniciou-se, no dia 6/3, com palestra do filósofo Emmanuel Carneiro Leão, e prossegue nas terças-feiras 20 e 27 de março, com a participação de José Arthur Giannotti (“Pensar a Humanidade”) e do Acadêmico Candido Mendes de Almeida (“Pensar as Ciências Humanas”).

Os Ciclos de Conferências da ABL, com entrada franca e transmissão ao vivo pelo Portal, têm patrocínio da Petrobras.

Saiba mais

Ferreira Gullar, cujo nome verdadeiro é José de Ribamar Ferreira, nasceu em São Luís do Maranhão (Brasil) em 10 de setembro de 1930.

Segundo ele próprio, só descobriu poesia moderna aos dezenove anos, ao ler os poemas de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Ficou escandalizado com esse tipo de poesia e tratou de informar-se, lendo ensaios sobre a nova poesia. Pouco depois aderiu a ela e adotou uma atitude totalmente oposta à que tinha anteriormente, tornando-se um poeta experimental radical. E assim nasceu o livro que o lançaria no cenário literário do país em 1954: A Luta Corporal. Os últimos poemas deste livro resultaram de uma implosão da linguagem poética, e provocariam o surgimento da “poesia concreta”, de que Gullar foi um dos participantes e em seguida dissidente, passando a integrar um grupo de artistas plásticos e poetas do Rio de Janeiro: o grupo neoconcreto.

Em 1962 afastou-se da vanguarda e integrou-se na luta política revolucionária. Entrou para o partido comunista e passou a escrever poemas políticos e a participar da luta contra a ditadura militar que havia se implantado no país em 1964. Deixou clandestinamente o país e foi para Moscou, depois para Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires. Voltou para o Brasil em 1977.

Durante o exílio em Buenos Aires, Gullar escreveu Poema Sujo - um longo poema de quase cem páginas - que é considerado a sua obra-prima e que foi traduzido e publicado em várias línguas e países. Sua obra poética compreende quinze livros de poemas, sendo o último deles Em Alguma Parte Alguma, editado em 2010. Recebeu vários prêmios literários entre os quais o prêmio Machado de Assis da ABL, o Prêmio Camões e recentemente os prêmios Jabuti, Livro do Ano e o Moacyr Scliar, outorgado pela primeira vez este ano.

Veja também

Perfil da ABL no Twitter
Comente o evento no Orkut
Curta no Facebook

 

 

08/03/2012 - Atualizada em 07/03/2012