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ABL lança o livro “Obras”, de Cláudio Manuel da Costa

 

A Academia Brasileira de Letras lançou no dia 6 de junho o livro "Obras", do poeta mineiro e inconfidente Cláudio Manuel da Costa – Patrono da Cadeira Número 8 da ABL, por escolha do fundador Alberto de Oliveira – com ensaio, organização e notas de Ivan Teixeira.

De acordo com o Diretor de Publicações, Acadêmico e poeta Ivan Junqueira, o presente edição é de importância histórica. “Infelizmente, trata-se de um trabalho póstumo, porque seu organizador morreu no último dia do mês de janeiro deste ano, pouco antes de ver sua obra editada, resultado de sua determinação como crítico literário, professor competente e notável divulgador da literatura brasileira no exterior”, afirmou Ivan Junqueira.

O Primeiro-Secretário da ABL, Acadêmico Domício Proença Filho, escreve na orelha do livro que “a produção poética do árcade mineiro em sua totalidade foi objeto de publicação anterior, na companhia das obras completas de Tomás Antônio Gonzaga e de Alvarenga Peixoto, todas reunidas, pela primeira vez, num único volume A poesia dos 'Inconfidentes', por mim idealizado e organizado, lançamento da Editora Nova Aguilar, com edições em 1996 e 2002”.

Domício Proença Filho diz ainda que: “Naquela obra conjunta, o deságio da fixação do texto de Cláudio encontrou profícua e segura ultrapassagem na percuciência de Melânia Silva de Aguiar, que realizou uma primorosa edição crítica. Fruto de rigorosa e exaustiva pesquisa, o trabalho da professora da UFMG, entre outros cuidados, recupera textos antes publicados, corrige imperfeições e falsas autorias, refaz, com preciso fundamento, o percurso poético do autor. O presente livro objetiva ser, na palavra do organizador, uma edição fidedigna restrita às 'Obras'. Elaborado com igual rigor e fundamentação, retoma o texto de 1768, abre-se ao diálogo com a edição de Melânia e traz igualmente um agudo e denso ensaio sobre a poesia do malogrado inconfidente”.

Saiba mais

Cláudio Manuel da Costa, advogado, magistrado e poeta, nasceu em Vila do Ribeirão do Carmo (hoje, Mariana), em 5 de junho de 1729, e faleceu em Ouro Preto, MG, em 4 de julho de 1789.  Em 1749, aos vinte anos de idade, seguiu para Lisboa e daí para Coimbra, em cuja Universidade se formou em Cânones, em 1753. Ali publicou, em opúsculos, pelo menos três poemas, “Munúsculo métrico”, “Labirinto de amor” e o “Epicédio” consagrado à memória de Frei Gaspar da Encarnação. Neles, a marca poética do barroco seiscentista é evidente, nos cultismos, conceitismos e formalismos característicos daquele estilo.

Ainda em Portugal, sentira de perto o aspecto renovador do Arcadismo, implantado com a fundação da Arcádia Lusitana em 1756. A publicação em 1768 das "Obras" constitui o marco inicial do lirismo arcádico no Brasil. Depois, compôs o poema épico "Vila Rica", pronto em 1773, mas publicado somente em 1839, em Ouro Preto. Na década de 80, fez parte da Câmara de Vila Rica como juiz ordinário. Suicidou-se no cubículo da Casa dos Contos, onde fora encerrado por ser um dos inconfidentes, aos 60 anos de idade, em julho de 1789.

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7/6/2013

07/06/2013 - Atualizada em 06/06/2013