
A cientista política Maria Celina D’Araujo, do Departamento de Sociologia e Política da PUC-RJ, analisando a composição dos altos cargos públicos no Brasil tendo como foco o perfil político, econômico e social dos ocupantes de cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS) níveis 5 e 6, nos governos Fernando Henrique e Lula, chega à conclusão de que, embora a partidarização tenha sido maior no governo Lula, e a conexão entre serviço público, filiação sindical e partidária reflita-se mais intensamente na nomeação dos dirigentes públicos quando o PT está no poder, em ambos os governos “é alta a qualificação técnica e acadêmica dos dirigentes públicos, bem como sua experiência profissional”.
Um grande diferencial entre os governos Fernando Henrique e Lula, detectado pelo estudo da cientista política Maria Celina D"Araujo, professora do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, está relacionado ao tema partidário.
Uma vez falei aqui contra a chamada lei da palmada e fiquei com medo de sofrer uma tentativa de linchamento. Falei contra a lei e não a favor da palmada, mas fui amplamente descrito como um primitivo nordestino, defensor da tortura de criancinhas. Então acho que devo esclarecer que apanhei bastante em pequeno e até admito que o muito que há de torto em minha cabeça possa ser ligado a essas tundas, que iam bastante além de palmadas, em detalhes que não me dá gosto lembrar. No meu currículo, arrolam-se chinelos, tamancos, cabos de escovas, palmatórias (não só em casa, mas também na escola da professora Madalena, em Itaparica), cinturões de todos os materiais, beliscões, puxavantes de orelha, um ocasional cachação e aparentados.
É possível que muita gente tenha recordações do Natal. Não faço exceção à regra. Passei um Natal preso numa cela do Batalhão de Guardas, em São Cristóvão. Lembro de um pôster enorme que o comandante me mandou, um Papai Noel muito gordo e risonho. -o bom velhinho me desejava felicidades e me aconselhava a tomar um refrigerante que detesto.
Encontro um amigo por acaso, em Copacabana, havia muito que não nos víamos, começamos a contar o que estávamos fazendo ou o que pretendíamos fazer. Nisso passou por nós um conhecido comum, cumprimentou-nos à distância e se perdeu no turbilhão da Galeria Alaska.
A observação é de Euclides da Cunha "É difícil lidar com a saudade? Cuidado com a saudade". A saúde é fogo lento. A dor do fogo vai queimando o coração, devagarinho.
Creio ter violentado uma das regras fundamentais do ofício que exerço por equívoco há mais de 60 anos. Equívoco meu e dos outros. Por vontade própria, jamais seria jornalista ou escritor. A soma de circunstâncias desfavoráveis é que me levou a ser o que sou.
Recebemos de um leitor desta coluna que atua na imprensa carioca a seguinte pergunta: “Como o novo Acordo resolveu a grafia do nome da República da Ásia meridional, integrante da Comunidade britânica: Singapura ou Cingapura?”
Volta o hífen a preocupar alguns de nossos caros leitores. Um deles deseja saber como deve escrever tipos de chá, como chá amarelo, chá branco, chá vermelho, pois não os encontra registrados no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), que só inclui chá-preto e chá-verde hifenados.
Acerca da grafia dos nomes geográficos, os topônimos, assim se pronuncia Gonçalves Viana, no livro “Ortografia Nacional” (Lisboa, 1904): “A maior parte da antiga nomenclatura que usaram os nossos escritores desde o século XV, e mesmo antes até o princípio do século passado, vai caindo em desuso ou sendo menosprezada, não se tendo na devida conta que esse vocabulário e as formas genuinamente portuguesas de nomes próprios de mares, de rios, de terras, de povoações, de quaisquer localidades enfim, fazem parte essencial do léxico nacional, tão essencial como as demais dições da língua pátria. A maioria, senão todos os compêndios empregados no ensino geográfico vêm inçados de denominações estrangeiras ou estrangeiradas, malformadas umas, falsas outras, ilegíveis muitas delas, e não poucas inúteis por já existirem na língua outras, ou melhor autorizadas por bons escritores nossos, ou mais conformes com a índole e particularidades de pronúncia do idioma que falamos e sua ortografia tradicional, cujas feições típicas são característico nacional de tamanha valia como outro qualquer dos que nos diferençam dos demais povos.”(p.227).
O livro “Privataria tucana”, da Geração Editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr, é um sucesso de propaganda política do chamado marketing viral, utilizando-se dos novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca para criar um clima de mistério em torno de suas denúncias supostamente bombásticas, baseadas em “documentos, muitos documentos”, como definiu um desses blogueiros em uma entrevista com o autor do livro.
Se é verdade que a sociedade civil é fruto de uma utopia do Iluminismo e, por isso mesmo, habitada pela incompletude e pela incessante revisão de seus princípios, no caso brasileiro as lacunas parecem abismos e reclamam maiores cuidados. O ano termina com a sofrida renovação das pastas ministeriais, a criação do PSD e a volta de conhecido representante do Pará ao Senado Federal.
O prepotente arbítrio do regime autoritário implantado em nosso país em 1964 obrigou Juscelino Kubitschek a trilhar o caminho do exílio. Esse período da sua vida é menos conhecido, pois o foco generalizado das lembranças da sua trajetória são, muito compreensivelmente, os "anos dourados" da sua Presidência (1956-1961), na qual soube combinar democracia e desenvolvimento, descortinando, de maneira duradoura, novos horizontes para o País.
Links
[1] https://www.academia.org.br/galeria/4o-ciclo-2011-146-dinah-silveira-de-queiroz-100-anos
[2] https://www.academia.org.br/galeria/4o-ciclo-2011-76-afranio-coutinho-100-anos
[3] https://www.academia.org.br/academicos/merval-pereira
[4] https://www.academia.org.br/artigos/retrato-da-burocracia
[5] https://www.academia.org.br/artigos/o-partido-no-poder
[6] https://www.academia.org.br/academicos/joao-ubaldo-ribeiro
[7] https://www.academia.org.br/artigos/protegendo-criancas
[8] https://www.academia.org.br/academicos/carlos-heitor-cony
[9] https://www.academia.org.br/artigos/noite-infeliz
[10] https://www.academia.org.br/artigos/galeria-alaska
[11] https://www.academia.org.br/academicos/marcos-vinicios-rodrigues-vilaca
[12] https://www.academia.org.br/artigos/cuidado-com-saudade
[13] https://www.academia.org.br/artigos/o-vermelho-e-o-negro
[14] https://www.academia.org.br/academicos/evanildo-bechara
[15] https://www.academia.org.br/artigos/singapura-ou-cingapura
[16] https://www.academia.org.br/artigos/mais-alguns-casos-de-hifen
[17] https://www.academia.org.br/artigos/singapura-ou-cingapura-cont
[18] https://www.academia.org.br/artigos/ficcao-do-amaury
[19] https://www.academia.org.br/academicos/marco-lucchesi
[20] https://www.academia.org.br/artigos/reforma-politica-1
[21] https://www.academia.org.br/academicos/celso-lafer
[22] https://www.academia.org.br/artigos/jk-e-o-exilio
[23] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1599
[24] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1596
[25] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1597
[26] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1598
[27] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1601
[28] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1602
[29] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1603
[30] https://www.academia.org.br/pesquisar?type=All&page=1604