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piadina

Classe gramatical: 
s.f.
Definição: 

Pão de origem italiana, típico da Emília-Romanha (região situada ao norte da Itália), de formato redondo e achatado, sem fermento, feito da mistura de farinha, água e sal com azeite ou banha, geralmente assado em chapa quente ou frigideira, podendo receber recheios diversos e ser consumido como sanduíche. 

[Italianismo.] [Diminutivo de piada, ‘tipo de focaccia’.]

Exemplos de uso: 

“O italiano e o português são duas línguas aparentadas, oriundas da mesma matriz latina. Como todos sabemos, na sua linha evolutiva as palavras nascem, se desenvolvem, têm o seu apogeu e muitas vezes morrem, caindo em desuso ou desaparecendo, às vezes com o idioma inteiro. São muitos os fenômenos linguísticos que surpreendem falantes curiosos. Por exemplo, acontece de um vocábulo evoluir para sentido totalmente diverso em duas línguas, a partir de única origem. São os chamados falsos cognatos, em italiano falsi amici: a mesma forma para sentidos totalmente diferentes. Uma dessas palavras é piada, que em italiano não indica história engraçada, como no português, mas sim algo bom para comer. É um tipo de pão sem fermento muito comum na região da Emilia Romagna, onde é mais conhecido pelo diminutivo piadina. Dizem que nada é mais emblemático desta bela e rica região italiana que a piadina. Ela recebe outros nomes, de acordo com os vários dialetos locais: pie, pjida, pièda, pji, pida...”1

“A receita da massa vem da antiga Emilia-Romagna, no norte da Itália. Leva farinha de trigo, água, sal, gordura – e basta. É aberta em forma circular e tostada em chapa bem quente, rapidinho, quando rebentam as bolhas mais escuras que ‘pintam’ a superfície. O recheio da piadina vai de acordo com a inspiração do chef.”2

“Segundo o professor e consultor de gastronomia Franco Mambelli, a piadina já era preparada no Egito desde o ano 13.000 a.C., antes mesmo da invenção do fermento. Chegou à Itália, provavelmente pelas mãos de Eneias de Tróia, quase oito séculos antes do nascimento de Cristo. Aparece nos receituários com o nome ‘piada’, de origem grega, desde o século 14.”3

“A Piadina é um pão, que se tornou uma das comidas típicas mais conhecidas da gastronomia italiana, teve sua origem no longínquo Império Romano, durante as guerras, pela facilidade de obter a matéria-prima e de fazê-lo, já que a receita tem poucos ingredientes. Naquela época, esta massa tão peculiar e tão italiana, feita de grão de trigo ou de cevada, substituía o pão, como acompanhamento para as carnes e verduras. A Piadina foi popularizando-se ao longo dos séculos e dos anos e foi na década de 40 em diante que ela ganhou um ar de sofisticação, com a utilização de ingredientes mais elaborados e passou então a ser comercializada no mundo inteiro, desejada e amada por milhões de consumidores. Você pode comê-las puras, com manteiga, recheada com vários tipos de queijos e presuntos italianos, pastas ou ser um acompanhamento para carnes e verduras.”4

“Nem beirute nem wrap. O sanduíche em alta na cidade tem carregado sotaque italiano. Conhecido como piadina, leva o nome do pão achatado, típico da região da Emilia-Romagna, feito de farinha de trigo, água, azeite (ou banha de porco) e sal. De recheio, recebe queijos, frios, embutidos, tomate e ervas. ‘No norte da Itália, pode ser encontrado em todo canto e custa muito pouco’, diz Monica Fasano, sócia da La Bottega Piadina & Vino, em Pinheiros.”5

“Este pão sem fermento, que precisa ter o ponto certo para ficar macio e poder ser dobrado, tem aspecto de pão sírio, com textura mais delicada e recheios bem italianos. Feita à base de farinha, água, sal e um fiozinho de azeite, a piadina é assada direto na pedra-sabão. A receita nasceu entre as famílias do meio rural e foi a base da comida daquela região, depois popularizando-se por todo o país. Como a massa é leve realça os recheios. Ela não é fermentada, o que lhe dá uma leveza muito caraterística. O tamanho e a espessura também mudam dependendo da região, inclusive dos costumes próprios de cada família. Nós a preferimos fininha, como se faz na cidade de Rimini…”6

Referências: 

PIADINA. In: DIZIONARI GARZANTI LINGUISTICA. Disponível em: https://www.garzantilinguistica.it/ricerca/?q=piadina. Acesso em: 17 ago. 2022. 

PIADINA. In: ISTITUTO TRECCANI. Enciclopedia Treccani. Disponível em: https://www.treccani.it/vocabolario/piadina//. Acesso em: 16 ago. 2022.

1 REDAÇÃO GCN. Piada, piadina. GCN, 16 fev. 2014. Disponível em: https://gcn.net.br/noticias/241568/culinaria/2014/02/piada-piadina. Acesso em: 16 ago. 2022.

2 NAGASE, Danielle. Novo restaurante italiano tem 21 versões de piadina. Folha de S.Paulo, 12 jun. 2014. Guia Folha. Restaurantes. Disponível em: https://guia.folha.uol.com.br/restaurantes/2014/06/1465550-novo-restaura.... Acesso em: 16 ago. 2022. 

3 JANUÁRIO, Larissa. Panino e piadina: conheça dois estilos de fast-food à italiana. Uol, 24 jul. 2013. Nossa cozinha. Disponível em: https://www.uol.com.br/nossa/cozinha/noticias/redacao/2013/07/24/panino-.... Acesso em: 16 ago. 2022. 

4 PIADINA – O Pão mais famoso que você não conhece! Pão caseiro, s.d. Disponível em: https://paocaseiro.info/tipos-de-pao/piadina/. Acesso em: 16 ago. 2022.

5 BRAUN, Sophia. Sanduíche italiano piadina vira moda em São Paulo. Veja São Paulo, 20 jan. 2022. Comer e Beber. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/comer-e-beber/piadina-sanduiche-de-sotaque-i.... Acesso em: 24 ago. 2022.

6 RIBEIRO, Carlos. Piadina, especialidade italiana da Emilia-Romagna cai no gosto do paulistano. Olhar turístico, s.d. Disponível em: https://www.olharturistico.com.br/piadina-especialidade-italiana-da-emil.... Acesso em: 24 ago. 2022.

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