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ABL na mídia - Folha de Pernambuco - Sarney e FHC contam como Marco Maciel ajudou a consolidar a democracia

 

No livro “O Estilo Marco Maciel”, de minha autoria, pela CRV Editora, de Curitiba, o ex-vice-pre­sidente da República na era FHC é apontado como um dos maiores apagadores de incêndios políticos da história brasileira. Em depoimento inédito para o livro, o ex-presidente José Sarney (MDB) afirma que transferiu Marco Maciel do Ministério da Educação para a Casa Civil para, com sua habilidade, contornar as crises políticas naturais em um governo de transição.

"Sem Marco na articulação, o processo da transição teria sido um pesadelo para mim. Ele me ajudou muito. Ajudou o Brasil a consolidar a sua democracia persistente", conta Sarney. Aos 93 anos, o ex-presidente, que governou o País com a morte de Tancredo Neves, em 1985, sofreu uma queda em sua casa na semana passada, mas está bem, segundo familiares.

Também em depoimento exclusivo para o livro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso revela que teve um vice que em nenhum momento conspirou. "Marco foi o vice dos sonhos de todo presidente. Talhado para quebrar tensões, exerceu papéis fundamentais não apenas no meu governo, mas nas articulações que me levaram à disputar o Planalto e sair vitorioso", disse FHC, acrescentando: "Marco Maciel foi um marco para a democracia quando ajudou Tancredo a derrotar Paulo Maluf".

Como Sarney, Fernando Henrique continua dando seus palpites na política nacional, morando em São Paulo. No livro de memórias que escreveu revelando bastidores dos dois mandatos presidenciais, o ex-presidente dedica alguns capítulos às missões espinhosas que delegou a Marco Maciel. "Marco foi o bombeiro do meu governo", destacou.

Um dos políticos mais próximos a Marco Maciel, verdadeiro confidente, o ex-senador e ex-governador de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, que o substituiu Maciel no Ministério da Educação quando remanejado por Sarney para a Casa Civil, classifica MM como o grande líder da transição democrática no prefácio que escreveu para o livro.

"O maior obstáculo a uma transição seria a escolha de Paulo Maluf como candidato do PDS à Presidência da República. Consciente disso, Marco Maciel liderou o processo que resultou na formação da Aliança Democrática em torno da candidatura de Tancredo Neves", assinala Jorge Bornhausen.

Para o jornalista Marcelo Tognozzi, que assina o prefácio, Marco Maciel deixou sua marca na política nacional construindo a paz, num Brasil onde a guerra pelo poder sempre foi movida a ódio e rancor. "O Marco Maciel retratado por Magno Martins é aquele que, mesmo nos momentos mais tensos, sempre trilhou o caminho do entendimento", escreveu Marcelo.

O livro será lançado no dia 24 de agosto, às 17h30, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, logo após a sessão dos acadêmicos que tiveram o privilégio da convivência com o Marco Maciel imortal, ocupante da cadeira 39, a mesma que pertenceu ao também imortal da ABL Roberto Marinho, presidente das Organizações Globo.

25/07/2023