
Pesquisando as pesquisas
[2]Falaram, falam e continuarão falando horrores das pesquisas. Quem as inventou? Para quê? Em época eleitoral, elas influenciam os indecisos? Em suma: elas são um bem ou mal?
Falaram, falam e continuarão falando horrores das pesquisas. Quem as inventou? Para quê? Em época eleitoral, elas influenciam os indecisos? Em suma: elas são um bem ou mal?
A permanência do capital político de Lula independe dos anticlimaxes, da falta de resultados concretos, e até mesmo de novas idéias-força para manter a expectativa eleitoral. A convicção se arraigou nesta quase que inexpugnabilidade do apoio ao presidente, já claramente vertido para toda probabilidade de ganho nas próximas eleições. O vai-e-vem da nova e possível comissão de apuro das fraudes nos Correios, na verdade, não abala esta convicção de fundo.
Aqui no Brasil, o país das desigualdades, há um enorme abismo entre ricos e pobres em matéria de educação. Diferença que a quantidade não resolve universalizar como se fosse uma operação mecânica, sem dar qualidade à educação, tem pouco efeito sobre a nossa competitividade.
Adonias Filho nasceu em Itajuípe, Bahia, em 27 de novembro de 1915, e faleceu na cidade de Ilhéus, em 1990. Pertenceu à Academia Brasileira de Letras, ao tempo do seu conterrâneo Jorge Amado, ambos de Ilhéus. Com exceção de Wilson Martins, Eduardo Portella, Octávio de Faria, Afrânio Coutinho e algum outro na estelar esfera dos críticos literários, existe um injustificado silêncio sobre a ficção extraordinária de Adonias Filho, que nos tempos da ditadura militar ajudou tantos intelectuais presos e vítimas de injustas perseguições. Esse silêncio jamais deveria ser o preço a pagar por tantas e tão corajosas atitudes.
Segundo me informam, algumas pessoas entendem que seria melhor a prorrogação da entrada em vigor do novo Código Civil, prevista para 10 de janeiro do próximo ano. Tal pretensão não tem cabimento a esta altura da vacatio legis de todo um ano, destinada à imediata correção de possíveis equívocos que pudessem comprometer a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e também para que esta fosse objeto de estudo pelos operadores do Direito.
De uns tempos para cá, tenho lido e ouvido em diferentes jornais, rádios e TVs que, embora a imprensa escrita funcione hoje como a prima pobre da comunicação, é ela que afinal determina a pauta do que o rádio e a TV vão fazer. Numa palavra: o jornal impresso seria responsável pela agenda dos demais veículos que informam e formam a opinião da sociedade.
Nestas últimas décadas, um dos fatos sociais mais importantes é a saída da mulher do seu casulo doméstico e a sua entrada, quase em massa, nas profissões e atividades dantes reservadas ao homem. Tivemos agora a prova disso com a espetacular vitória das mulheres nas recentes eleições, em muitos casos com maioria esmagadora sobre os seus adversários - homens. E aquelas que ainda não tiveram a sua oportunidade - a sua hora e sua vez, como diria mestre Rosa - ficam num desespero de "aparecer", de "vencer", de "ser alguém".
Recebo com regularidade os relatórios de bancos, principalmente os do Bradesco. São dois, o relatório do banco e o relatório social, muito bem feitos, evidentemente, por profissionais altamente capazes e oferecem, a quem tiver conhecimentos técnicos suficientes para a leitura do relatório do banco, a sua estratégia para o desenvolvimento, sua política de bom entendimento com a clientela, a maior do Brasil, e, dizia-me Aguiar, sob muitos aspectos maior do que o Banco do Brasil.
Os 3% em que Lula ficou aquém da barreira da glória no primeiro turno, leva alguns pequenos políticos, amantes do catastrofismo, a passar a contar, do dia para a noite, a desventura, castigando o desmedido do intento perdido por milésimos. É como se o infortúnio de última hora implicasse o castigo duro pela ambição do ganho, numa quase maldição pelo sucesso quasissimamente logrado.
Todos sabem o nome dele. É uma figura exótica por dentro e por fora. Ajudou a eleger deputados com menos de 500 votos mas a culpa não foi dele, e sim da lei eleitoral, que é retrógrada
Tenho tido a impressão de que, no meio de toda a confusão em andamento no país, há uma tendência a cultivar-se uma certa compaixão pela situação do presidente da República. Ele é visto e descrito como isolado, abandonado e traído e cheguei a ler diversas vezes que nem mesmo quer falar com correligionários e colaboradores históricos, tais como o dr. Genoino e o dr. Dirceu. Não sei se é verdade e o sentimento de compaixão pelo semelhante é dos mais nobres que a natureza humana pode abrigar. Mas, no caso, não compartilho desse sentimento, até mesmo porque o presidente até agora não deu ousadia aos súditos de explicar sua posição no imbróglio, nem parece estar disposto a dar. Quem quiser que especule sobre se ele sabia de todo ou de parte do esquema de corrupção que continua a ser exposto. O jeito com que ele aparece em público é o de quem não está nem aí e tem pouco ou nada a ver com os escândalos que envolvem seu partido e acontecem durante sua gestão.
Dei-me, em certa noite africana, ao exercício de selecionar os romancistas da primeira metade do século passado que de perto me tocassem mais. De qualquer ângulo que examinasse o tema, o nome de Joyce Cary me aparecia logo. Ninguém executou e compreendeu a função de ficcionista com mais alegria e precisão do que este inglês de estilo direto e claro.
Confesso que me surpreendi com o resultado das eleições, pois contava certo que Lula da Silva acabaria ganhando, se não com larga margem de votos, ao menos com superioridade sobre seu contendor mais forte, o candidato José Serra. Mas não deu para o obstinado candidato e vai haver segundo turno, quando o jogo pode virar, como se diz, em linguagem futebolística. Cabe, agora, ao candidato José Serra aglutinar forças em torno de seu nome, e partir para o pleito certo de vencer o adversário.
Não são apenas os educadores que devem ser ouvidos quando se trata de discutir o futuro da educação no Brasil. Para uma visão do todo, não basta descer o olhar para o umbigo. É pouco. Quando Roberto Campos, de tantos feitos econômicos, escrevia sobre educação, com a sua notória inteligência e experiência internacional, a sua opinião era sempre saudada ou, pelo menos, merecia uma cuidadosa reflexão.
Sempre que eleições se aproximam, nos últimos anos, tanto daqui como de outras colunas que lhe são franqueadas, esta humilde cronista adverte os seus patrícios a respeito do direito e da obrigação de votar.
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