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A aftosa amplia nosso passivo

 

Direto ao alvo, como lhe convinha, foi o ministro Roberto Rodrigues. Taxativamente afirmou, coberto de razão: " Ou o Brasil mata a aftosa ou a aftosa mata o Brasil ".


Estamos vendo no problema da febre aftosa que o Brasil se desprepara, aleivosamente para ser uma grande potência, post-emergente em um futuro não distante. A febre aftosa é mais que conhecida de todos os agrônomos e nos vemos na situação crítica e penosa de um país que não tem noção de como deve proteger seus recursos econômicos.


Vivemos no mundo da comunicação e da informação. Tão logo foi divulgada a presença da febre aftosa em rebanhos do Mato Grosso do Sul, os importadores europeus suspenderam imediatamente as encomendas de carne, deixando-nos em suspenso, num vazio irremediável de centenas de milhões de dólares, prova da desídia do governo. A aftosa não enfrentada previamente como deveria é um mal que devemos contar no nosso passivo.


O Brasil deu um grande salto no export-drive , passamos a ser grandes exportadores, recuperando o tempo perdido no tempo do governo de Fernando Henrique e no início do atual governo. Fomos bem sucedidos e graças aos ministros da Agricultura e do Comércio a nossa balança comercial passou a ser positiva e o país um exportador de variado elenco.


É uma situação positiva, além de honrosa, pois competimos vantajosamente com exportadores tradicionais. Não podemos perder esta posição, duramente conquistada, daí dizermos que a aftosa é uma ameaça ao nosso comércio exterior, e uma ameaça, também, ao nosso balanço de pagamentos, pois só agora perdemos centenas de milhões de dólares em encomendas garantidas.


Esse é um problema a ser enfrentado com vigor pelos ministros, notoriamente capazes. Eles precisam de apoio imediato e sem negativas.




Diário do Comércio (São Paulo) 14/10/2005

Diário do Comércio (São Paulo), 14/10/2005