A briga das canetas
[2]O poder e a caneta têm uma relação íntima, às vezes libertina. Mas ultimamente ela tem sido explícita.
O poder e a caneta têm uma relação íntima, às vezes libertina. Mas ultimamente ela tem sido explícita.
Norberto Bobbio, o grande cientista político italiano, já perto de completar cem anos, perguntado sobre a velhice, respondeu: “A velhice é muito boa, só tem um defeito, dura muito pouco.
Há agora uma novidade na discussão política brasileira.
Acho que todos nós a quem Deus deu a graça da vida já passamos muitas vezes pelo anúncio de que o mundo ia acabar.
Sempre tive febre de conhecimento. Talvez uma Enciclopédia Popular que meu avô José Adriano, professor — “mestre escola”, como assim se chamava naquele tempo, em São Bento, onde passei a minha infância —, me tenha despertado essa curiosidade.
Vou hoje interromper a minha série de reminiscências sobre o meu governo para falar sobre o pânico que invade o mundo todo: o Coronavírus, que fez o mundo entrar em choque.
Com o movimento militar de 1964, houve uma grande reforma administrativa, comandada pelo presidente Castelo Branco, que foi um grande estadista.
Como um humanista, cuja vocação não era a política - e que nela entrou seguindo a máxima de Napoleão de que a política é um destino, e não uma vocação -, exerci o destino com a visão de construir, sem caráter partidário, nem de facção, nem de divisão, nem de considerar os que não pensavam comigo como inimigos.
Ninguém pode avaliar a guerra necessária para o administrador fazer uma grande obra, com a complexidade e as dificuldades de coordenação, desde o projeto até à construção e à finalização da obra.
No meu último artigo sobre o meu governo do Maranhão, 1966-1970, terminei contando como constituímos um grupo de trabalho para planejar o que íamos fazer. Era o GTAP.
O grande e sempre saudoso poeta José Chagas eternizou a ponte que ligaria o centro de São Luís ao São Francisco, num poema que até hoje é lembrado e ganhou lugar na literatura maranhense.
A grande tarefa de 1966 era tirar o Maranhão do século XIX e trazê-lo para o século XX.
Dou prosseguimento ao meu testemunho sobre o que era o Maranhão quando assumi o governo em 1966. Afirmei então que vivíamos no século XIX, pois não havia Estado (no seu conceito moderno) funcionando.
Em 1966, ao assumir o Governo do Maranhão, constatei de que não podíamos debitar somente aos governadores, meus antecessores, a situação de bagunça em que estava a administração do Estado.
Os psicanalistas apresentam como certeza que a gente não esquece as coisas pelas quais guarda interesse e esquece as que não nos interessam.
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