Academia Brasileira de Letras

A grande homenagem a um dos maiores escritores brasileiros aconteceu em sua própria Casa. No dia 26/6, a Academia Brasileira de Letras inaugurou a maior exposição sobre a vida e obra de Machado de Assis [1].

Exagero da ABL? Segundo o presidente Cícero Sandroni [2], não. O jornalista informou que "Machado Vive!" iria superar, em todos os aspectos, a própria mostra nacional do centenário de nascimento do romancista em 1939.

- Embora seja a guardiã do mais importante espólio do maior escritor brasileiro, a Academia recorreu a um sem-número de instituições e coleções particulares para mostrar ao público centenas de peças variadas, fotografias, objetos, manuscritos originais, cartas, imagens e publicações.

O roteiro machadiano se estenderá ao longo dos três andares do Palácio Austregésilo de Athayde. Até dezembro, a instituição vai lembrar o centenário de morte do escritor.

"Se Machado existiu, o Brasil é possível", diz Nélida

Primeira mulher a presidir a Casa de Machado - e justamente quando a ABL completava 100 anos - a acadêmica Nélida Piñon [3] foi a oradora oficial da abertura da mostra, no Salão Nobre do Petit Trianon.

- “O Brasil tem-se equivocado ao não incluir Machado entre aqueles intérpretes consagrados", afirmou recentemente.

A escritora ainda reforçou sua crença no país. “Há anos repito, à guisa de mote, que, se Machado de Assis existiu, o Brasil é possível. A enfática declaração significando que o país não pode fracassar. Não há motivos nem fundamentos deterministas que impeçam a nação de cumprir os desígnios de sua grandeza”.

O evento encontra-se disponível em vídeo e fotografia para consulta no Arquivo Múcio Leão.

26/6/2008

26/06/2008 - Atualizada em 25/06/2008