
Hiroshima, meu amor
[2]O risco de explosões nucleares, nessa guerra da Ucrânia, volta nossos olhos para o passado. E começo por lembrar que Robert Oppenheimer passava horas vendo barcos navegar sem pressa, poeticamente, no Rio Potomac. Era uma pessoa sensível. Não só ele. O grupo do Projeto Manhattan gostava, especialmente, de ouvir música romântica - como o Fausto, de Gounoud. E de ver balé - como O Aprendiz de Feiticeiro, que assistiram um mês antes de explodir Hiroshima. Como se fosse premonição.