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ABL e Memória Globo homenageiam o Acadêmico Roberto Marinho com exposição e mesa-redonda

 

A Academia Brasileira de Letras e Memória Globo homenageiam o Acadêmico e jornalista Roberto Martinho com mesa-redonda e exposição pela passagem dos dez anos de sua morte, completados este ano (faleceu aos 98 anos no dia 6 de agosto de 2003). A exposição, denominada "Roberto Marinho – empreendedor da cultura", estará aberta ao público, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas, até o dia 8 de outubro. A mesa-redonda, realizada quinta-feira, dia 8 de agosto, no Petit Trianon, pouco antes da inauguração da mostra, contou com a participação da Presidente da ABL, Acadêmica Ana Maria Machado, da Acadêmica Nélida Piñon, e por um dos filhos do homenageado, José Roberto Marinho – estavam presentes também os outros dois filhos, João Roberto Marinho e Roberto Irineu, e netos.

Na abertura da mesa-redonda e nas muitas entrevistas que concedeu antes e depois do evento, Ana Maria Machado lembrou exatamente da contribuição que o homenageado dera para a cultura no Brasil: “Destacamos especialmente sua contribuição como empreendedor cultural. Um papel que não deixa de ser raro ente nós, num país mais afeito a esperar as iniciativas das esferas federais. A presente exposição reconstitui a trajetória desse mecenato e dessa ação instigadora, fermento agindo na cultura brasileira contemporânea. Assim, a celebração de sua memória configura também um momento de permanência, por meio do nosso louvor e nosso grato reconhecimento aos jornalista e Acadêmico Roberto Marinho, que ocupou a Cadeira 39, por sua atuação como empreendedor cultural”.

A Acadêmica Nélida Piñon, amiga do homenageado, foi a oradora da mesa-redonda. Lembrou que o legado deixado por Roberto Marinho somente será mais bem compreendido no futuro: “Desde sua morte, em 2003, o Brasil deu início a sua exegese. Enlaçou os fios narrativos de sua existência com a nossa história contemporânea, para formar um novelo indissolúvel. Aprendeu que a figura discreta do jornalista refletia, de certo modo, a grandeza nacional. E viu, aos poucos, que ele pusera ao alcance de todos os meios de comunicação que encurtaram a distância entre a casa de cada qual e o mundo, estabelecendo uma ponte sobre a qual cruzarmos para atingir o centro das atividades humanas”.

Nélida Piñon elogiou, ainda, a coragem com que o jornalista enfrentou desilusões e dificuldades: “Reunidos, agora, no Petit Trianon, penso que talvez seja cedo para medir a real grandeza de Roberto Marinho, que lugar ocupa ele na história do Brasil. A análise sobre este admirável homem de imprensa apenas começou. Sua aventura humana e profissional, brasileira e universal, carioca e cosmopolita, é de quem escolheu servir o Brasil . O que enseja, a todos, ora congregados nesta casa de Machado de Assis, evocarmos sua memória. Esforçarmo-nos por narrar uma trajetória que se amplia à passagem do tempo, à luz dos seus feitos”, concluiu a Acadêmica.

Logo depois, a exposição foi inaugurada e, como o nome deixa claro, concentra-se principalmente no legado cultural do homenageado. Há espaços destinados ao jornal, à editora, ao sistema de rádio, à televisão, à gravadora, além, naturalmente, da coleção de arte que construiu desde cedo. Uma imagem que emociona a todos que visitam a exposição são as páginas do jornal O Globo como se estivessem numa impressora rotativa. Nessas páginas estão colunistas, escritores (Acadêmicos ou não) e reportagens especiais. Há um espaço interativo e o visitante pode ouvir trechos de músicas de discos lançados pela Som Livre, além de depoimentos de Acadêmicos e de outros artistas.

“De alguma forma, ter uma mostra reunindo tudo isso nos deixa clara a dimensão de um empreendedor da cultura em sua verdadeira grandeza”, concluiu Ana Maria Machado.

13/8/2013

13/08/2013 - Atualizada em 12/08/2013