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Biografia

Gonçalves de Magalhães (Domingos José Gonçalves de Magalhães, Visconde de Araguaia), médico, diplomata, poeta e dramaturgo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 13 de agosto de 1811, e faleceu em Roma, Itália, em 10 de julho de 1882. É o patrono da cadeira n. 9, por escolha do fundador Carlos Magalhães de Azeredo.

Era filho de Pedro Gonçalves de Magalhães Chaves, não registrando os biógrafos o nome de sua mãe. Nada se sabe dos estudos preparatórios que precederam o seu ingresso, em 1828, no curso de Medicina, em que se diplomou em 1832. Concomitantemente, tornara-se amigo de Monte Alverne, a cujas aulas de Filosofia assistiu, sofrendo a sua influência. Em 1832 publicou as Poesias e, no ano seguinte, parte para a Europa com a intenção de aperfeiçoar-se em Medicina. Em 1836, lançou em Paris um manifesto do Romantismo, Discurso sobre a literatura no Brasil. De parceria com Araújo Porto-Alegre e Torres Homem, lançou a revista Niterói e editou, em Paris, o seu livro Suspiros poéticos e saudades, considerado o iniciador do Romantismo no Brasil. Introduziu ali seus principais temas poéticos Deus e a Natureza, o poeta e sua missão reformadora, a evocação da infância, a meditação sobre a morte, o sentimento patriótico, a poesia tumular e das ruínas. De retorno ao Brasil em 1837, foi aclamado chefe da “nova escola”. Volta-se para o teatro (que então se renovava com a produção de Martins Pena e os desempenhos de João Caetano), escrevendo duas tragédias, Antônio José ou o poeta e a Inquisição (1838) e Olgiato (1839). Nomeado professor de Filosofia do Colégio Pedro II, em 1838, ensinou por muito pouco tempo.

De 1838 a 1841, e de 1842 a 1846, foi secretário de Caxias no Maranhão e no Rio Grande do Sul. Em 1847 entrou para a diplomacia. Ministro em missão especial no Paraguai, prestou, com o ministro argentino Mitre, os seus bons ofícios entre o presidente daquela República e os revolucionários que intentavam derrubar o governo: as tropas brasileiras e argentinas protegeram a parte não fortificada de Assunção, até que as forças legais submetessem os rebeldes, o que ocorreu logo depois. Foi Encarregado de Negócios nas Duas Sicílias, no Piemonte, na Rússia e na Espanha; ministro residente na Áustria; ministro nos Estados Unidos, Argentina e na Santa Sé.

Amigo do Imperador, bem relacionado, muito cônscio do seu valor, foi a primeira figura na vida literária oficial até a publicação do poema A Confederação dos Tamoios (1857), em que voltava ao Classicismo intransigente, provocando grande polêmica: foi atacado por José de Alencar e defendido por Monte Alverne e pelo próprio Imperador D. Pedro II.