
O que fiz nas férias
[2]“Regresso de Itaparica com o ânimo elevado, não só pelo que lá vi como pelo que vejo cá”
“Regresso de Itaparica com o ânimo elevado, não só pelo que lá vi como pelo que vejo cá”
Muitas vezes, tentamos distorcer os vários sinais que a vida nos dá. Mesmo assim, esses sinais parecem concordar com o que queremos fazer. O conto a seguir dá um bom exemplo a respeito da situação que escrevo: “Cresus, o rei da Lídia, estava decidido a atacar os persas, mas resolveu consultar um oráculo para ter certeza de não se arrepender depois. ‘Você está destinado a destruir um grande império’, disse o oráculo, para a surpresa do rei. Contente, Cresus declarou guerra. Dias depois, a Lídia foi invadida pelos persas. Cresus foi preso. Triste, o rei pediu a um embaixador que voltasse ao oráculo. O objetivo era dizer que tinham sido enganados. ‘Vocês não foram enganados. Vocês destruíram um grande império: a Lídia’, disse o oráculo”.
Fazer alguma coisa? Mas fazer o quê? Liloca tinha uma resposta: vamos tomar o poder. Vamos nos apossar do país do recall
O estouro das Bolsas de Valores foi o grande assunto da semana finda, pois se sabia já dos rumores de unificação das Bolsas (Bolsa de Valores de São Paulo _ Bovespa _ e Bolsa de Mercadorias & Futuros). Com pressa, se identificou o interesse em unificar as atividades para melhor atender os clientes que aumentam continuamente.
No sábado, 8 de dezembro de 1956, dediquei meu artigo de crítica literária semanal ao livro "Grande sertão: Veredas", de João Guimarães Rosa, que fora lançado pela Editora José Olympio em setembro-outubro do mesmo ano. Recebi, na semana seguinte, telefonema de José Olympio abraçando-me: era a primeira análise do livro saída na imprensa.
RIO DE JANEIRO - Faz tempo, dirigindo um carro em Montevidéu, cometi uma barbeiragem qualquer e me chamaram de "anormal". Nem dei bola. Não aprecio normas, não as tenho nem as cultivo. Mas outro dia, numa rua aqui do Rio, enfrentando um congestionamento, ultrapassei sem poder uma fila e me chamaram de "palhaço".
A opinião pública americana apenas começa a se dar conta da vastidão do seu protagonismo no avanço de Obama nas prévias presidenciais. O debate no Texas mostrou que o público sabe o que quer ouvir, independentemente do que digam os candidatos. O que está em causa é esse arranque do inconsciente coletivo americano a sacudir em toda profundidade de um status quo e as alternativas de um futuro, pós Reagan, entre as dinastias Bush e Clinton. Refuga o tosco physique de role texano bem como beautiful people kennedyano. O apoio à Obama pelo senador da clã soou como um beijo da morte, na rejeição do Massachusetts, ao gesto do obeso patriarca de uma legenda em que não quer também se reconhecer a nova América profunda, a arejar de futuros confortáveis e conhecidos.
A opinião pública americana apenas começa a se dar conta da vastidão do seu protagonismo no avanço de Obama nas prévias presidenciais. O debate no Texas mostrou que o público sabe o que quer ouvir, independentemente do que digam os candidatos. O que está em causa é esse arranque do inconsciente coletivo americano a sacudir em toda profundidade de um status quo e as alternativas de um futuro, pós Reagan, entre as dinastias Bush e Clinton. Refuga o tosco physique de role texano bem como beautiful people kennedyano. O apoio à Obama pelo senador da clã soou como um beijo da morte, na rejeição do Massachusetts, ao gesto do obeso patriarca de uma legenda em que não quer também se reconhecer a nova América profunda, a arejar de futuros confortáveis e conhecidos.
“Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto. [...] A vantagem dos míopes é enxergar onde as grandes vistas não pegam.”
RIO DE JANEIRO - Não, não me refiro àquele inimigo da alma: a Carne, que, junto com o Diabo e o Mundo, renunciamos no momento em que somos batizados. O padre pergunta ao recém-nascido se ele renuncia ao Diabo, ao Mundo e à Carne. Como o batizando ainda não fala, fala o padrinho, que renuncia ao Diabo, ao Mundo e à Carne em nome da criança. O padrinho funciona como uma espécie de laranja.
Estamos em plena fase de comemoração dos 400 anos do escritor e orador Antônio Vieira, religioso que foi uma das figuras mais importantes da nossa literatura. Numa das suas expressões mais felizes, o padre Vieira condenou a excessiva importação de termos estrangeiros (isso na época em que viveu), chegando a proclamar:
Um homem em busca da sabedoria resolveu ir para as montanhas, pois lhe disseram que a cada dois anos Deus aparecia ali. Durante o primeiro ano, comeu tudo o que a terra lhe oferecia. No final, a comida acabou e ele teve que retornar a cidade. “Deus é injusto!”, exclamou. “Não viu que fiquei aqui durante todo este tempo procurando ouvir sua voz? Agora tenho fome e volto sem escutá-lo”. Neste momento, um anjo apareceu. “Deus gostaria muito de conversar com você”, disse o anjo. “Durante um ano, lhe deu alimento. Ele esperava que você cuidasse de sua alimentação no próximo ano. Entretanto, o que foi que você plantou? Se um homem não é capaz de produzir frutos no lugar em que vive, não está preparado para conversar com Deus”.
Certa vez, o monge Tetsugen fez uma grande viagem pelo mundo para arrecadar dinheiro. Ele queria muito editar um livro em japonês com os versículos sagrados. Assim que conseguiu a quantia desejada, o Rio Uji transbordou. Olhando para os desabrigados, Tetsugen gastou todo o dinheiro arrecadado com o povo. E recomeçou a busca. Quando voltava, topou com uma grave epidemia de cólera, o que o fez novamente usar o dinheiro. Vinte anos depois, editou sete mil exemplares do livro. Dizem que Tetsugen fez três edições, sendo duas invisíveis.
O homem moderno quis, com o passar dos anos, eliminar todas as incertezas e dúvidas de sua vida. Agindo desta maneira, ele acabou deixando que sua alma morresse de fome, já que o espírito do ser humano se alimenta de mistérios. Não tenha medo de ser tachado como louco e faça hoje ou agora mesmo, se possível, alguma coisa que não combine inteiramente com a lógica de tudo o que você aprendeu ao longo da sua vida. Esta pequena coisa, por menor que seja, pode abrir as para você as portas para uma grande aventura, tanto humana quanto espiritual.
“Daí a pergunta que constantemente tem sido feita: qual o papel do setor público no ensino da medicina e no ensino universitário em geral?”
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