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Acadêmico Domício Proença Filho toma posse na Presidência da ABL e afirma o valor da Literatura na formação da Nacionalidade e da Cidadania

 

O Acadêmico, professor e escritor Domício Proença Filho, tomou posse na quinta-feira, dia 17 de dezembro, na Presidência da Academia Brasileira de Letras, para o exercício de 2016, em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon. Ele substituiu o Acadêmico, poeta, ensaísta, tradutor e crítico literário Geraldo Holanda Cavalcanti, que dirigiu a ABL nas duas últimas gestões.

“A língua e a literatura exigem, mais do que nunca, o bom combate. Em especial a arte literária. A tal ponto que se faz oportuno e pertinente reafirmar a sua importância. Entre outros aspectos, lembrar que o convício com o texto literário ajuda as pessoas a organizar o seu universo cultural. Possibilita-nos conhecer melhor a nós mesmos, ao mundo que nos cerca, à nossa relação com o mundo e com o outro. E mais: que o escritor é testemunha do seu tempo e que a literatura interpreta o presente, restaura emocionalmente o passado, possibilita projeção do futuro”, afirmou Domício Proença Filho em seu discurso de posse.

Domício Proença Filho afirmou sua preocupação com a identidade cultural da etnia de origem negra: “Nessa direção, indicia a assunção pela Academia, da tomada de posição para além dos estereótipos e preconceitos étnico ou epidérmico, nesse espaço ainda vigente no comportamento de muitos, veladamente; explicitamente; agressivamente; envergonhadamente; vergonhosamente. Entendo, a propósito, que, na realidade brasileira, respeitadas as opiniões em contrário, o núcleo de preocupação deve ser o combate contínuo e vigoroso ao racismo”.

Sobre as dificuldades vividas pelo país, disse: “Estamos cientes e conscientes da grave crise econômica literal e etimologicamente vivida pelo país. Somos a Diretoria da crise. Árduo será o percurso. No traçado do rumo, buscaremos manter a atitude rotineira e a velocidade de cruzeiro alertas ao aviso de apertar o cinto aos primeiros sinais de turbulência”.

Leia o discurso na íntegra

Conheça os perfis dos novos Diretores da ABL


Domício Proença Filho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1936.

É professor, crítico, poeta, ficcionista, roteirista e autor de projetos culturais.

Fez o curso primário na Escola Joaquim Manuel de Macedo, na Ilha de Paquetá, onde, desde os primeiros dias do nascimento, viveu sua infância e adolescência, e os cursos ginasial e clássico no Colégio Pedro II –Internato. É Bacharel e Licenciado em Letras Neolatinas pela Faculdade Nacional de Filosofia da antiga Universidade do Brasil.

Professor Emérito e Professor Titular de Literatura Brasileira da Universidade Federal Fluminense, aposentado, é Doutor em Letras e Livre-docente em Literatura Brasileira. Foi também professor da disciplina e de língua portuguesa durante dezenas de anos em outras universidades, entre elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro –UFRJ, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro - PUC-Rio e a Universidade Santa Úrsula. Lecionou em inúmeros estabelecimentos de ensino fundamental e médio.

Na condição do Professor Titular convidado (Gastprofessor), ministrou cursos de literatura brasileira na Universidade de Colônia, na Escola Técnica de Altos Estudos de Aachen e na Universidade de Tübingen.

Participou, como conferencista e debatedor, de seminários em centros de estudo superior de Lisboa, Coimbra, Porto, Minesota, Colônia, Tübingen, Munique, Roma, Bolonha, Veneza, Madrid, Salamanca, Paris e Clermont Ferrand.

Integrou a Comissão Organizadora da Participação do Brasil na Feira de Frankfurt – 1994 no âmbito da qual foi autor do texto do “Panorama da literatura brasileira do século XVI ao século XX”.

Participou, entre outros, do Júri do Prêmio Camões e da Comissão Julgadora dos Prêmios da Fundação Biblioteca Nacional.

Tem publicados 65 livros.

Crítico e ensaísta, é autor, entre outros, de Estilos de época na literatura, em 20.ed., um clássico da literatura paradidática; A linguagem literária, em 8ª ed.; Pós-modernismo em literatura, 3.ed.; Um romance de Adonias Filho,- Uma leitura de Corpo vivo, tese de livre-docência. Organizou e publicou também várias seleções de textos com estudos críticos, entre os quais Os melhores contos de Machado de Assis, 16.ed.. A poesia dos Inconfidentes, 2.ed.. Pequena antologia do Braga, 8.ed., Concerto a quatro vozes, O Arcadismo, João Ubaldo Ribeiro. Tem publicados na História da Literatura Brasileira, org. por Sílvio Castro, e publicada em Portugal , de cinco monografias: “Manuel Antonio de Almeida”; Bernardo Guimarães”; “Visconde de Taunay”; “Aluísio Azevedo”; “Graça Aranha e a continuidade da prosa impressionista”. São de sua autoria também as monografias e os verbetes das áreas de Teoria Literária e Literatura Brasileira. Da Enciclopédia Século XX.

Poeta, lançou O cerco agreste, esg. Dionísio esfacelado- Quilombo dos Palmares, 2.ed. no prelo, Oratório dos Inconfidentes, 2.ed.; A poesia dos Inconfidentes, 2ed. O risco do jogo. Vários de seus poemas foram traduzidos para o francês e o italiano.

Ficcionista, é autor do premiado Breves estórias de Vera Cruz das Almas ( mininarrativas) 2.ed.; do romance Capitu – memórias póstumas, 3.ed., com edição em italiano; de O cotidiano dos deuses - estórias da mitologia, e de três volumes de histórias da mitologia ficcionalizadas, Eu Zeus, o Senhor do Olimpo; Os deuses menos o pai e Nós as deusas do Olimpo.

Na área da língua portuguesa publicou: Por dentro das palavras da língua portuguesa; Nova ortografia da língua portuguesa. Guia prático; Nova ortografia: manual de consulta, Noções de gramática em tom de conversa e três séries de livros didáticos, destinadas ao ensino fundamental.

Foi Diretor de Texto da Enciclopédia Século XX, 5 volumes.

Idealizou e produziu , para o Serviço de Radiodifusão Educativa do MEC as séries “Nos caminhos da comunicação”, composta de cem programas sobre a língua portuguesa e “Os romances de Érico Veríssimo”.

Promotor cultural, criou, em 1982, A Bienal Nestlé de Literatura, que coordenou em 1982 e 1984, e de dezenas de projetos desenvolvidos pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, na década de 1970. Foi curador da Exposição “Mário no Rio”, da Biblioteca Nacional, homenagem a Mário de Andrade e da Exposição sobre o Naturalismo, da Casa de Rui Barbosa

Idealizou com Maria Eugênia Stein, o documentário “Português - a língua do Brasil”, dirigido por Nelson Pereira dos Santos.

Exerceu inúmeros cargos na administração pública, entre, eles, durante oito anos, o de Secretário do Conselho Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, ocasião em que foi secretário-executivo da revista do Colegiado, e Subsecretário de Educação e Cultura da Cidade do Rio de Janeiro.

Foi agraciado com a Medalha Tiradentes do Estado do Rio de Janeiro e com a medalha Pedro Ernesto da Cidade do Rio de Janeiro, com a Medalha do Mérito Tamandaré e a Medalha do Mérito Naval, concedidas pela Marinha do Brasil, e com o título de Cidadão de Minas Gerais. Recebeu os seguintes prêmios: Personalidade Cultural do Ano-1982, da Associação Paulista de Críticos de Arte –APCA; Personalidade Cultural do Ano -1992, da Associação Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro; Prêmio Raça Negra pelo conjunto da obra, concedido pela Afrobrás, em 2006; Troféu Vasco Prado da Primeira Jornada de Literatura de Passo Fundo, em 2007, e Troféu Vasco Prado da 14ª Jornada de Literatura da mesma cidade gaúcha; Personalidade Educacional do Ano, em 2011 e 2012, concedidos pela Associação Brasileira de Imprensa e o jornal Folha Dirigida; Prêmio São Sebastião de Cultura – 2014, concedido pela Cúria Metropolitana do Rio de Janeiro; Troféu Rio-2015: Personalidade Cultural do Ano; Personalidade Cultural do Ano – 2015, concedido pela União Brasileira dos Escritores-Seção RJ.

É membro entre outras instituições, da Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a Cadeira 28, em que sucedeu ao Acadêmico Oscar Dias Correia; da Academia Brasileira de Filologia; da Academia de Artes, Ciências e Letras da Ilha de Paquetá; da Academia Carioca de Letras e do Círculo Literário da Marinha. É Membro Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa; Sócio do Real Gabinete Português de Leitura e da Associação dos Amigos de Eça de Queiroz.

Nélida Piñon nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, descendente de Galegos, desde criança escolheu o oficio de escritora. Formou-se no curso de Jornalismo, da Faculdade de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Com vasta bibliografia, publicou mais de 25 livros e suas obras foram traduzidas em mais de 30 países, contemplando romances, contos, ensaios, discursos, crônicas e memórias. Estreou na literatura em 1961 com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo, e destacou-se, entre outros títulos, com os  livros de contos Tempo das frutas, Sala de armas, O Calor das coisas, A camisa do marido, os romances A Casa da Paixão, Tebas do meu coração, A República dos Sonhos, A doce canção de Caetana, Vozes do deserto,  as crônicas de Até amanhã, outra vez, ensaios Aprendiz de Homero, e memórias Coração Andarilho e Livro das Horas. 

Ao longo de sua carreira colaborou em publicações nacionais e estrangeiras e proferiu conferências em diversos países. Catedrática da Universidade de Miami, desde 1990,  sucedeu a Isaac B. Singer, Prêmio Nobel. Foi visiting-professor  das universidades de Harvard, Columbia, John Hopkins e Georgetown. 

É Doctor Honoris Causa das universidades de Poitiers, França, Santiago de Compostela, Espanha, primeira mulher em 503 anos a receber esse título, Rutgers, USA, Florida Atlantic, USA, Universidade de Montreal, Canadá, UNAM, do México, e PUC-RS, Brasil.

De sua biografia constam diversas condecorações e prêmios nacionais e internacionais como os brasileiros Golfinho de Ouro, Mário de Andrade e Jabuti. Na esfera internacional, foi a primeira mulher e primeiro autor de língua portuguesa a receber o prestigiado prêmio de Literatura Juan Rulfo, do México,  prêmio Menéndez Pelayo, Espanha, prêmio Ibero-Americano de Narrativa Jorge Isaacs, Colômbia. Recebeu o prêmio Puterbaugh Fellow, 2004, oferecido pela Universidade de Oklahoma e a revista The World Literatura Today, tornou-se primeiro escritor brasileiro a receber esse galardão. Condecorada com a medalha Castelao, Galícia, título de Filla Adoptiva de Cotobade, Comenda do Barão do Rio Branco, no grau oficial, Brasil, Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres, França,  Lazo de Dama, de Isabel La Católica, outogarda pelo Rei Juan Carlos, de Espanha, medalha Dom Afonso Henriques, Portugal, Medalha Áquila, México. Em 2005, pelo conjunto de sua obra, recebeu o importante Príncipe de Astúrias, sendo o primeiro escritor de língua portuguesa a receber essa láurea.  Recebeu o Prêmio Cervantes da Fundação Cervantina de Guanajuato, México, em 2006. Aos 16 de fevereiro de 2015, na qualidade de primeira vencedora, recebeu o Prêmio El Ojo Crítico Iberoamericano, outorgado pela Rádio Nacional de Espanha.

Em 1989, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, e em 1997, por ocasião do I Centenário da Academia, tornou-se a primeira mulher a presidir uma Academia de Letras no mundo. Em 2012, no marco da XXII Cumbre Iberoamericana de Jefas y Jefes de Estado, em Cádiz, foi nomeada Embajadora Iberoamericana de la Cultura. Foi Catedrática da Cátedra Alfonso Reyes, da Cátedra Julio Cortázar, da qual é membro do Comitê de Honra, e em 2013, na condição de primeiro autor de língua portuguesa e primeira mulher, recebeu o prêmio Cátedra Enrique Iglesias outorgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento-BID. 

Sua obra tem ensejado pesquisas produzidas no seio de academias nacionais e internacionais. Em setembro de 2012, a escritora Nélida Piñon inaugurou na cidade de Madrid, o novo programa da  Residencia de Estudiantes intitulado Narrador en Residencia, que segue a tradição de algumas universidades inglesas e norteamericanas, e tem como objetivo por meio de uma extensa programação que inclui cursos, leituras e palestras, difundir sua obra, compartilhar seu conhecimento e favorecer o aprendizado dos jovens estudantes. Já passaram pela Residencia de Estudiantes grandes nomes das mais diversas áreas como Albert Einstein, Paul Valéry, Marie Curie, Igor Stravinsky, John M. Keynes, Alexander Calder, Walter Gropius, Henri Bergson e Le Corbusier, entre outros. 

Diversas bibliotecas, no Brasil e exterior, levam seu nome com destaque para a Nélida Piñon Library, Miami, e Biblioteca Nélida Piñon, do Instituto Cervantes, Bahia. Primeira vez que uma biblioteca do Instituto Cervantes foi batizada com o nome de um escritor de língua não hispânica. O Instituto Cervantes é uma instituição pública da Espanha criada para o ensino e difusão da língua e da cultura da Espanha e Hispanoamericana. Está presente nos 5 continentes.

Foi jurada de diversos prêmios nacionais e internacionais como o Neustadt-World Literatura Today, USA, Prêmio Latino-Americano de Literatura, Nicarágua, Prêmio Menendez Pelayo, Espanha, Prêmio Norma, Colômbia, Prêmio Bienal de Novela Mario Vargas Llosa, Peru, Prêmio José Saramago, Portugal, desde a primeira edição, entre outros.

Pertence a diversas Instituições no Brasil e exterior como Academia Brasileira de Letras, PEN Clube do Brasil, Academia de Filosofia do Brasil, PEN Clube Internacional, Phi Beta Delta, da Beta Theta Chapter, Honor Society for International Scholar, da University of Miami, USA, Acadêmica Correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, Acadêmica Correspondente da Real Academia de España, Acadêmica Correspondente da Academia Mexicana de La Lengua, e Acadêmica Correspondente da Real Academia Galega.

Participou e integra vários Conselhos como o Conselho Federal da Cultura, Conselho Estadual da Cultura, Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Conselho da Fundação França-Brasil, Conselho Consultivo Revista Nexo, México, Conselho Revista Tempo Brasileiro, Membro da Comissão de Honra dos festejos do V Centenário dos Descobrimentos, nomeada pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso. É Membro do Conselho da Fundação Roberto Marinho, Membro do Conselho da Fundação Santillana, Membro e integrante do Conselho do Foro Ibero-Americano desde a sua fundação no ano 2000, constituído por 30 intelectuais, empresários e políticos de todas as Américas e da Península Ibérica. 

Em 2012, publicou  Livro das horas, uma coletânea de ensaios, memórias e reflexões. Em 2013, Livro das horas foi publicado em Portugal, Espanha e México. Tenho apetite de almas – Uma fotobiografia de Nélida Piñon, lançado em março de 2014, da autoria de Bethy Lagardère, é um livro foto-documento com um conjunto relevante de material da premiada escritora que contempla fotografias, cartas, manuscritos, rascunhos, revistas, reproduções de jornais, prêmios, medalhas. Biografia, que registra historicamente a formação e trajetória de uma autora de dimensão nacional e internacional, que é um expoente da literatura. 

Em 2014, seu romance A República dos Sonhos completou 30 anos, e foi celebrado com edições comemorativas no Brasil, Portugal e Espanha. Ainda no ano corrente de 2014 foi lançado seu novo livro de contos A camisa do marido. Em novembro de 2014, como convidada especial, integrou o Comité de Honor del Premio FIL 2015 e como convidada especial abriu o Salão do Livro da Feria Internacional del Libro de Guadalajara, México.

No dia 27 de setembro de 2014 tomou posse como Acadêmica de Honra da Real Academia Galega. Em outubro de 2014 foi lançado o Prêmio de Relato Breve Nélida Piñon, uma iniciativa do Concello de Cotobade, com a colaboração da Consellería de Cultura, Educación e Ordenación Universitaria da Xunta de Galicia.

Em comemoração aos 500 anos de nascimento de Santa Teresa de Ávila, e a convite da Consejería de Cultura de la Junta de Castilla y León, a acadêmica Nélida Piñon fez uma palestra na Universidade de Salamanca, em 17 de fevereiro de 2015, com o título "Nélida Piñon, expresión de la literatura brasileña en el V Centenário de Santa Teresa de Ávila".

Em março de 2015, na qualidade de primeira brasileira assumiu a Cátedra José Bonifácio do Instituto de Relações Internacionais da USP. A respectiva Cátedra trata de assuntos Iberoamericanos e foi inaugurada em 2013, tendo como primeiro ocupante o Ex-Presidente do Chile Ricardo Lagos, em 2014, o Enrique Iglesias, Ex-Presidente do BID e da Secretaria General Iberoamericana.

Em outubro de 2015, foi inaugurada, em Cotobade, Galícia, a Casa de Cultura Nélida Piñon.

A escritora Ana Maria Machado foi Presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), de 2011 a 2013. Considerada pela crítica como uma das mais completas e versáteis escritoras brasileiras contemporâneas, ela ocupa desde 2003 a Cadeira numero 1 da ABL.

Ganhou em 2001 o mais importante prêmio literário nacional - o Machado de Assis, outorgado pela ABL, pelo conjunto de sua obra como romancista, ensaísta e autora de livros infanto-juvenis. Um ano antes, recebera do IBBY (International Board on Books for the Youth) a Medalha Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil, por ser o mais alto prêmio internacional do gênero, conferido a cada dois anos a um escritor, pelo conjunto da obra. Em 2010 ganhou o Prêmio Cultura do Rio de Janeiro e o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda. Entre os mais recentes, recebeu o Prêmio Ibero-Americano de Literatura Infantil e Juvenil de 2012, da Fundação SM (organização que atua em educação na Espanha e na América Latina e está no Brasil desde 2009) e em 2013 o Prêmio Passo Fundo Zaffaro & Bourbon de literatura pelo romance Infâmia.

A escritora Ana Maria Machado é carioca. Começou como pintora, tendo estudado no Museu de Arte Moderna do Rio e no de Nova Iorque. Participou de diversas exposições individuais e coletivas. Após se formar em Letras Neolatinas, estudou com Roland Barthes, sob cuja orientação fez sua tese de pós-graduação na Ecole Pratique des Hautes Etudes, em Paris - onde também lecionou na Sorbonne em 1970-1971. Deu aulas na Faculdade de Letras e na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi professora visitante na Universidad e de Berkeley, nos Estados Unidos, e em Oxford. Como jornalista, trabalhou em Paris e Londres, além de em vários jornais e revistas no Brasil (Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo, Isto É). Fez parte do conselho da A.B.I. e da diretoria do Sindicato de Escritores do Rio de Janeiro. Em 2005, foi uma das 50 mulheres latinoamericanas indicadas ao Premio Nobel da Paz pela organização 1000 Peace Women Across the Globe.

Começou a escrever em 1969 e publicou 9 romances, 8 livros de ensaios e dezenas de infanto juvenis. Seus livros venderam mais de vinte milhões de exemplares e têm sido objeto de numerosas teses universitárias - inclusive fora do país. Sua obra para crianças e jovens está traduzida e publicada em 20 países e recebeu todos os principais prêmios no Brasil, incluindo 3 Jabutis, e alguns no exterior. Sua obra para adultos, também premiada, é considerada pela crítica como uma das melhores da Literatura Brasileira contemporânea.

Oitavo ocupante da cadeira nº 31, eleito  em 2 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, falecido em 27 de fevereiro de 2011, foi recebido em 23 de setembro de 2011, pelo Acadêmico Eduardo Portella.

Merval Pereira Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de outubro de 1949. É comentarista da Globonews e da CBN e Colunista de O Globo, onde entrou em 1968, como repórter estagiário, tendo sido, entre outras funções, editor nacional, editor-chefe, diretor da sucursal de Brasília, diretor de redação e diretor executivo do Infoglobo. Foi Diretor de Jornalismo de Mídia impressa e rádio das Organizações Globo.

Em 1979 recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro com o mesmo nome, editado pela Brasiliense, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore.

Foi finalista do Prêmio Esso em 2000, com uma reportagem sobre o envolvimento do cineasta João Moreira Salles com o traficante Marcinho VP.

De 1983 a 1985, trabalhou na revista Veja, onde foi chefe das sucursais de Brasília e Rio e editor nacional em São Paulo. No período ganhou três Prêmios Abril. Também foi editor-executivo do Jornal do Brasil.

De 1991 a 1992, fez um curso de especialização em política internacional na Universidade Stanford, na Califórnia, como único bolsista da América Latina da John S. Knight Fellowship. Tem curso de gestão de empresas no Insead, na França.

Faz parte do Conselho Editorial das Organizações Globo e fez parte do primeiro Conselho Editorial do jornal Valor Econômico; Conselheiro do Centro de Estudos da América da Universidade Cândido Mendes. É media leader do World Economic Forum,onde já foi mediador de debates sobre a situação do Brasil e da América Latina. É membro titular da Academia Brasileira de Filosofia e membro do Board of Visitors da John S. Knight Fellowships da Universidade Stanford.

Em 2008, passou um período na Universidade de Columbia, em Nova York, como visiting scholar da Centro de Estudos Latino-Americanos.

Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.

 

Prêmios e distinções

− Prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia, de excelência jornalística; 
− Medalha Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras; 
− Golfinho de Ouro do Governo do Estado do Rio de Janeiro, no setor de Comunicação; 
− Destaque Bovespa 2006 - Prêmio Especial de Jornalismo; 
− Medalha Hipólito da Costa da Academia Brasileira de Filosofia; 
− Medalha Presidente Juscelino Kubitscheck do Governo de Minas Gerais.
− Medalha de Direitos Humanos Austregésilo de Athayde da B'nai B'rith Herut.

 

Bibliografia

Livros e artigos publicados

A Segunda Guerra, Sucessão de Geisel. (com André Gustavo Stumpf ). São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
 
“Encontros” (Conto). In: LEAL, Carlos (et. al).  Mais 21 Histórias de Amor. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2002.

“O feitiço contra o feiticeiro”. In: Clóvis Brigagão & Silvério Zebral (Coord.). Política Internacional. Lisboa: nº 29, II série, dezembro 2005, p. 33-60; número especial “O Brasil de Lula: retrospectiva 2003-2005, perspectiva 2006”. Lisboa, Editora Casa das Letras de Lisboa, 2005.

“Próximos e distantes”. In: Fernando Luis Schüler & Gunter Axt (org.). Brasil Contemporâneo: Crônicas de um País Incógnito. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 2006.

“Quem viver, verá”. In: Arthur Ituassu & Rodrigo de Almeida (Coord.). O Brasil Tem Jeito? Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2006-2007.

O Lulismo no Poder. Rio de Janeiro: Editora Record, 2010.

 

Prefácios e apresentações

Apresentação do livro: Política Energética para o Brasil: Propostas para o Crescimento Sustentável. A. Pires Rodrigues; Eloi Fernández y Fernández & Julio Bueno (org.). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2006.

Apresentação do livro: Rompendo o Marasmo: a Retomada do Desenvolvimento no Brasil. Armando Castelar Pinheiro & Fabio Giambiagi (org.). Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
 
Prefácio do livro: Os Militares no Poder: de 1964 Ao AI-5, de Carlos Castello Branco. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.

Prefácio do livro: Antologia da Maldade, de Gustavo Franco e Fabio Giambiagi.


 

Sétimo ocupante da cadeira nº 15, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão de Pe. Fernando Bastos de Ávila, foi recebido em 20 de maio de 2011 pelo Acadêmico Tarcísio Padilha.

Marco Americo Lucchesi nasceu em 9 de dezembro de 1963, no Rio de Janeiro. Filho de Elena Dati e Egidio Lucchesi, primeiro brasileiro de uma família italiana. A partir de oito anos de idade mora em Niterói. Poeta, romancista, ensaísta e tradutor brasileiro, Marco Lucchesi é também professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz.  

Formou-se em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e recebeu os títulos de Mestre e Doutor em Ciência da Literatura, pela UFRJ, e de Pós-Doutor em Filosofia da Renascença pela Universidade de Colônia, na Alemanha. É pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Diretor Acadêmico do Colégio do Brasil, Professor-Visitante de diversas Universidades da Europa e da América Latina. 

Foi editor da revista Poesia Sempre, da Tempo Brasileiro e da revista Mosaico Italiano e atualmente desempenha a função de diretor da Revista Brasileira da ABL. Destacou-se também dentro do setor de Coordenação Geral de Pesquisa e Editoração da Biblioteca Nacional, responsável pela edição de catálogos e fac-símiles. 

Seu campo de ação se estende a outras áreas relacionadas à cultura, à filosofia, à literatura, à filosofia da matemática, à teologia e à arte, destacando-se suas atividades como colaborador em importantes jornais, de que se destaca  sua coluna mensal em O Globo; como dramaturgista, em montagens teatrais cariocas; como organizador de seminários para o Centro Cultural Banco do Brasil e a Funiarte, além de curador de exposições da Biblioteca Nacional, como as que celebraram os cem anos da morte de dois escritores brasileiros: "Machado de Assis, cem anos de uma cartografia inacabada" (2008), e “Uma poética do espaço brasileiro”, sobre Euclides da Cunha (2009).  Em 2010, foi o responsável pela grande exposição do bicentenário daquela Casa: “Biblioteca Nacional 200 anos: uma defesa do infinito”. Recentemente foi o curador da exposição: Rio de Janeiro 450 anos, uma História do Futuro”

Merece destaque o seu papel de tradutor, graças ao amplo conhecimento de mais de vinte idiomas. Pertence a diversas instituições, dentre as quais o Pen Club do Brasil,a Accademia Lucchese di Scienza, Lettere e Arti,  a Sociedade Brasileira de Geografia, a Academia Fluminense de Letras, dentre outras.

Prêmios e Distinções

Recebeu os seguintes prêmios e distinções:

•  Prêmio Jabuti de Poesia, 2º lugar, 2015;
•  Prêmio Machado de Assis – UBE, 2014;
•  Cidadão Honorário de Niterói, 2014;
•  Diploma do Consulado da Romênia do Rio de Janeiro, 2013;
•  Prêmio Machado de Assis – UBE, 2012;
•  Prêmio Lauro dantesco da cidade de Ravenna, 2012;
•  Prêmio Pantera d'Oro - da cidade de Lucca, 2011;
•  Prêmio Orígenes Lessa UBE,2010;
•  Medalha Simões Lopes Neto, 2010;
•  Prêmio Ars Latina, Craiova, 2009;
•  Prêmio Alceu Amoroso Lima:  pelo conjunto da obra poética, 2008;
•  Prêmio Mário Barata da UBE, 2008;
•  Prêmio Marin Sorescu, na Romênia, 2007;
•  Prêmio UBE João Fagundes de Meneses, 2007;
•  Prêmio Alphonsus de Guimarães,  Biblioteca Nacional, 2006;
•  Título de Cavaliere della Stella della Solidarietà della Repubblica Italiana, 2005;
•  Prêmio UBE de Poesia Da Costa e Silva, 2004;
•  Prêmio Jabuti de Poesia, 2.lugar,2004;
•  Prêmio da Câmera de Comércio de Lucca, 2002;
•  Prêmio Jabuti de Tradução, 3. Lugar, 2001;
•  Premio San Paolo - Città di Torino, 2001;
•  Premio Nazionale per la Traduzione  do Ministero dei Beni Culturali da Itália, 2001;
•  Prêmio União Latina 2000;
•  Premio Speciale del Presidente della Repubblica Carlo Ciampi: Prometeo d´Argento, 2000;
•  Prêmio Eduardo Frieiro, da Academia Mineira de Letras, 2000;
•  Premio Speciale Marcello Binacchin, Società Marcello Binacchin, 2000;
•  Premio Internazionale di Poesia Cilento, Associazione Cilento di Poesia, 1999;
•  Comenda Espatário da Trebizonda, Espanha, 1997;
•  Prêmio Paulo Rónai de Tradução, Biblioteca Nacional, 1996;
•  Mérito da União Brasileira de Escritores, 1995;
•  Associazione Lucchesi nel Mondo,  Câmara di Commercio di Lucca, 1989;
•  Medalha Tiradentes, 1989.
•  Medalha Geraldo Bezerra de Meneses, 1988;
•  Medalha José Cândido de Carvalho, 1987;
•  Medalha da  Academia Maranhense de Letras.

 


 

17/12/2015

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