
Filhos, melhor não tê-los?
[2]Administradores modernos bolariam um cálculo de custo-benefício para responder se vale ou não a pena ter filhos. Mas é algo que só pode ser respondido com a maternidade e a paternidade. Ou seja: correndo o risco
Administradores modernos bolariam um cálculo de custo-benefício para responder se vale ou não a pena ter filhos. Mas é algo que só pode ser respondido com a maternidade e a paternidade. Ou seja: correndo o risco
RIO DE JANEIRO - Encontrei-a por acaso. Era alta, mais para bonita, com dois olhos imensos e negros, a pele muito branca e suave. Com esforço de memória e imaginação, poderia parecer uma estátua grega, mas para isso seria necessário cegá-la, estátuas gregas têm olhos vazados.
Tenho para mim que três narrativas mais ou menos curtas serão, para a ficção do futuro, consideradas típicas do clímax de qualidade que a narrativa literária atingiu no mundo, no período que veio de Tolstoy até os dias de hoje. São "A morte de Ivan Ilitch", do próprio Tolstoy, "O velho e o mar", de Ernest Hemingway, e "A morte e a morte de Quincas Berro Dágua", de Jorge Amado.
Fazia uns três anos que não viajava a Manaus. Fui lá recentemente para conferir impressões. Foi muito bom. A cidade está com um vigor de chamar a atenção. Claro que as questões do ordenamento urbano seguem o rumo tradicional do atabalhoamento. A cidade, cortada pelos igarapés e acossada pela mata, esbraveja e se contorce. Mas cresce, cresce muito.
Está correndo com toda a velocidade, embora ainda não tenhamos os candidatos à sucessão presidencial. Luiz Inácio Lula da Silva não vai concorrer, segundo ele mesmo afirmou. Fica aberta, portanto, a corrida presidencial aos familiares de Lula que poderão disputar a indicação e o apoio do chefe supremo, esse mesmo galhardo político que não quer a presidência, segundo disse para os que crêem nele.
RIO DE JANEIRO - Cheguei ao hotel em Florença. Constrangido, o dono me avisou que houvera problema com a linha telefônica. Se eu precisasse acessar a internet ele me arranjaria outro hotel.
O nosso Diário do Comércio de 31/03 dedicou matéria de capa com o título: Caos do trânsito custa R$ 27 bi por ano . São R$ 27 bilhões que saem do orçamento do Estado para socorrer o caos do trânsito que por enquanto não tem solução, como demonstramos há poucos dias num artigo dedicado aos problemas urbanos.
Os rostos da convenção para aprovar o nome petista à nossa Prefeitura exibiam um choque inesperado do novo, a realinhar o partido no Rio de Janeiro. Molon brotou numa aposta radical contra as espertezas políticas ou os jogos cansados de maiorias em bem desse despertar do “povo de Lula”. Não se trata apenas do aproveitamento do embalo da popularidade do Presidente que não deixa dúvidas quanto ao sucesso de um nome que indicar à sua sucessão.
Leio que o pacote dos Estados Unidos aumenta o controle sobre os bancos. Aumentar o controle, quer dizer, aumento do Estado sobre a empresa privada, principalmente o sistema financeiro.
RIO DE JANEIRO - Tudo bem, cada um se diverte e se glorifica como quer. A mania agora é fuçar fotos do passado, sobretudo as das passeatas de 1968, documentadas à farta pelos bons profissionais do ramo. Apesar de farta, a oferta foi menor do que a procura, não deu para todo mundo deixar registro na história nacional. Mesmo assim, descontando os que morreram por isso ou por aquilo, é difícil encontrar um cidadão maior de 40 anos que não tenha dado sua contribuição heróica à luta contra a ditadura.
Há muitas razões para que sejam comemorados condignamente os primeiros 60 anos da Independência do Estado de Israel, em que houve a mão brasileira do Chanceler Osvaldo Aranha. Uma visita extensiva ao país, como acabamos de realizar, permite uma série de observações que, de longe, se tornam menos perceptíveis, qualquer que seja a religião do observador. Berço do judaísmo, do islamismo e do cristianismo, sempre haverá razões e esperança de que ali se estabeleça uma paz definitiva, para benefício dos povos respectivos.
Os portos estiveram fechados no período colonial, mas agora é por motivo de greve dos auditores fiscais.
Ia escrever sobre esse Aedes aegypti que há séculos persegue o Rio de Janeiro, transmitindo febre amarela e dengue, espalhando o medo e o pânico. Teve um inimigo mortal, Oswaldo Cruz, que trouxe da experiência cubana o método para tornar a capital do Brasil um modelo internacional de saneamento. Depois, olhei o retrato dilacerante de Ingrid Betancourt e, comovido com a sua tragédia, ia juntar-me à indignação mundial contra a crueldade com que está sendo tratada.
A leitura dos jornais da última semana mostra a saturação a que chegou o noticiário da violência carioca. As páginas inteiras o repetem, coluna a coluna. Chega-se ao fartum da manchete, ou, literalmente, à impossibilidade do encontro de novos adjetivos. É uma exaustão que pode levar ao que os moralistas chamariam de acedia. Ou seja, de amortecimento de toda sensibilidade pela sua repetição e, sobretudo, pela certeza de que o registro não tem surpresa na sua monotonia.
O cinema, para Glauber Rocha, era um duende infantil que habitava as salas escuras
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