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ABL na mídia - UOL - Congresso das Academias Estaduais de Letras termina com documento propondo integração cultural

 

Após dois dias de debates e palestras, o Congresso das Academias Estaduais de Letras terminou com a edição de um documento, que propõe algumas iniciativas e procedimentos para fomentar e aprimorar a aproximação entre as instituições literárias e a sociedade.

Realizado pela Academia Sul-mato-grossense de Letras (ASL), nos dias 19 e 20 deste mês, o evento foi encerrado com a leitura da Carta de Campo Grande 2023, assinada por presidentes e representantes de 17 academias estaduais.

Compromissos como os de assegurar a diversidade das manifestações literoculturais, efetivar a valorização autoral e o fortalecimento dos hábitos e programas de incentivo à leitura nas escolas e na sociedade civil fazem parte do elenco de sugestões alinhadas no documento. O presidente da ASL, o acadêmico e escritor Henrique de Medeiros, destacou o empenho e as contribuições de todos os congressistas, interessados em estreitar os laços das academias.

A abertura, no auditório do Bioparque Pantanal, foi prestigiada por intelectuais, escritores, professores, estudantes e autoridades, entre elas o governador Eduardo Riedel; o presidente do Tribunal de Justiça (TJMS), desembargador Sérgio Fernandes Martins; a ex-senadora e acadêmica Marisa Serrano; o ex-senador e acadêmico Pedro Chaves dos Santos; os secretários estaduais de Governo, Pedro Caravina, e de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania, Marcelo Miranda; o presidente da Fundação de Cultura (FCMS), Eduardo Mendes Pinto. Em seu discurso, Henrique de Medeiros saudou congressistas e autoridades, dando as boas-vindas aos participantes.

Dois imortais representaram a Academia Brasileira de Letras (ABL), os escritores Ricardo Cavaliere e Antônio Cícero. Ambos ressaltaram a grandeza do evento e seus primeiros resultados, como o estreitamento dos laços entre as academias e a abertura de novos caminhos que irão fortalecer a cultura como bem essencial e acesso universalizado. Riedel assinalou que ao completar 46 anos de vida, o Estado festejava também a sua academia de letras, com mais de 50 anos, e sentia-se honrado em receber uma comitiva tão ilustre e representativa da cultura nacional.

Os visitantes foram homenageados com as apresentações da dupla de cantores e músicos, Marcos Mendes e Maria Cláudia, interpretando canções de temática regionalista, e do repentista Ruberval Cunha. Um passeio pelo Bioparque também fez parte do programa reservado aos participantes. No dia seguinte, mais uma artista sul-mato-grossense, a também imortal Lenilde Ramos, tocou e cantou para os congressistas.

Após um dia e meio de mesas-redondas, palestras e debates internos na sede da ASL, a Carta de Campo Grande foi redigida dentro de um ritual democrático e participativo, envolvendo todos os congressistas e membros da ASL. As academias de todos os Estados se manifestaram com relatos interessantes sobre seus trabalhos e experiências. Pela ASL, o acadêmico Rubenio Marcelo fez a apresentação das atividades realizadas em Mato Grosso do Sul. Os acadêmicos Marisa Serrano, vice-presidente da ASL, e Américo Calheiros, contribuíram no alinhamento das propostas dos participantes e na elaboração da Carta de Campo Grande.

Uma das sugestões que se destacam na carta prevê o "empenho pela inclusão de obras digitais de autoria de acadêmicos, mediante adesão dos autores autorizando a divulgação, entre os sítios de todas as Academias Estaduais de Letras, oportunizando a divulgação". Henrique de Medeiros realçou a importância da presença dos imortais Ricardo Cavaliere e Antônio Cícero. E pontuou que a ABL esteve presente como observadora e órgão maior da literatura brasileira, além de buscar uma melhor compreensão sobre o momento e o trabalho das academias estaduais.

Dos 17 dirigentes das academias, quatro são mulheres: Ester Abreu Vieira de Oliveira, do Espírito Santo; Mária Maria de Jesus Pessanha, do Rio de Janeiro; Maria Leide Câmara de Oliveira, do Rio Grande do Norte; e Luciene Josefa de Carvalho, de Mato Grosso, que é também a primeira negra a presidir uma instituição do gênero. Ficou acordado que o próximo congresso será em agosto de 2024, porém os seguintes acontecerão de dois em dois anos.

Matéria na íntegra: https://midiamax.uol.com.br/cotidiano/2023/congresso-das-academias-estaduais-de-letras-termina-com-documento-propondo-integracao-cultural/

23/10/2023