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[2]Tal como na televisão, as novelas da vida real são recorrentes, repetem-se com frequência mudando apenas alguns pormenores irrelevantes. O chassi é sempre o mesmo.
Tal como na televisão, as novelas da vida real são recorrentes, repetem-se com frequência mudando apenas alguns pormenores irrelevantes. O chassi é sempre o mesmo.
Lévi-Strauss, há 50 anos, disse no seu famoso "Tristes Trópicos" que o principal poluidor da Terra é o homem. Daí, talvez, pudéssemos retirar um aforismo: se é o homem o responsável pela poluição, seria ele que deveria acabar. Mas não é esse o problema, e sim o de salvar a natureza para o homem. Em 1972, fiz talvez o primeiro discurso no Parlamento brasileiro sobre ecologia, com uma visão científica e fora do ufanismo romântico das belezas naturais e sua conservação.
A Cidade espanhola de Castellón promove anualmente uma feira de casamentos com artigos para serem usados nas bodas. Este ano, os organizadores resolveram organizar um evento adicional: criaram um concurso que, durante os dias do evento, buscará a sogra perfeita.
Para o jurista Ives Gandra Martins, na solenidade de posse do professor Paulo Nathanael Pereira de Souza, na Academia Brasileira de Filosofia, “é de se ressaltar, na sua personalidade, aspectos que sempre admirei: filósofo, poeta e pater familiae. Paulo Nathanael sempre foi dotado da visão abrangente da filosofia como ciência do saber e do especular sobre as razões últimas da existência... Preparou gerações de jovens não só para a profissão, mas para a vida, tendo sido um dos idealizadores e presidente, desde muitos anos, da mais importante ONG nacional de preparação e colocação de estagiários no mercado de trabalho, ou seja, o CIEE.”
O Dr. Jekill era um médico competente. Acima de tudo, um homem decente. Mr. Hyde era um maníaco sexual que chegou a praticar crimes de morte. Os dois conviviam no mesmo indivíduo, a passagem do bem para o mal era a consequência de pesquisas em que o médico queria penetrar na alma humana.
O tema talvez esteja superado. Durante semanas, na seção das cartas dos leitores, discutiu-se a retirada dos crucifixos das salas de aulas dos colégios públicos, bem como dos tribunais e de outras repartições do Estado. O argumento principal, lembrado por todos os que defendiam a retirada, foi o constrangimento daqueles que, professando outras religiões ou não professando religião nenhuma, são obrigados a conviver com o símbolo maior de outra religião, não importa que seja a religião da maioria.
Como muitos, sempre achei Michael Jackson esquisito, para dizer o mínimo. Ali estava aquele cantor de enorme sucesso, ganhando uma grana sem tamanho, morando num absurdo lugar chamado Neverland (evocando a Terra do Nunca da história de Peter Pan, o menino que não queria ficar adulto); tentando branquear a própria pele, no que parecia uma tentativa de escapar à própria identidade, e, por último mas não menos importante, suspeito de pedofilia.
O apagão da semana colocou, entre outros temas, a discussão sobre a culpa e a responsabilidade pela pane no sistema de energia para todo o país. O governo está botando a culpa nas condições meteorológicas: raios, ventos e chuvas teriam afetado as linhas de transmissão. Embora não haja ainda uma explicação definitiva para o desastre, é possível que a culpa seja da natureza, uma vez que não houve até agora prova de deficiência técnica ou suspeita de sabotagem.
Há 20 anos, neste espaço, analisando a queda do Muro de Berlim, escrevi um artigo intitulado ... e o mundo mudou! O artigo estava voltado para realçar que o Muro era um símbolo da guerra fria e que esta caracterizou a dinâmica da vida internacional no pós-2ª Guerra Mundial e impactou globalmente as concepções sobre os modos de organizar as sociedades. Por isso a sua queda antecipava uma mudança do paradigma de funcionamento do sistema internacional.
Foram muitos anos de convívio profissional e outros tantos de uma boa amizade. Estou me referindo a Ronaldo Bôscoli, um dos papas da Bossa Nova, com quem tive o privilégio de trabalhar na seção esportiva do jornal Última Hora e depois, a partir de outubro de 1995, na recém-criada Manchete Esportiva. Quando Adolpho Bloch levou Augusto Rodrigues e seus irmãos Nelson e Paulo para fazer a segunda publicação periódica de Bloch Editores, foi junto a equipe, da qual eu e o Bôscoli fazíamos parte.
Vamos a Copenhagen cumprindo nosso dever de casa, de resposta a um alinhamento e uma consciência internacional pela melhoria ecológica do planeta, mas a atitude brasileira em Copenhagen implica também, e a prazo médio, um debate crítico sobre as urgências desta tomada de consciência e de como se definem, de fato, as prioridades reais do que seria hoje a efetiva e rápida melhoria do mimdo dos homens. Os tempos da globalização, a perempta e a que nasce, já, na era Oba-ma, superaram de vez o racha ou a dicoto-mia de um vmiverso de centro e periferias. Mas a simultaneidade de um novo dinamismo econômico não impede, se não agrava, as contradições que se abatem sobre a visão de um desenvolvimento universal. Coincide agora com os reclamos de Copenhagen a consciência do firacasso de todo espontaneísmo na economia de doações internacionais às nações da miséria e do imobilismo ancestral. De vez, manifestou-se o vão e o ingênuo de uma piedade internacional, ou da sensibilidade dos muito, muito ricos, à condição dos muito, muito pobres, mesmo ganhasse o auxílio a marca humilhante e consentida da esmola.Vem já de meio século a cantilena que elimina toda boa consciência em manter-se os mesmos padrões e os mesmos desígnios na virada do século e da denúncia da política dos bons corações e de uma caridade mundial.
Na história e nos livros busquei a demonstração preclara de pátria. É rito de patriotismo conhecer o seu país. Andei muito e o conheço todinho. Também andei pelo mundo afora. É pouco o que não tenha visto e não há lugar algum onde tenha estado ou vivido, em que não me dominasse o sentimento do meu chão. Por mais que visse, sempre via Pernambuco.
Leio nas folhas que, em 2025, São Paulo será a maior cidade do mundo. Não entendo muito desse tipo de previsão, mas acho que a cidade já é a terceira ou quarta e tem justamente em seu gigantismo a base maior de seus problemas – o trânsito em primeiro lugar, as enchentes em segundo.
Na Columbia University, em Nova Iorque especialistas brasileiros e americanos debateram o tema “Brazil and the future”, no International Affairs Building Auditorium, por iniciativa da Casa do Brasil, com a presença de figuras como o médico Ivo Pitanguy, muito aplaudido. O tema prioritário foi a educação e, na ocasião, enfatizamos a necessidade de melhorar urgentemente as condições de formação, trabalho e remuneração do nosso quadro do magistério. Assim como, por provocação da plateia, mostramos que ainda estamos longe de oferecer aos nossos estudantes um ensino técnico-profissional, de nível intermediário, plenamente satisfatório.
A Conferência do Cairo da Academia da Latinidade insistiu na superação dos álibis fáceis para mantermos a rotina de que o mundo não mudou após o 11 de Setembro, e de que enfrentamos, sim, um novo terrorismo à beira talvez da guerra de religiões. Estaríamos a anos-luz do que, ainda ao fim do século passado - e à hora em que celebramos a Queda do Muro -, via-se como o avanço de uma cultura da paz a superação dos botões nucleares e das guerras preemptivas.
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