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Sul-América e árabes

 

A idéia que fez sucesso nos meados do século passado foi a do Mercado Comum Europeu, ou a abolição das aduanas para a circulação de mercadorias, e, paralelamente, a abolição dos vistos em passaportes, ficando o viajante, homem de negócio ou turistas desobrigado a ter o passaporte de uma das nações que integram o mercado comum.


O primeiro tratado foi assinado em Roma, em 1944, por seis nações. O progresso que se assinalou durante cinqüenta anos foi fantástico, para usar um adjetivo muito repetido nesse tempo. As nações que integraram o Mercado Comum Europeu e as que vieram depois deram origem à União Européia, hoje florescente.


Foi esse exemplo que se multiplicou e a idéia inicial prolongou-se por todo o mundo, iniciando um processo ainda pouco vigoroso da mundialização ou, como querem outros, a globalização. A União Européia vai acabar por unir todas as nações da Europa, ou quase todas, que desejam participar da moeda geral, EU, denominada Euro, e as alfândegas desapareceram das mercadorias, que circulam segundo os interesses de cada nação, enquanto não se cria uma espécie de Estados Unidos, guardando, cada nação a sua história, o seu hino, a sua bandeira e as suas instituições. Uma formidável iniciativa, que vingou.


Com esse espírito, realizou-se em Brasília uma reunião de países da América do Sul e de países árabes, num total de 85, número alto para uma reunião inicial. Que, por isso mesmo, deverá provocar outras e, antes da Alca, ter a Árabe-América do Sul pronta para responder aos interesses de cada membro.


Sempre defendemos o Mercado Comum Europeu e, posteriormente, a União Européia, uma extraordinária realidade, e outras uniões, inclusive a Alca, ainda em gérmem, mas, sem dúvida, fadada a vir a ser realidade nos próximos anos, por assim o quererem os árabes e a América.


Estamos portanto, diante de uma idéia que frutificou e trouxe, em seu bojo, o desenvolvimento de todos os membros, hoje nações prósperas. A reunião dos sul-americanos com os árabes deverá ter o mesmo destino.


 




Diário do Comércio (São Paulo) 17/05/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 17/05/2005