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Academia perde seu mais antigo imortal

 

Jornal do Brasil (16.03.2006)

 

Autor de um dos mais importantes romances brasileiros do século 20, Os tambores de São Luís, Josué Montello passou 51 anos na cadeira nº 29 da Academia Brasileira de Letras. Era o acadêmico vivo com mais tempo na casa. No início da noite de ontem, Montello morreu.

Há um ano e meio ele estava internado na Casa de Saúde São José, no Humaitá, alternando-se entre o quarto e a UTI. Há um mês entrou em coma, que resultou na falência múltipla dos órgãos.

Natural de São Luís do Maranhão, Josué de Souza Montello nasceu em 21 de agosto de 1917. Filho de Antônio Bernardo Montello e Mância de Souza Montello, estudou em São Luís e concluiu o curso secundário em Belém do Pará.

Em 1936, veio para o Rio, onde se especializou em Educação e tornou-se funcionário do Ministério da Educação por concurso. Em 1941, publicou seu primeiro romance, Janelas fechadas.

Montello deixa a maior obra de um autor brasileiro: com 135 livros, 27 deles romances. Além de Os tambores de São Luís, seus livros mais conhecidos são A luz da estrela morta, Largo do desterro, Uma varanda sobre o silêncio e O baile da despedida.

O corpo será velado na Sala dos Poetas da ABL a partir das 9h de hoje. Às 16h será a missa, seguida pelo enterro no Cemitério São João Batista, às 17h.

A eleição do acadêmico que sucederia o ex-ministro Oscar Dias Corrêa, marcada para hoje, foi adiada.

 

22/05/2006 - Atualizada em 21/05/2006