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ABL realiza mesa-redonda em homenagem aos 90 anos da Acadêmica Lygia Fagundes Telles

 

A Academia Brasileira de Letras realizou, no dia 6 de junho, quinta-feira, às 17h30min., no Salão Nobre do Petit Trianon, mesa-redonda em homenagem aos 90 anos da Acadêmica Lygia Fagundes Telles. A coordenação foi da Acadêmica Ana Maria Machado, Presidente da ABL, e contou com a participação dos também Acadêmicos Alberto da Costa e Silva e Sergio Paulo Rouanet.

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A Acadêmica

Quarta ocupante da Cadeira nº 16 da Academia Brasileira de Letras, eleita em 24 de outubro de 1985, na sucessão de Pedro Calmon, Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo, em 19 de abril de 1923, mas passou a infância no interior do estado, onde o pai, o advogado Durval de Azevedo Fagundes, atuou como promotor público. A mãe, Maria do Rosário de Azevedo (Zazita), era pianista.

Voltando a residir com a família em São Paulo, a escritora fez o curso fundamental na Escola Caetano de Campos e, em seguida, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, onde se formou. Quando era estudante do pré-jurídico, cursou a Escola Superior de Educação Física, da mesma Universidade.

Lygia Fagundes Telles teve um filho do primeiro casamento, o cineasta Goffredo Telles Neto, que lhe deu duas netas, Lúcia Carolina Aidar da Silva Telles e Margarida Goreki da Silva Telles. Divorciada, a autora casou-se com o ensaísta e crítico de cinema Paulo Emilio Salles Gomes, falecido em 1977. Segundo o crítico literário Antonio Candido de Mello e Souza, no texto “A nova narrativa brasileira”, o romance Ciranda de Pedra (1954) seria o marco de sua maturidade intelectual.

Vivendo a realidade de uma escritora do Terceiro Mundo, Lygia Fagundes Telles considera sua obra de natureza engajada, ou seja, comprometida com a difícil condição do ser humano num país de tão frágil educação e saúde. Participante e testemunha deste tempo e desta sociedade, a escritora procurou através da palavra escrita apresentar a sociedade e o tempo envolto na sedução do imaginário e da fantasia. Em seu romance As Meninas (1973), ela deixa nítida essa posição. Em 1976, fez parte de um grupo de intelectuais que foi à Brasília entregar um importante manifesto contra a censura, o “Manifesto dos Mil”.

Membro da Academia Brasileira de Letras, Lygia Fagundes Telles já foi publicada em diversos países: França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Suécia, República Checa, Espanha, entre outros, com obras adaptadas para TV, teatro e cinema.

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6/6/2013

29/05/2013 - Atualizada em 28/05/2013