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Artigos

  • Currículos

    A notícia tem algo do cômico. Everton Cleiton, 21 anos, foi preso no Rio, após assaltar, junto com dois companheiros, uma van de transporte coletivo. E foi preso por causa de sua distração: na fuga, esqueceu a mochila, onde estava um currículo com vários de seus dados, incluindo o endereço. Igualmente engraçado, ou aparentemente engraçado, é o fato de que, no currículo, Everton se descreve como "educado, de fácil trato", com "facilidade para trabalhar em equipe, muita vontade de crescer profissionalmente e disponibilidade de horários".

  • Lavam as mãos

    Agora ficou claro que a gripe está se disseminando mesmo. Não parece ser um vírus particularmente letal, o que é uma boa notícia, mas isso não quer dizer que não devamos tomar nossas precauções. E uma delas, talvez a mais simples, é lavar as mãos, medida que encabeça todas as listas de recomendações.

  • Um antipai?

    Não sabemos que papel Joe Jackson terá no velório do filho, se é que terá algum. Do testamento, pelo menos, ele foi excluído por Michael. O que, segundo os relatos, não é de admirar. Joe Jackson estava muito longe de ser o pai ideal. Introduziu o filho, ainda criança, à música, mas o fez com brutalidade e movido por seus próprios interesses. Seu comportamento, nos dias que se seguiram à morte do cantor, foi estranho, para dizer o mínimo. Ali estava aquele homem já idoso, mas vestido da maneira extravagantemente juvenil, caminhando com passo de urubu malandro, exibindo um sorrisinho astucioso e, pior de tudo, aproveitando os inesperados 15 minutos de fama para fazer propaganda de um selo musical que pretende lançar.

  • Música Aquática

    A modelo Kate Moss destruiu uma série de gravações inéditas de seu namorado, Jamie Hince, da dupla The Kills. De acordo com o jornal "Daily Mirror", Moss e Hince se envolveram em uma discussão ao cabo da qual a top model britânica arremessou uma bolsa do músico contendo um notebook com seis faixas da banda em uma piscina. Hince não conseguiu salvar os dados contidos no computador portátil. "Jamie ficou muito abalado. Ele tentou recuperar o notebook, removendo o disco rígido e deixando-o secar em um armário ventilado", disse uma fonte próxima ao músico. Cotidiano, 28 de junho de 2009

  • Para que servem as revoluções?

    Na data de hoje, há 220 anos, uma multidão enfurecida invadia a fortaleza da Bastilha, em Paris, libertando os poucos prisioneiros que ali se encontravam (quatro falsários, dois nobres acusados de comportamento imoral e um suspeito de assassinato), apossou-se de armas e munições e decapitou o diretor, o Marquês de Launay, cuja cabeça, espetada num pau, desfilou pela cidade, conduzida por uma exultante multidão. O 14 de julho passou a ser a data-símbolo da Revolução Francesa, um movimento que nasceu da fome, da miséria, do desespero, e do contraste entre esta situação e aquela de uma classe de ricos e nobres que, em palácios como Versalhes, gozavam a vida sem se preocupar com a massa. Maria Antonieta nunca disse, a propósito dos famintos, que, se não tinham pão, poderiam comer bolos; mas não por acaso a frase lhe foi atribuída: correspondia a um tipo de alienação que ultrapassava qualquer limite de sensatez.

  • Gripe não é festa

    Nas epidemias não são só vírus e bactérias que se transmitem. Há também um contágio psíquico, que nada fica a dever ao contágio biológico e que se expressa sob a forma de informações e de boatos, em função dos quais as pessoas adotam práticas às vezes inesperadas. É o que mostram notícias vindas de Londres, de Utah (EUA), do Canadá, e de outros lugares: pais estão organizando o que se chama de flu parties, festas da gripe. Trata-se do seguinte: se uma criança está com a gripe suína, faz-se, na casa dessa criança, uma festa, para a qual são convidadas outras crianças. Mas e o risco do contágio?, vocês perguntarão. Não importa. Ao contrário, o objetivo da festa é exatamente fazer com que as crianças tenham gripe.

  • Palavra mágica

    O Ministério do Trabalho desativou temporariamente o sistema de consulta ao seguro-desemprego na internet, após um usuário ter tido de digitar a palavra "vagabundo" no sistema de verificação do site do órgão. O internauta, que está sem trabalho, entrou no site para consultar sobre seu pedido de seguro-desemprego e, para prosseguir, teve de digitar a palavra no campo em branco. O site do ministério usa um sistema para verificar se quem está fazendo a consulta é uma pessoa ou um software. Segundo Jorge Henrique Fernandes, do departamento de Ciência da Computação da UnB, é possível que um hacker tenha invadido o sistema e alterado a lista de palavras. O Ministério pediu desculpas pelo inconveniente.Dinheiro, 16 de julho de 2009

  • E o buquê vai para -

    Flores de casamento causam acidente aéreo na Itália. A tradição de jogar buquês de flores durante casamentos causou a queda de um avião na Itália, segundo o jornal "Corriere della Sera". O acidente aconteceu no parque Montioni, na cidade de Suvereto, na Toscana. De acordo com a publicação, o casal de noivos contratou um pequeno avião para jogar o ramalhete de flores para as mulheres convidadas. As flores, no entanto, teriam sido sugadas pelo motor do avião no momento em que foram jogadas, causando um incêndio e uma explosão na aeronave. O avião acabou caindo nas proximidades do lugar. O piloto, Luciano Nannelli, 61, escapou sem ferimentos. No entanto, o passageiro Isidoro Pensieri, 44, que era o responsável por jogar o buquê para os convidados, sofreu traumatismos no crânio e na face e fraturas em ambas as pernas. Folha Online

  • Gripe: falar ou calar?

    O escritor Arthur Koestler, numa época famoso por seus romances de temática política, falava de um personagem que, dizia ele, tinha um curioso estrabismo intelectual: podia ver ao mesmo tempo a cara e a coroa da moeda, o lado positivo e o lado negativo de uma questão qualquer.

  • Gripe: transformando o limão em limonada

    Que a gripe iria se difundir é coisa que desde o princípio da pandemia estava óbvia. Trata-se de um vírus que simplesmente se beneficia do modo de vida moderno, sobretudo no que se refere a viagens e à convivência em grandes grupos, como acontece nas metrópoles. E a pergunta que se impõe é: o que dá para fazer?

  • Gripe & Sonho

    Esta gripe está tendo desdobramentos inesperados, proporcionando até oportunidade para que os assaltantes usem máscaras, o que pode fazer bem para a saúde deles, mas é um desastre para o bolso dos assaltados. E, falando em desdobramentos inesperados, olhem só o que escreveu na Folha de S. Paulo o Carlos Heitor Cony, grande escritor, grande jornalista e grande amigo. O título é “Scliar e Bush”: “O Moacyr Scliar, como excelente médico sanitarista, me ensinou que devia lavar as mãos cuidadosamente, várias vezes ao dia, para evitar entre outros males a gripe suína. Não bastava lavar a palma, é preciso lavar as costas da mão, os pulsos, o espaço entre os dedos. Na noite daquele dia, sonhei que estava no banheiro do restaurante Alcaparra, no Flamengo, e lavava as mãos rotineiramente quando entrou, nada mais, nada menos, do que o presidente George Bush, pai. Ele começou a lavar as mãos, na pia dele não havia sabonete, pediu-me o que estava comigo. Passei-lhe o sabonete e ele lavou as mãos com esmero, seguindo os conselhos do Moacyr Scliar e silenciosamente me reprovando o fato de não ter feito o mesmo. O sonho terminou aí, mas passei o dia meditando sobre o insuportável destino humano, que faz um cidadão misturar o Scliar e o Bush pai na sequência de um mesmo sonho. Tenho certeza de que o Scliar não mantém qualquer tipo de relação com o ex-presidente. Penso no meu querido amigo Scliar, preocupado com a minha saúde e com a saúde da plebe em geral. Nunca pensei em Bush, nem no pai, nem no filho nem no espírito deles”. E termina o Cony: “Como fui misturar tudo isso num sonho que me obrigou não somente a lavar as mãos novamente, mas a alma, o coração e o gesto?”.

  • Mito e evidência

    Para muitas pessoas, e sobretudo para aquelas pessoas que estão doentes, o corpo humano é como a caixa de Pandora aquela que, segundo a lenda, continha todos os males do mundo. A alusão à mitologia grega, aliás, é mais que apropriada. O mito é uma narrativa fantasiosa que, no entanto, cumpre uma função: serve para proporcionar uma explicação para coisas que nos parecem obscuras, deste modo acalmando nossa ansiedade. Ora, doença é uma dessas coisas. A gente sabe que alguma coisa funciona mal em nosso organismo, mas que coisa é essa? Será grave ou banal? Como fazer para resolver o problema?

  • Aprendendo com a professora

    "MEU FILHO : escrevo-te esta carta -carta, não e-mail: sou uma pessoa antiga- no meu duplo papel de mãe e professora. Sua mãe, sempre fui; sua professora, apenas por um ano, na pequena escola em que você cursou o que se chamava, na época, de curso primário. Faz muito tempo que isso aconteceu, quase 40 anos, mas devo lhe dizer que lembro de tudo, de cada aula que lhe dei.

  • Dor fantasma

    A dor fantasma, aquela dor sentida pela pessoa numa parte do corpo que não mais existe (por exemplo, uma perna amputada) é um intrigante e penoso fenômeno conhecido desde a antiguidade. Por razões óbvias era sempre mais notado depois de guerras, quando o número de amputados crescia muito. Foi assim que, após a guerra civil americana, o famoso neurologista Silas Weir Mitchell observando que “milhares de membros fantasmas estavam perseguindo e atormentando muitos bons soldados” cunhou a expressão. Mas Mitchell ficou tão perturbado pela estranha situação que publicou seu relato não numa publicação científica, mas num pequeno jornal, e mesmo assim sob pseudônimo.