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Exposição: "Entre amigos" - 80 anos do acadêmico Carlos Castello Branco

Sobre: 

"Tocou o telefone e era interurbano: Carlos Lacerda me convidando para trabalhar com ele no Diário Carioca. (...) Dentro de 10 dias chequei no Rio e fui pro Diário Carioca. (...) me disseram: Ele não trabalha mais aqui. Pediu demissão. Fui para na Av .Rio Branco e encontrei o Neiva Moreira (...) Ele disse: Olha, tenho uma vaga de subsecretário de O Jornal ..."
A vida do jornalista Carlos Castello Branco, que durante trinta e um anos manteve a famosa Coluna do Castello, uma das mais importantes do jornalismo político do país, poderá ser conhecida pelos novos e revista pelos que tiveram o privilégio de ler, diariamente, a sua coluna no Jornal do Brasil.
     
No último dia 6 de julho, a Academia Brasileira de Letras inaugurou a exposição comemorativa dos 80 anos do colunista. Em breve a versão virtual da exposição estará disponível no site da ABL. Entre Amigos, título da mostra, revela - através de uma vasta correspondência trocada entre amigos e personalidades importantes (Carlos Lacerda, João Goulart, Jânio Quadros, Jucelino Kubitschek, Leonel Brizola, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Odylio Costa Filho) - facetas da personalidade de Castellinho. "Aos onze anos, aprendeu datilografia. E a máquina de escrever se tornaria um de seus amigos prediletos. Amigos outros contavam-se às centenas. Tímido, espirituoso, afável, era servido por uma alma inofensiva, onde não cabiam mágoas mal resolvidas. Nele, era estrutural um britânico autocontrole, que em nada obstruía a corrente afetiva", revela Tarcísio Padilha, Presidente da Academia Brasileira de Letras.
Entre Amigos está divida em cinco momentos: correspondência, cronologia, jornalismo político, retratos e frases de Castello. Lembranças de infância, definições de amigos, caricaturas, fotos, livros dão o tom intimista da mostra. Em uma grande parede, pintada de areia, cor de jornal, ficarão as dedicatórias dos amigos escritas em azul e preto, lembrando as cores de tinta de caneta e de máquina de escrever. "Cada exposição que faço é ancorada num sentimento, numa forma de ver a pessoa que trabalho. A exposição da Rachel, por exemplo, era relacionada à alegria, ao sentimento de pertencer à terra, que é uma característica dela. No caso do Castello, o sentimento que domina é o afeto. E o afeto é explicitado na vasta correspondência", esclarece Stela Kaz, responsável pela edição, projeto gráfico e montagem da exposição.