[1] Amor de perdição
[2]Amor de Perdição foi livro que li na juventude e que ficou para sempre. Festejamos os 150 anos da primeira edição e o livro está canonizado.
[1] Amor de Perdição foi livro que li na juventude e que ficou para sempre. Festejamos os 150 anos da primeira edição e o livro está canonizado.
[3] Dos fatos dos últimos dias, podemos selecionar vários que retratam à perfeição nossos tempos que, na definição de Eduardo Portella, são de “baixa modernidade”. Dois são exemplares, não apenas pelos protagonistas, mas pela maneira ligeira com que assuntos de Estado são tratados. Não por acaso, o modo petista de governar está na origem dos dois acontecimentos.
[3] Temos visto, uns após outros, casos de corrupção que mostram não apenas que o patrimonialismo continua sendo o cupim de nossa democracia como também que estamos vivendo uma época de desestruturação de valores da cidadania. Essa politização exacerbada na escolha dos componentes da máquina do Estado, que leva o aparelhamento político a níveis os mais profundos, pode chegar até ao Supremo Tribunal Federal como revela a recente entrevista do ministro Luiz Fux à “Folha de S. Paulo”.
[6] A discussão em torno da sobrevivência (e por quanto tempo) da mídia impressa tornou-se secundária. Isso porque os estudiosos confiam que, ao longo de muitos anos, haverá uma convivência harmônica das mídias impressa e eletrônica. A reforma recente do jornal O Globo, por exemplo, é muito sintomática. Foram gastos milhões na versão impressa, sinal de confiança no futuro.
[3] As questões conceituais mais polêmicas suscitadas pelo julgamento do mensalão foram passadas a limpo ontem na 50ª sessão, que deveria ser a penúltima. Não é possível, no entanto, apostar que hoje os ministros consigam encerrar temas também decisivos, como a perda de mandato dos deputados condenados, e por isso o presidente Joaquim Barbosa já convocou preventivamente uma sessão extra para segunda-feira.
[3] Não há dúvidas de que a presidente Dilma “deu uma trucada” na oposição com a proposta de redução da tarifa de energia elétrica, deixando os governos tucanos de São Paulo, Minas e Paraná e o pessedista com alma democrata de Santa Catarina em situação política complicada. Ao recusar o acordo do governo federal de renovação de concessões a preços mais baixos, os oposicionistas estão sendo identificados pela presidente como “insensíveis”, contrários, em suma, aos interesses da população.
[10] Da mesma forma que o Bar de Espanha, o Mercado Municipal Santa Luzia, em Itaparica, sempre foi palco de debates sobre todos os assuntos, de biológicos a políticos. Entre suas paredes, ainda ecoam discursos de Piroca Vieira, que denunciava tudo, todos e todas, conferências de Sete Ratos, que testemunhou várias vezes jararacas cruzando com caramurus, narrativas autobiográficas de Gueba, onde ele sempre provava que todo mundo é avariado da ideia, e um sem-número de lembranças de afamados tribunos conterrâneos que já se foram. Os saudosistas se queixam que, depois do desaparecimento de vultos dessa estatura, o Mercado nunca mais foi o ágora de antigamente. Comparado ao dos velhos tempos, hoje seria até uma pasmaceira completa.
[12] À margem dos comentários e do impacto causados pelas transmissões do STF no julgamento do mensalão, surgiu uma pequena e ociosa questão: valeu a pena o espetáculo em si, os debates, uma ou outra discussão mais violenta a respeito da culpa ou da inocência dos réus?
[3] Agora mesmo em Berlim, perguntado se havia se surpreendido com as revelações da operação Porto Seguro, o ex-presidente, sempre tão falante, saiu-se com uma resposta lacônica: “Não, não fui surpreendido”, que tanto pode significar que considera normal esse tipo de ação da Polícia Federal, como que sabia o que estava acontecendo na representação da Presidência em São Paulo, que ele frequentava com assiduidade.
[12] Estamos numa boa em termos institucionais. Com a briga entre o Supremo Tribunal Federal e a Câmara dos Deputados, parece que, desta vez, vamos àquilo que antigamente diziam ser as "vias de fato".
[16] O horror de Newtown parece ter chegadoao clímax da tolerância com a violênciaindiscriminada, lavrada noseio da mais rica nação do mundo.Repetiram-se os cenários de Columbine, Wiscosine Arkansas, a fazer das escolas infantis o alvodos repentes do agressor anônimo e delirantementedeterminado. Mais que, ainda, à revulsão, o que vimos foi a entrada de todo o país nomais fundo de sua religiosidade, entre a oração e a busca do consolo, e não há precedentes —acredita-se — do desfile das religiões e suas mensagens na cerimônia de adeus. Não faltaram, sequer, os Bahá'ís e liturgias onde avultavao comando dos luteranos, ao lado da nítida presençados católicos. Teor, por inteiro, ecumênico, o desse encontro da fé, e rematada pelo governadorde Connecticut, a preceder o chefe da Nação.
[12] Durante algum tempo, trabalhando na "Manchete", fazia previsões para o primeiro número de cada ano. Já tinham inventado um tal de Allan Richard Way, um indiano que morava em Londres numa casa em estilo Tudor. Acrescentei ao personagem um detalhe esclarecedor: era o único vidente cego da história humana.
[6] Tínhamos tudo para caminhar serenamente, em nosso país, na implantação do Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa. Ele foi aceito por todas as camadas da nossa população, mas no último minuto, quando o jogo parecia ganho, o Governo fez um gol contra, adiando o início para 2016, de forma incompreensível para os brasileiros. Embora parecesse pacífica a implementação do Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa, na sua versão de 1990, a comunidade lusófona reagiu de maneira diferente. O Brasil aderiu com entusiasmo a essa ideia desimplificação. A partir de 2013 todos os seus instrumentos de comunicação, como jornais, revistas, livros e emissoras de rádio e televisão obedecerão aos ditames do Acordo, sacramentado pelo ex-presidente Lula, em 2008, numa simpática cerimônia, simbolicamente realizada na sede da Academia Brasileira de Letras. O mesmo, infelizmente, não está ocorrendo em Portugal e nas nações luso-africanas. Há fortes reações, com argumentos inaceitáveis: o Brasil estaria exercendo uma forma de neocolonialismo, querendo impor a sua vontade cultural. Alguns jornais portugueses, como Correio da Manhã, Jornal de Notícias, Público, i, Diário Econômico e Jornal de Negócios, além da revista Sábado, desrespeitam o Acordo e agem como se estivessem com a corda no pescoço. Não existe o consenso social mínimo em torno do assunto. Um bom número de intelectuais protesta contra o que eles classificam como “empobrecimento da língua portuguesa”. A Faculdade de Letras de Lisboa está na linha do que se pode classificar como desacordo. O jornal “Público” anuncia com entusiasmo que o governo brasileiro estaria para dar uma volta e conceder um prazo de mais seis anos para tornar obrigatórios todos os postulados. Não é o que se espera. Livros, jornais e revistas circulam de acordo com as novas regras, com a expectativa de que assim será possível sonhar com a oficialização do nosso idioma na Organização das Nações Unidas, uma velha reivindicação estratégica, que se liga ao pedido para que tenhamos assento permanente no Conselho de Segurança da entidade. O curioso, nessa história toda, é que o Acordo contempla a maioria dos itens da Reforma de 1945, que recebemos de Portugal. Não se mexe na forma de falar, garantindo-se a individualidade dos sotaques (prosódia). A quantidade de palavras mexidas é mínima (menos de 3% dos termos usuais) e a grita pode esconder interesses econômicos disfarçados: o medo de o Brasil, com isso, procurar a conquista de novos mercados no exterior para os seus livros, por exemplo. O que há de concreto é a decisão política de simplificar o idioma de Camões, aliás, hoje mais fácil de entender pela semelhança com o português que praticamos. O ano de 2013 será marcado pela adoção plena, pelos 200 milhões de brasileiros, de uma grafia simplificadora, apesar dos embaraços com que ainda nos deparamos diante dos hífens traiçoeiros. Mas isso é questão de tempo.
[6] Foi uma cerimônia muito bonita, na Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro. O presidente Antenor Barros Leal e o responsável pela Comissão de Educação da ACERJ, professor Celso Niskier, entregaram a personalidades o Troféu Barão de Mauá, que celebra belos feitos realizados em favor da nossa educação. Entre eles, o projeto “Dupla Escola” desenvolvido pelo Secretário de Estado de Educação, Wilson Risolia. Trata-se de uma das jóias da coroa do Governo do Estado, celebrando o crescimento de forma integrada, unindo escolas e empresas do Rio de Janeiro. O novo modelo, ligado à educação profissional, dá certificados de ensino médio e propõe aos alunos, ao mesmo tempo, o ideal da qualificação profissional. Conhecemos desde a origem a parceria do Colégio Estadual José Leite Lopes, na Tijuca, com o Instituto Oi Futuro. O ensino integra disciplinas com base na educação profissional e foco voltado para a florescente indústria de jogos eletrônicos. Foi o início de um processo, depois ampliado, abrangendo outras escolas, como o Colégio Estadual Valentim dos Santos Diniz, mantido pelo Instituto Grupo Pão de Açúcar em São Gonçalo, e o C.E. Erich Heine, que recebe subsídios da Thyssen Krupp CSA. Na primeira instituição os jovens são capacitados nas áreas de Leite e Derivados e Panificação através do Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos (NATA). São atendidos cerca de 600 alunos. De que maneira se promove o trabalho? A escola cumpre o seu papel e como sempre faltam recursos para a contratação de mão de obra qualificada, as empresas parceiras cuidam dessa parte. É uma forma de dar nova vida ao ensino médio oficial. Esse projeto ganhou divulgação e será ampliado pela SEDUC, como é desejo do titular da pasta da Educação: “Assim, os alunos permanecem mais tempo na escola e passam por momentos agradáveis e produtivos, trocando experiências.” Outras escolas caminham no mesmo sentido. A experiência ganhou vida no C.I.E. Miécimo da Silva, em Campo Grande, onde há cursos integrados de Edificações, Informática e Administração, com bons laboratórios, e também no C.E. Dom Pedro II, de Petrópolis, que desenvolve cursos para a produção de vídeo e áudio. Como o movimento cresce de forma segura, podem ser assinalados êxitos também no C.E. Agrícola Almirante Ernani do Amaral Peixoto, em Magé, no C.E.Infante D. Henrique, tradicional escola de Copacabana, onde há cursos de Turismo e Hotelaria, e no C.E.Agrícola Rei Alberto I, de Friburgo, que ministra Dupla Escola em Administração, além do tradicional curso de Agropecuária. A consequência de todas essas providências é que os exames nacionais de avaliação da rede pública fluminense assinalam incremento qualitativo, o que anima bastante os seus dirigentes. Estão ficando para trás os tempos do desânimo e vive-se uma nova perspectiva de expansão, em todos os sentidos.
[3] Já é um absurdo que deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal continuem exercendo seus mandatos como se nada tivesse acontecido. Há vários casos desses na Câmara em Brasília. Absurdo maior, no entanto, é dar posse a um suplente condenado pela última instância do Judiciário por corrupção ativa e formação de quadrilha. A posse do ex-presidente do PT José Genoino é absolutamente legal, pois o processo ainda não transitou em julgado, mas é totalmente aética e revela, ao mesmo tempo, a falta de compromisso do PT e da própria Câmara com o exercício da política no sentido mais alto, definido como a busca do bem comum, priorizando interesses particulares e corporativos.
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