Há duas semanas a imprensa vem trazendo ao conhecimento de todos nós, críticas contundentes ao livro didático apoiado pelo Ministério da Educação, que declara em alto e bom som que seus leitores, adultos e jovens alunos, podem dizer “nós pega o peixe” ou “Os livro ilustrado mais interessante estão emprestado". Diante de tanto barulho e de tanta crítica saída dos mais variados setores da sociedade, alguns leitores desta nossa coluna insistem em que comentemos as lições do livro “Por uma vida melhor", cujo capítulo 1 da Unidade 1—Língua Portuguesa— foi preparado pela professora Heloísa Ramos e trata do tema "Escrever é diferente de falar", assunto que se estende pelas páginas 11 a 27. Por mais que tentássemos obter a obra para ter uma ideia mais extensa das lições e da metodologia empregada, não nos foi possível consegui-lo,de modo que nosso comentário se restringirá ao capítulo que deu origem às aludidas críticas. Partindo da tese central de que “escrever é diferente de falar”, encontra a Autora oportunidade para estabelecer a distinção do aprendizado da língua falada [aprende-se a falar a língua materna “espontaneamente, ouvindo os adultos falarem ao seu redor”] e da língua escrita [que “exige um aprendizado formal”(...). “Alguém se dispõe a ensinar e alguém se dispõe a aprender” (...) “Geralmente há local, momento e material próprios para isso”] (pág. 11).