
Monkey Business
[2]Pinturas de macaco alcançam R$ 61 mil. Três quadros feitos pelo chimpanzé Congo foram arrematados em leilão pelo norte- americano Howard Hong. Mundo, 22.06.2005
Pinturas de macaco alcançam R$ 61 mil. Três quadros feitos pelo chimpanzé Congo foram arrematados em leilão pelo norte- americano Howard Hong. Mundo, 22.06.2005
Os comentaristas e os observadores, até mesmo os neutros, não escondem sua desconfiança no propósito da Câmara dos Deputados.
Jorge Amado, de quem pelo resto da vida me sentirei órfão, sempre me ensinava alguma coisa, às vezes obliquamente, com uma ironiazinha amistosa e divertida (agora me questiono, desculpem estes parênteses mal colocados, sei que abuso: pensei em escrever “amorosa” e aí usei “amistosa”, mas mandam a honestidade e a vergonha confessar que foi porque não quis me expor a piadinhas que na verdade refletiriam grossura ou má vontade da parte de seu autor e que, por que não dizer, eu estava agindo preconceituosamente, pois posso perfeitamente descrever meu relacionamento com ele como de amor fraterno, que eu tinha por ele e sabia que ele tinha por mim e portanto refaço o que ia fazer): Jorge Amado às vezes me passava ensinamentos com uma ironiazinha amorosa e divertida, volta e meia expressa apenas em gestos, mas quase sempre com histórias que eram meio parábolas. Ou então, sabedor de que meninos como eu e muitos outros o viam como sábio, exemplo de grande artista e a encarnação da generosidade, dava lições mesmo. Tenho-as bem estocadas na cabeça e consigo fazer uso de algumas, porquanto para outras careço da necessária categoria.
HOJE ESTÁ CHOVENDO MUITO E A temperatura está perto de 3º C. Resolvi andar - acho que se não ando todos os dias, não consigo trabalhar direito - mas o vento também está forte, e voltei para o carro depois de dez minutos. Peguei o jornal na caixa de correios, nada de importante - exceto as coisas que os jornalistas decidiram que devemos saber, acompanhar, tomar posição a respeito. Vou para o computador ler as mensagens eletrônicas.
O encontro com Oswaldo Siciliano, na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, foi aquecido pela estranheza com que vemos, cada qual do seu ângulo, parte da nossa juventude a utilizar o seu tempo, no emprego do computador, com uma língua desconhecida para o comum dos mortais.
Instalou-se o Conselho Nacional de Magistratura, como conquista sofrida, e não menos determinada, do aperfeiçoamento institucional do País. Tratava-se de reconhecer, de vez, o princípio talvez mais difícil para se lograr esta funcionalização das estruturas de poder, em bem das reais e diferentes prestações do Estado. Entregue, tão-só, às próprias corporações, este exercício se endurece na letargia inevitável de sua inércia e, sobretudo, nos facilitários ou nas indulgências que o administram.
Quando eu tinha 17 anos, concorri em um concurso de reportagem dos "Diários Associados" do Maranhão.
Quem está em cena deve ter o maior cuidado com sua postura, para não provocar reações contrárias aos seus objetivos, principalmente políticos.
Interessa, sem dúvida, a classificação do Brasil como nação emergente, com vastíssimas possibilidades econômicas, com excelente campo de investimentos. Mas interessa, também, como nação aberta aos ventos da História e ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia, das artes e das letras. Enfim, interessa, de par com outros domínios da cultura, que saiamos, o mais depressa possível, do provincianismo. Que é a nossa principal característica como nação.
Conheci Carlos Castello Branco na casa de meus pais, há mais de meio século, quando as luzes da ribalta parlamentar focaliza- vam intensamente o deputado Afonso Arinos. Lembro-me de uma noite na qual Castello, com seus colegas Odylo Costa, filho e Villas-Bôas Corrêa, aguardou, com paciência evangélica, o fim de um rompante do líder oposicio-nista, a deblaterar contra a imprensa, inconformado com insinuações de que um discurso, feito por ele em torno de apelo do presidente Vargas à oposição para apoiar seu projeto de reforma administrativa, teria propósitos adesistas. Terminado o destampatório, os três amigos recolheram do deputado, já sereno, declarações que contornaram a crise política esboçada.
Foi um grande amigo de Lula, companheiro mesmo de jornadas sindicais, Sua Eminência Cardeal Arns, quem escreveu que, infelizmente, o presidente não estava preparado para assumir a Presidência, que é muito complexa para quem nunca exerceu função pública.
O centenário da morte de José do Patrocínio, que ocorre este ano, está sendo comemorado pela Academia Brasileira de Letras, de que ele foi membro fundador, tendo nela ocupado a cadeira nº 21 (seus sucessores foram Mário de Alencar, Olegário Mariano, Álvaro Moreyra, Adonias Filho, Dias Gomes e Roberto Campos, nela se encontrando atualmente Paulo Coelho).
A influente e milionária revista The Economist trouxe num de seus números passados uma nota qualificando a Itália como homem doente da Europa. Essa expressão foi cunhada antes da Primeira Guerra Mundial por um político, se bem me lembro inglês, mas cujo nome me escapa.
Uma americana de 55 anos ganhou duas vezes na loteria no espaço de cinco meses no Estado da Pensilvânia -uma coincidência cuja chance de acontecer é de 1 em 419 milhões. Donna Goeppert ganhou US$ 1 milhão (R$ 2,43 milhões) em cada vez que foi premiada pela loteria da Pensilvânia. Folha Online, 16.06.2005
A mais antiga eleição de que me lembro foi a que selou o destino da República Velha, ou perrepista.
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