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"Cultura Viva" é o tema da nova edição da Revista Brasileira

 

Editora da Revista Brasileira, Rosiska Darcy recebeu jornalistas na sala de chá do Petit Trianon na manhã da última terça-feira, dia 3, para apresentar a mais recente edição, cujo tema é “Cultura Viva”. Ao lado da editora assistente Cristina Aragão, da produtora Monique Mendes e do designer Felipe Taborda, a Acadêmica contou um pouco sobre a história da Revista, fundada em 1855 e em cuja sede nasceu a Academia Brasileira de Letras, contou histórias da ABL, das mulheres da ABL, de Julia Lopes de Almeida e o acadêmico “cônjuge”, de Amélia Bevilaqua e Rachel de Queiroz, falou sobre os desafios do mundo de hoje e discutiu jornalismo.

Rosiska e Cristina Aragão explicaram como são feitas as pautas - uma mistura de muitas coisas, quase sempre fruto de conversas. “E reflete um pouco o que é a ABL. Evidentemente, os temas de capa saem da observação do cotidiano, de notas de jornal e de muita coisa que buscamos no acervo da ABL. Temos um acervo absolutamente extraordinário, que é a memória da literatura brasileira, não só do romance, mas da ensaística, da poesia, da vida pessoal. É o alimento da revista. As pautas do jornal se impõem, claro. Somos jornalistas e leitoras vorazes de jornais e livros, que também são alimentos”.

Cristina Aragão citou como exemplo as matérias sobre Inhotim que estão nesta edição, fruto de um bate-papo com Antonio Grassi – que foi presidente do Instituo Inhotim durante 10 anos - no café da livraria Argumento, onde as duas costumam se encontrar com “fontes” e colaboradores. “Ele estava no Rio, vindo de Portugal, onde mora, e conversamos uma tarde na livraria. Dalí surgiu a ideia de que ele escrevesse um texto sobre arte-natureza e como foi a concepção de Inhotim. “A pauta nasce assim, de uma conversa”. Além de Grassi, a filha de Bernardo Paz, Mariana, conta a história do museu-jardim botânico de um ponto de vista inédito. “Procuramos mostrar o invisível por trás da notícia, não um bastidor, mas o sentido do bastidor, o que ele significa”.

Para Rosiska, o mais importante é decifrar o Brasil, que está difícil de ser entendido. Decifra-me ou te devoro. "Corremos atrás e a cada três meses damos um palpite. As perguntas se sucedem, cada dia acontece uma coisa mais insólita, que não cabe nas chaves explicativas conhecidas - eu chamo de denominadores incomuns. O país está cheio de zonas de sombra e são elas que me interessam. Outra coisa é assumir a autoria do Brasil. O que é isso? É você reconhecer que existe uma contribuição cultural brasileira da maior importância." Após o café e o bate-papo, os jornalistas fizeram uma visita ao Petit Trianon e à Biblioteca Rodolfo Garcia.

Jornalistas olham a primeira edição do "Os lusíadas", de Luís de Camões, na Biblioteca Rodolfo Garcia

04/10/2023