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A derrota da seleção

 

Venho, também, dar a minha opinião sobre a derrota da Seleção. Essa deveria ser gloriosa do primeiro ao último jogo e, gloriosamente, trazer para o Brasil a cobiçada Copa, para qual foram gastos milhões de dólares no preparo dos jogadores para o grande embate na Alemanha. Os torcedores já faziam sonhos sobre as vitórias a serem registradas, cada qual com sua característica diante de dada necessidade: o grande final da gloriosa seleção brasileira. Mas, viu-se no jogo contra a França que somos uma fraca equipe, que não sabe atacar e nem defender, contra uma seleção que soube, ganhando o jogo que nos mandou de volta para o Brasil.


Evidentemente, essa volta para o Brasil é acompanhada de registro seguido das opiniões sobre a derrota, suas causas e seus efeitos, a começar pelo técnico Parreira, mal avisado e ressentido, que não teve a glória de seus antecessores, as vitórias alcançadas pela gloriosa equipe verde-amarela. Não poderia ser diferente, pois a crise interna de que sofre o Brasil na política teria que se notar, como se notou, no principal esporte, sedução do povo brasileiro.


Sofre com essa derrota na Alemanha, portanto, o lazer do brasileiro, que fica desatualizado nas suas relações externas com os clubes e as equipes que empregam os jogadores brasileiros a preços elevadíssimos. Diz-se que há males que vêm para o bem. É esse o ditado, mas nem sempre ele se verifica. Perdemos mais de uma vez quando podíamos trazer a Copa para casa, e não a trouxemos por incompetência e por erros graves cometidos pela direção do futebol e entre os cartolas. Valha-nos a derrota como um conselho que, no entanto, não será aproveitado, pois os jogadores têm sua receita garantida, e bem alta, pouco se importando com a derrota na Alemanha, de maneira gravíssima, o que não servirá para acomodar os moços que jogaram à lição que lhes foi prestada nos estádios da Alemanha.


 


Diario do Comercio (São Paulo) 04/07/2006

Diario do Comercio (São Paulo), 04/07/2006