Distinto leitor, encantadora leitora, ponham-se na pele de quem tem de escrever toda semana. Não me refiro à obrigação de produzir um texto periodicamente, sem falhar. Às vezes, como tudo na vida, é um pouquinho chato, mas quem tem experiência tira isso de letra, há truques e macetes aprendidos informalmente ao longo dos anos e o macaco velho não se aperta. O chato mesmo, na minha opinião, é o "gancho", o pé que o texto tem de manter na realidade que o circunda. Claro, nada impede que se escreva algo inteiramente fantasioso ou delirante, mas o habitual é que o artigo ou crônica seja suscitado pelo cotidiano, alguma coisa que esteja acontecendo ou despertando interesse.
Éramos primos e da mesma idade, tinha pavor dela. Sua mania era me morder no rosto, eu era bochechudo e acho que isso a atraía. Quando vinha passar dias em nossa casa, eu vivia escondido nos fundos do imenso quintal onde o pai criava galinhas. Era um horror quando nos encontrávamos. Ela vinha diretamente em cima de mim, os dentes cerrados, como uma bruxa mirim.
Da leitura atenta do texto de Gonçalves Viana citado na coluna anterior extraem-se quatro princípios que, segundo ele, norteiam ou devem nortear a adoção dos termos geográficos no português: a) a equivalência das unidades léxicas, isto é, tais termos estão no mesmo nível de importância daqueles que se denominam palavras essenciais; b) a necessidade de buscar a adoção de termos que se identifiquem fonética e morfologicamente com as características linguísticas do português; c) a conveniência de restaurar aquelas formas empregadas "pelos escritores do período áureo da nossa literatura"; d) a oportunidade de modificar "as feições ortográficas que sejam evidentemente reconhecidas como arcaicas ou errôneas".
O que se tem para comemorar no "Dia do Professor"? A conquista de melhores salários? A reforma dos cursos de Pedagogia? A volta do respeito aos professores?
Quando vai parar a faxina? É a pergunta mais funda em que a consciência política do país se interpela sobre a sucessão de escândalos de corrupção, que vem de par com a consolidação do governo Dilma. Importante, de saída, é o quanto, de parte do Planalto, não existem travas para o pleno exercício da denúncia e da chamada às contas do aparelho público brasileiro. Nem em qualquer momento encontrou guarida a cobertura de primeiros escalões, frente a suspeitas e aos probatórios que prosperaram nos pavimentos ministeriais.
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